Capítulo 39

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POV. Anahí

Falamos mais um pouco, ele me conta como se conhecerem e se apaixonaram. Me conta como ela era e por incrível que parece sinto que sou bastante parecida a ela em algumas coisa

Anahí: O que é que ela estudava?

Roberto: Design de interiores—arregalo os olhos—ainda hoje vivo numa casa decorada por ela, acho que por isso é tão especial para mim..

Anahí: Eu faço o mesmo curso—ele ri

Roberto: Eu sei a Julia me contou.. Parece que não é só no rosto que vocês são parecidas..

Anahí: Fico feliz com isso—sorri—como é que ela se chamava?

Roberto: Lorena.. Você iria se chamar de Miriam—ele sorri—ela teve um sonho com esse nome dias depois de saber que estava grávida—sorri e volto a olhar para a foto na minha mão

Anahí: Eu tenho mais família? Avós tios?

Roberto: Os meus pais já morreram mas os dela não é a Júlia é sua tia—concordo com a cabeça tentando guardar tudo na minha mente

Anahí: Eu sou uma má pessoa?—ele me olha confuso—por não querer que você vá à justiça mas compreender a sua dor?

Roberto: Não, você não é má só está a proteger as pessoas que te criaram nada mais.. Eu já disse que não vou à justiça mas eu tenho que falar com eles, eu enterrei a minha filha e agora descubro que ela está aqui à minha frente.. Eu tenho que saber o que eles fizeram

Anahí: Eu sei.. Como é que você me enterrou se eu estou aqui?

Roberto: O caixão ia fechado assim como o da Lorena. Foi um pedido da família dela para as últimas memórias não serem de dois corpos. Eu já tinha dito isso ao médico no dia anterior

Anahí: Você acha que ela ia gostar de mim?—ele agarra na minha mão e eu olho

Roberto: Tanto quanto eu—sorri de lado

Anahí: Eu acho que tenho que ir.. já é tarde ainda não jantei e amanhã tenho aulas.

Roberto: Tudo bem. Posso pedir um coisa?—confirmo—me deixa fazer parte da sua vida.. Por menor que seja o papel. Eu imagino que também não deve estar a ser fácil para você mas por favor me deixa tentar mostrar que eu seria um bom pai..

Anahí: Eu não duvido que você seria, nem que ela seria uma boa mãe—olho a foto—e por isso mesmo nunca poderia negar um pedido desses

Roberto: Você quer ficar com a foto?

Anahí: Eu posso?

Roberto: Eu tenho cópias dessa e muitas outras dela.. Se você quiser não tem problema

Anahí: Eu quero—ele sorri para mim— obrigada

Quando nós saímos Poncho está sentado nas cadeiras em frente à porta e sorri quando nos vê.

Alfonso: Tá tudo bem?

Anahí: Está sim.. Eu tenho só que me ir despedir da minha mãe e já vamos ok?

Alfonso: Não é preciso eles já foram para casa—olho confusa—o Alexandre não quis ficar no hospital até amanhã e eles me ligaram a avisar porque você não atendia o celular

Anahí: Ahh tudo bem—olho para Roberto— obrigada por tudo o que me disse e contou, esclareceu bastantes coisas na minha cabeça. É obrigada também pela foto

Roberto: Qualquer coisa que vocês precisem eu estou aqui.. O Alfonso tem o meu número depois ele dá a você para se você precisar—concordo e ele me abraça antes de ir até o Poncho—cuida bem dela

Jogada do destino (Finalizada) Onde histórias criam vida. Descubra agora