Capítulo X - Castelo

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— Precisamos de ajuda! — um dos lobos que acabara de virar homem de novo, assim como os outros, gritou por socorro enquanto carregavam aquele lobo escuro em específico com dificuldade. Ele não tinha tomado a forma humana ainda.

— O que aconteceu? — perguntou Chanyeol ao se aproximar, vendo o estado que o lobo, um ômega, se encontrava.

Ele estava todo arranhado nas costas e no rosto, e sua pata esquerda parecia quebrada. Graças aos Deuses ainda estava respirando, mas Chanyeol não sabia por quanto tempo.

— Uma família de ursos nos atacou no caminho de volta pra casa. Eles estavam assustados, talvez pensaram que fôssemos atacar. Então, a ursa avançou nele, por sorte conseguimos salvá-lo, mas... Ele não está nada bem — disse o alfa e líder do grupo de Viajantes.

Todos da aldeia formaram um círculo entorno do líder e dos Viajantes, curiosos e assustados com aquela situação. Chanyeol analisava o corpo no chão e sentiu seu peito doer ao se dar conta de quem era.

— Deixem-me passar, deixem-me passar! — Luhan usava sua voz de alfa, ordenando que as pessoas saíssem de sua frente. E assim que viu aquele ômega jogado no chão, foi como se o mundo tivesse acabado.— S-Sehun — murmurou, caindo de joelhos e tocando delicadamente nos pelos do pescoço do lobo. — Pelos Deuses... Chamem logo o curandeiro! — exclamou desesperado. — Não se preocupe, meu amor. Já estão vindo te ajudar... — sorriu triste para seu ômega, que com a última força dentro de si conseguiu dizer um "eu te amo" mentalmente para o alfa.

— Hėlliū, cuide bem do Sehun e não deixe ninguém entrar no quarto, a não ser os familiares, entendido? Leve-o para minha casa, lá é melhor para ele se recuperar e tem a minha mãe que pode te ajudar com os remédios — ordenou Chanyeol para o curandeiro.

— Sim, senhor — fez uma reverência e, com a ajuda dos outros lobos, carregou Sehun à caminho do Castelo.

— Com licença, com licença — aos pedidos sussurrados, Joohyun passava pelas pessoas até alcançar seu filho. — Oh, meu Lúpus... Cuide bem do meu menino — deixou uma lágrima escapar. Rapidamente, Baekhyun se aproximou junto de seu pai. — Não era bem assim que eu tinha imaginado o reencontro de vocês, mas... — fungou — esse é o seu irmão, Baek. Ele ficará bem, eu tenho certeza. E logo vocês poderão conversar e — a ômega desmaiou antes mesmo que terminasse a frase.

— Querida! — Junmyeon exclamou, ajoelhando-se, e pegou sua esposa nos braços, tentando acordá-la. — Baek, vá ficar com seu irmão, ok? Eu cuido de sua mãe e amanhã iremos visitá-los — disse para o loiro que tinha feições preocupadas e assustadas estampadas em sua cara. — Está tudo bem, garoto. Sua mãe só ficou estressada por causa do Sehun, amanhã ela estará melhor.

— T-tudo bem. Qualquer coisa eu volto correndo — afirmou afobado, levantou-se e andou rápido até alcançar os lobos que carregavam seu irmão.

Chanyeol ainda pegava alguns detalhes com os Viajantes, tendo JongIn consigo para dar apoio. Não deixou esse ocorrido acabar com a festa. Mesmo feridos, ainda tinham que agradecer por sua matilha ter voltado viva daquela busca. Tinham que comemorar.

Falou para sua esposa ir para casa se quisesse, pois ele ficaria ali até a festa acabar em duas horas, à meia noite em ponto. Chaeyoung apenas balançou a cabeça em afirmação e foi embora.

— Acho melhor nós... Nós irmos pra casa, Min — sussurrou para o amigo, que estava com Jongdae.

— Também acho — murmurou de volta, despedindo-se do alfa e seguindo seu caminho.

— Hey, esperem, eu vou junto — pararam ao escutarem a voz do alfa —, eu acompanho vocês até em casa.

— Ah, não precisa, Jongdae. Não é tão longe assim — disse Minseok sorrindo sem graça, querendo que aquele homem saísse o mais rápido dali.

Flor da Lua [ChanBaek - ABO]Onde histórias criam vida. Descubra agora