Capítulo VII - Caçadores De Lúpus

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19 anos atrás...

Joohyun preparava o almoço junto com Yeri, sua amiga, e ao longe podia escutar seu filho brincando com os outros filhotes. Baekhyun ainda não acompanhava as brincadeiras dos outros, pois era muito novinho. Então a loba sempre estava em alerta quando o deixava lá fora com os outros.

— Ainda é difícil essa vida de mãe, āmy? — Perguntou Yeri, notando que a mais velha estava toda hora parando para ouvir melhor as crianças lá fora.

— Sei que não preciso me preocupar tanto, afinal ele está a apenas alguns passos de mim, e dentro da aldeia. Mas não consigo... Por ele ser humano, é mais fraco e ingênuo, por isso temo por sua vida a todo instante — respondeu, suspirando cansada.

— Você está bem? Ultimamente parece mais cansada que o normal.

— Sim, estou. Deve ser a idade — brincou.

— Deixa disso! Nem chegou nos duzentos e sessenta, Irïn ! — Riram.

— Mamãe, mamãe! — Baek entrou correndo e gritando pela casa, desesperando sua mãe.

— Baek! O que aconteceu?! — Andou apressadamente de encontro ao menor.

— Olha o que eu achei — o pequeno abriu as mãos, revelando uma pedra lilás sem nem um formato específico; parecia um diamante, porém falhas de formação ali tinham. Contudo, não era uma pedra comum. Em seu centro havia uma pétala branca.

Eles não sabiam, mas aquela era uma pétala de flor da lua, muito raras naquela região

— Oh, céus! Não assuste a mamãe desse jeito — repreendeu-o, logo em seguida tomando o corpinho num abraço apertado. — Sabe o quanto fico assustada quando grita desse jeito.

— Desculpa, mamãe... Só queria que a senhora visse o que encontrei — disse cabisbaixo após ser solto.

— Tudo bem, meu anjo. Mas tome cuidado, por favor — pediu, passando a mão por seu rosto.

— Sempre tomo! — Sorriu alegre. — E eu peguei essa pedra pra você. Presente de aniversário — falou, esticando o cristal para sua mãe.

— Ah... Muito obrigada, querido — assim que ela tocou na pedra, esta brilhou um pouco e Baek ficou paralisado. Joohyun franziu o cenho e logo pegou o objeto em mãos, em seguida sacudiu levemente o filho enquanto o chamava. — Baėkki, o que foi? Baėk? Baėk?

Como um estalo, Baekhyun balançou a cabeça e fitou Joohyun com um olhar vazio que aos poucos foi se normalizando.

— Mamãe... — murmurou, agora desviando sua atenção para a barriga da mais velha e levando sua mãozinha até lá — tem um bebê aí dentro! — Exclamou sorridente.

Joohyun arregalou os olhos, completamente assustada. Sabia que seu filho sempre fora muito sensitivo, mas daquela vez havia sido diferente. Ele nunca tinha paralisado por completo e em seguida dito seus pensamentos... Geralmente só soltava a bomba e pouco tempo depois ela explodia, ou seja, acontecia.

— C-como? — Indagou sem acreditar.

— Não sei como ele foi parar aí, mamãe. Mas consigo sentir; e é um menino! — Sorriu.

A loba caiu para trás, sentando no chão de madeira da sua cabana, com o olhar perdido em qualquer canto do cômodo, isso não importava. Seus pensamentos estavam a mil, não entendia como poderia estar grávida assim do nada! Depois de tanto tempo...

É um milagre... Baėkki é seu milagre.

Encarou a criança a sua frente e por impulso o abraçou mais uma vez, agora se permitindo chorar enquanto escutava Baekhyun perguntando "por que está chorando?"

Flor da Lua [ChanBaek - ABO]Onde histórias criam vida. Descubra agora