Capítulo IX - Festa De Inverno

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Baekhyun se encontrava perdido em seus devaneios olhando pela janela do seu quarto, embora não pudesse ver muita coisa por causa daquele bloqueio na frente, não se abalou e preferiu ficar ali encarando qualquer coisa que fosse do lado de fora.

Estava preocupado, não podia negar. Queria ajudar aquelas as pessoas mas não sabia como. Seus amigos e família precisavam urgentemente de uma solução, senão todos teriam um fim terrível.

— O meu faro de mãe diz que o meu garoto está muito tenso hoje, é verdade? — ouviu sua mãe falar antes de passar pela porta e encará-lo de um jeito divertido.

— Bem... Mais ou menos, ou... Sim... Devo estar tenso mesmo, porque preocupado sei que estou — suspirou cansado, se encostando no batente da janela ainda olhando as árvores cobertas pela neve que ainda caía sem parar.

— Hum... Gostaria de me contar? Sabe, às vezes desabafar já é um começo, não? — sorriu, deixando a caneca de chá sobre o banquinho do quarto e se sentando de frente para o seu filho.

— Claro. Eu... O Chanyeol, ele me contou sobre a situação de vocês e o que estão passando, eu sinto muitíssimo por isso... Mãe — riram quando Baekhyun demorou a dizer a última palavra.

Ainda era estranho aquilo, muito novo. Mas iria se acostumar.

— Sim, meu bem, é verdade. Estamos encurralados e toda vez que os Viajantes retornam, é mais um fiapinho de esperança para esse povo. Mesmo seu pai não sendo mais um Guardião, ele ainda é amigo do antigo líder, pai do Chanyeol, então eles conversam e... As coisas tendem a piorar, Baek. Senão encontrarmos o Refúgio, seremos caçados ou extintos gradativamente.

— Eu não posso deixar isso acontecer, mãe. Preciso fazer alguma coisa — disse exasperado, olhando para a mais velha que apenas sorriu, recordando-se de uma lembrança.

— Sabe, quando o achei naquela noite de lua cheia eu senti algo que nunca havia sentido na minha vida inteira. Eu vi em você algo especial que ninguém mais viu, e... Claro, fui tachada de louca — riram e depois Joohyun prosseguiu —, mas eu sabia a verdade. Você era um milagre, Baek. Um milagre dado pelos Deuses quando eles sabiam que eu não podia ter filhos.

Assim que ela disse isso, Baekhyun franziu o cenho.

— Mas... E o Sehun... — murmurou.

— Como eu disse, você era um milagre, Baek... Com seus quatro aninhos, você simplesmente apontou para o meu ventre e disse que eu estava grávida, e de um menino! Não sei como fez aquilo ou como fez todas as outras coisas, mas naquele momento eu de fato senti o presente que você era pra mim, meu filho. E depois que você sumiu e... Eu pensei que estava morto... Sabe, fiquei sem chão. Realmente parecia que as coisas estavam melhorando com você aqui com a gente. Não sei, pode ser coisa da minha cabeça, mas você nos transmitia esperança, meu amor. E agora, com você aqui novamente, eu tenho certeza de que irá nos ajudar.

Baekhyun ouvira atentamente cada palavra dita pela ômega, ainda estava digerindo tudo, tentando entender. Era muita coisa pra sua cabeça segurar. Contudo, a afirmação da sua mãe só o deixou mais determinado para ajudar Chanyeol e sua alcatéia a acharem o que procuravam.

— Pode ser muita informação, mas é a verdade. E aqui está... — Joohyun ergueu as mãos para trás da nuca e desatou o fio do colar que carregava no pescoço, em seguida estendeu para o loiro —, quero que fique com ele.

Era a pedra que Baekhyun tinha achado quando criança.

— Você me deu de aniversário, mas agora eu estou te dando de volta, para protegê-lo — explicou.

Baekhyun pegou o colar em mãos e sorriu agradecido, amarrando as pontas atrás da sua nuca.

— Obrigado, mãe. Eu adorei.

Flor da Lua [ChanBaek - ABO]Onde histórias criam vida. Descubra agora