Flor da Lua [ChanBaek - ABO]

Capítulo XXI - Coração, Corpo e Alma

                 

Baekhyun estava completamente irritado. Irado. Sentia que poderia soltar fumaça pelas orelhas. Suas bochechas ganharam uma cor mais rósea e seus olhos formavam pequenas gotículas de lágrimas tamanha era sua indignação. As veias marcadas em seu pescoço e o branco nos nós dos dedos pela força que apertava as mãos em punhos, machucando até a si mesmo na palma devido as unhas um pouco compridas.

"Como existe pessoas tão nojentas e fúteis assim?!" Ainda se questionava a respeito daquele alfa repulsivo que conhecera havia pouco tempo.

Chanyeol assistia a cena de uma garoto de cabelos brancos andando de um lado para o outro enquanto resmungava palavras sem coesão. Divertia-se, apesar de entender e compreender o estado do menor. Em outros tempos, se desgastaria remoendo o que Yukhei dissera para si, mas agora já havia aprendido a lidar com aquele estúpido imaturo.

— Se continuar andando assim, vai criar um buraco no chão — comentou para descontrair.

— É, é. Vou criar uma cova bem grande pra jogar aquele homem escroto dentro e enterrar ele vivo! — vociferou, seus olhos tomando a cor lilás que o alfa tanto admirava.

— Relaxa, Baek. Yukhei é assim mesmo, ele adora passar dos limites. Teremos de aguentar só por um curto período, logo estaremos em casa — reconfortou o loiro.

— Eu sei, eu sei. Mas mesmo assim estou MUITO puto! — usara um linguajar desconhecido, fazendo Chanyeol olhá-lo curioso.

— O que é "puto"? — perguntou inocente.

Toda a raiva que o loiro estava sentindo, de repente, desapareceu. Escutar o moreno perguntar uma coisa daquela era extremamente cômico, não conseguiu segurar a risada.

— É uma palavra feia e imprópria de ser dita, então não use ela, pelo amor de Deus — riu e o alfa o acompanhou.

— Então não diga também — rebateu.

— Okay, eu prometo.

— Senão eu vou ficar puto com você.

— Chanyeol!

A gargalhada grave e rouca do maior preencheu aquela cabana.

 ☽ ✼

A festa já havia começado, no entanto, Baekhyun ainda se encontrava atrás da cabana, limpando-se num pequeno riacho que ali tinha. A água era diferente da sua casa, era mais clara e tinha um sabor único, embora não devesse ter sabor nenhum. Usava um pano branco como bucha, passando-o molhado por seu corpo seminu, trajava apenas um short que trouxera para a viagem. Não estava tão sujo visto que banhara antes de sair e quando fizeram uma parada tarde passada para descansar, então só estava demorando porque sua cabeça pensava longe. 

Especificamente em como os seus amigos estavam.

Tais preocupações não abandonavam sua mente.

Gostaria de ver como eles estavam, sendo por um vídeo chamada ou uma simples ligação. Só escutar suas vozes seria o suficiente.

Entretanto, não tinha como.

E tal fato o deixava agoniado e sedento por notícias.

Sentado no gramado, na beira do lago, levou o pano até a água e apertou para absorver mais, em seguida o torcendo, fazendo esse mesmo processo três vezes a fim de tirar a pouca sujeira que tinha. Com os olhos concentrados no que fazia, começou a passar o pano por sua mão esquerda com delicadeza, limpando os nós dos dedos e todo o comprimento destes. Tudo lentamente. Não tinha pressa alguma.