Jogada do destino (Finalizada)

Capítulo 12

POV. Alfonso 

Já era uma da tarde e eu ainda não tinha falado com a Anahí e já sentia falta. Isto não pode ser normal, falei com ela ontem à noite e por poucas horas sem ouvir a voz dela já me dá agonia. Sinto que sou dependente dela e novamente me pergunto como se somos só amigos? Claro que eu gostaria de mudar isso mas eu vi como ela ficou ontem por me ver no hospital e sendo minha namorada provavelmente ia ser pior. Será justo isso? Era esse assunto que neste momento eu falava com Ucker depois de contar todas as dúvidas. 

Christopher: Poncho deixa de pensar tanto cara.. Você já pensou que ela pode sentir algo por você? O que eu tenho quase a certeza que sim.. 

Alfonso: Você acha? —pergunto mesmo que por vezes ache o mesmo 

Ontem quando falamos no celular eu disse que gostava muito dela. O que não é mentira nenhuma e imaginei que ela fosse dizer o mesmo até porque eu sinto algo a mais mas mesmo que ela não se somos amigos é normal ela dizer, mas a forma como ela disse me fez ver que talvez não seja o único a sentir mais que amizade. 

Christopher: Eu tenho a certeza. Ela não é difícil de "ler" e eu nem a conheço à muito tempo —ele garante 

Alfonso: Ucker namorar comigo pode fazer com que ela sofra muito mais. Eu vi como ela ficou ontem e não foi nada de mais foi uma coisa simples. Você já imaginou quando acontecer algo pior como muitas vezes acontece? Ou quando ficar muito tempo no hospital ela ter que vir constantemente aqui? Isso é a vida que lhe posso dar.. É justo? 

Christopher: Se isso não é justo já não está a ser justo agora—eu olho para ele confuso—ela já sofreu ontem, ela já vem para cá desde que se começaram a ver e não é namorada. Mas você pode ser feliz com ela e acho que ela seria feliz ao estar com você. Porque que você não arrisca? 

Alfonso: Eu acho que você tem razão.. O máximo que levo é um não—digo tentando ser positivo e ele nega com a cabeça— Vou precisar de ajuda para saber o que fazer—olho para ele

Christopher: Ahh Poncho mas eu nem sei o que ela gosta. 

Alfonso:Mas na altura que você namorava a Dul eram românticos 

Christopher:Não quero falar disso—diz rápido—você sabe que ainda dói—ele fica triste e eu entendo. 

Ucker e Dulce namoravam desde os 15 anos até aos 19 onde terminaram supostamente para o namoro não virar rotina e ver se conseguiam viver um pouco um sem o outro, mas não deu muito resultado. Ucker ficou com algumas meninas mas comparava todas com Dulce e o mesmo aconteceu com ela. Eles são amigos mas todos sabem que ainda se amam e que é uma questão de tempo até voltarem, na verdade eles próprios dizem isso e não escondem que se amam nem mesmo um do outro. Se existe uma relação de sonhos como casal é a deles sem dúvida nenhuma. 

Christopher: Mas então alguma ideia do que fazer? 

Alfonso:Na verdade não… Só decidi que vou arriscar agora—dou de ombros—mas tenho que me lembrar de algo. 

Christopher: Ela não vem cá hoje? —confirmo—então tenta de forma discreta perguntar que coisas ela gosta, se mais romântico, se menos romântico sei lá.. Se isso não funcionar talvez seja bom você falar com a Dul e a Maite. 

Alfonso:Entendi.. Vou fazer isso—sorri

Ficamos mais um tempo a conversar e mais tarde ele vai embora e a minha mãe vem novamente para o meu quarto 

Ruth: A Anahí vem hoje? 

Alfonso: Vem sim.. Ela disse que vinha agora à tarde 

Ruth: Que bom. Vocês ficam felizes quando estão juntos.. Toda a gente pode ver isso.