Capítulo 9

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POV. Alfonso

No dia seguinte acordo com as gargalhadas da minha mãe e não preciso de mais para saber que o meu pai chegou. Levanto, faço minhas higienes, visto uma roupa normal e desço para a cozinha onde recebo um abraço assim que entro.

João: Um mês fora.. Onde é que eu estava com a cabeça? —diz ao sair do abraço.

Ruth: No trabalho—Disse óbvia e nós rimos.

Alfonso: Estou feliz que já tenha voltado—digo ao meu pai

João: Eu também filho. Mas agora conta quem é que vem almoçar aqui..

Alfonso: Uma amiga— fingo indiferença mas estou feliz por ela vir

Ruth: Sei uma amiga—revira os olhos—se lembra da Anahí que conheci no hospital e contei? —meu pai assente e percebo que sabe da história do transplante—é ela.. Eles ficaram amigos. Não foi Poncho?

Alfonso:É foi.. Disse para ela vir ao meio dia tudo bem?

Ruth: Tudo sim —sorri.

POV. Anahí

Sai com Angelique antes de ir almoçar à casa de Alfonso e contei rapidamente sobre ele mas quando digo rapidamente é mesmo rapidamente. Assim que comecei a falar ela só encontrou defeitos dele e dos amigos ao ponto de não dar nem para dizer o nome. Não entendia o motivo dela gostar de colocar defeitos em tudo mas já estou habituada.

Angelique: Aí Anahí.. Você cada vez mais desce nas exigências.

Anahí: Como assim?

Angelique: O garoto é doente.. Deve ser fraco, magro, sem cor, super chato e de mal com a vida. É isso que você quer?

Anahí: Ele não é nada assim.. Ninguém diz que ele tem uma doença e mesmo que isso fosse o caso não muda nada. Ele não é chato e muito menos de "mal com a vida" —faço aspas com os dedos—ele é completamente normal..

Angelique: Então deve querer estar contigo para se vingar ou algo assim.. Afinal podia estar curado mas por culpa da sua família não está—a forma como ela diz machuca mas não o suficiente para acreditar, não depois de tudo o que falei com ele e da conversa que tive com Ruth no hospital.

Anahí: Há alguma razão para não gostar de mim como sou?

Angelique: Você perguntou o mesmo em relação à sua mãe..

Ok aquilo magoou e muito. Lembrei de todas as vezes em que chorei por não ter o carinho de uma mãe, ou alguém para me levar na escola ou para quem contar do meu primeiro beijo. Angelique é minha amiga desde que tenho 7 anos e vou o quanto sofri e principalmente quantas vezes perguntei a mim própria e a ela porque a minha mãe não gostava de mim. Farta da conversa e de parecer fraca olho o relógio e assim que vejo que já são onze e meia não perco mais tempo.

Anahí: Vou embora—pego minhas coisas.

Angelique: Não era para levar a mal.. Eu só quis ver todas as possibilidades

Anahí:Tudo bem—dou de ombros—se ele se quer vingar que o faça, pelo menos por enquanto faz isso me trata melhor que a minha mãe e não me coloca para baixo como você—dito isso saí do lado dela sem ouvir resposta.

POV. Alfonso

Ao meio dia em ponto vejo o carro de Anahí chegar e saio de casa para ir até ela.

Alfonso: Bom dia—digo animado quando ela saí do carro e eu paro ao lado. Quando ela olha percebo que ela não está muito bem mas no entanto responde no mesmo tom.

Jogada do destino (Finalizada) Onde histórias criam vida. Descubra agora