Capítulo 2

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Scarlett

Já se passaram horas desde que cheguei em casa, e ainda nem sinal do Eli. Assim que cheguei, tirei os saltos e sentei no sofá. Falei com a Nacional News e expliquei que a gente precisava remarcar, dizer que eles não ficaram felizes com isso seria um eufemismo.

Será que era assim mesmo que a minha vida deveria ser? De uma graduada em Harvard a uma esposa troféu? Que vergonha. E o pior, é que não tem nada que eu possa fazer a respeito. Sempre que eu toco no assunto divórcio, o Eli fica furioso. É ruim pros negócios! Ele sempre me diz.

Suspiro.

Então agora eu estou presa em um relacionamento sem amor, pra quê? Pelo resto da minha vida? Um olhar de determinação cruza o meu rosto.
Não! Eu não posso mais viver assim. Eu não sou uma dona de casa fraca e indefesa. Assim que ele chegar em casa, vou exigir o divórcio, quer ele queira ou não.
Logo quando penso isso, Eli entra pela porta... E a deixa aberta por algum motivo.

— Já faz horas, Eli! Aonde você estava? — Pergunto levantando do sofá e indo até ele.

— Lá vai você me irritar de novo. — Fala revirando os olhos. — Eu te disse que surgiu uma coisa urgente. Falando nisso... Esse é Warren Garcia. — Fala apontando para a porta. Em seguida, entra um homem forte e imponente, com o queixo afiado e uma expressão também afiada. Seu rosto é sério, mas seus olhos penetrantes, fazendo com que meu corpo todo se arrepie. — Ele é um ex-membro das forças especiais e é o homem mais importante da minha equipe de segurança.

— Certo.. E o que tem isso tudo? — Pergunto confusa.

— O Warren vai ser o seu guarda-costas pessoal. — Fala como se isso fosse óbvio.

Arregalo os olhos.

— Meu guarda-costas pessoal? Mas que merda esta acontecendo, Eli? — Pergunto colocando as mãos na cintura.

— Eu recebi essa carta hoje. — Fala e tira do bolso o mesmo envelope que ele abriu no escritório. Ele me entrega e eu rapidamente abro.
Dentro dele, há uma carta bem datilografada e um punhado de fotos. Eu tremo quando percebo que as fotos são minhas numa loja, na rua e até mesmo dormindo no sofá.

— O que significa isso, Eli? — Pergunto já nervosa.

— Leia a carta. — Fala e aponta para a carta em minhas mãos.

"Caro Sr. Martinez, aqui está a prova de que não só sabemos aonde ela está o tempo todo, como também de que podemos entrar em sua casa sem você saber. Se você não desistir da sua campanha, os dias da sua esposa estarão contados. Não diga que não avisamos."

Não há assinatura no rodapé da carta.

— Que palhaçada é essa? — Pergunto nervosa. — Isso é algum tipo de pegadinha doentia?

— Não é nada para se preocupar muito. — Fala notando meu nervosismo.

— Nada para me preocupar? Eli, tem uma foto minha dormindo no sofá! Tem noção da gravidade disso? Eles entraram na casa enquanto eu tirava um cochilo! — Falo indignada. — Como não vou me preocupar com isso?

Os olhos do guarda-costas piscam para mim, mas ele permanece quieto.

— Sério, essas coisas acontecem o tempo todo. A maioria dos senadores e membros de alto escalão do congresso já estão acostumados a receber ameaças de morte. — Fala tentando me acalmar. — Recebem elas diariamente.

O Guarda-Costas [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora