POV. Anahí
No dia seguinte chego à escola uma hora mais cedo que o normal e fico surpreendida quando vejo que estão todos à minha espera na porta.
Christian: Loira me conta a história porque a Mai contou sem detalhes—ri, só mesmo ele para me fazer rir
Maite: Christian cala a boca—da um tapa na cabeça dele
Alfonso: Você falou com os seus pais ontem—confirmo—e então?
Conto o que a minha mãe disse e depois a reação do meu pai. Poncho me olha de forma avaliativa mas é o único que não diz nada o que me surpreende mas não comento e ouço os outros.
Dulce: Anahí me perdoa mas ele devia agradecer ao Roberto por não fazer queixa porque eu no lugar dele faria.
Anahí: Eu concordo com você mas ele se nega a isso.. Ele não sente nenhum arrependimento do que fez nem peso na consciência
Christopher: Na minha opinião você devia fazê-lo ver que está mal..
Anahí: Eu vou tentar mas sinceramente não me parece que ele mude de ideias ele nunca foi de deixar de fazer o que pensa..
Maite: E como é que foi a sua relação com o Roberto?
Anahí: Bastante boa na verdade.. Ele respondeu a tudo o que eu perguntei mas não foi só isso. A forma como ele falava dela, como se referia a mim. Eu vi o amor nos olhos dele mesmo sabendo à pouquíssimo tempo que era meu pai
Alfonso: Any—eu olho—se o seu pai realmente mandar você escolher o que você faz?
Anahí: Eu prefiro não pensar nisso—ele concorda e eu olho o relógio—ela já deve estar na sala eu vou lá
Alfonso: Vai lá—ele beija a minha cabeça e eu entro na escola.
Vou para a sala de aula onde encontro Júlia na mesa dela com a cabeça entre as mãos. Não falo nada só fecho a porta e ela olha. Quando me vê ela se levanta rápido e fica me olhando. Não é preciso mais nada para entender que ela sabe. Ela vem até mim e me abraça chorando no meu ombro. Eu a abraço de volta e choro com ela, não sei o porquê já que não senti nem metade da dor que imagino que ela tenha sentido mas não consigo controlar.
Julia: Eu não acredito que é você—sussurra e passa as mãos pelo meu cabelo—eu devia ter entendido, você é igual a ela—se afasta e passa as mãos no meu rosto—eu não consigo acreditar que a minha sobrinha ta viva
Anahí: Eu estou—digo baixo e ela abre um grande sorriso
Júlia: Eu nem sei o que dizer—diz chorando e sorrindo ao mesmo tempo— meu Deus eu amo você—me abraça de novo e eu arregalo os olhos
Anahí: O que é que você disse?—me afasto
Júlia: Que amo você.. Anahí eu esperei vinte anos por este abraço e poder dizer estas palavras. Desde o dia em que a sua mãe disse que estava grávida que eu não pensava noutra coisa. Ela ia gostar tanto de estar no meu lugar..
Anahí: Ela ficava feliz quando me imaginava?
Julia: Ela chorava de felicidade cada vez que pensava em como você seria.. A gravidez dela foi repleta de amor e quando soube que era menina foi o dia mais feliz da vida dela
Anahí: Eu iria gostar de ter podido conhecê-la..
Julia: Ela também Anahí—diz com a voz embargada—o Roberto contou a história toda..Como é que você se sente com tudo isto?
Anahí: Confusa.. Eu descobri que toda a minha vida foi uma mentira e que muita gente sofreu por culpa do que os meus pai fizeram e não me sinto bem com isso. Por um lado eu não consigo ter raiva deles porque me criaram mas já não consigo ver o meu pai como antes, a minha mãe não sabia de nada mas o meu pai sabia e não se arrepende. Eu não consigo achar isso bem.
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Jogada do destino (Finalizada)
FanfictionAnahí Portilla uma menina doce mas extremamente decidida vê sua "vida perfeita" cair no dia do acidente do irmão. As discussões pioram e tudo fica sem sentido. Mas me diga alguém em morte cerebral está ou não morto? Alfonso Herrera um garoto de uma...