Capítulo 5

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POV. Anahí 

Quando saí as minhas mãos ainda soavam e o meu coração batia a mil. Durante a conversa eu de facto consegui relaxar como há muito tempo não acontecia, esquecer os problemas e fingir que o conhecia desde sempre e falando com ele como se fosse meu amigo mas a última coisa que eu esperava é que ele me pedisse para voltar e o pior é que eu quero e muito. 

Eu e Ruth fomos para umas cadeiras próximas ao quarto de Alfonso e ficámos lá. 

Ruth: Anahí eu queria falar com você sobre o que veio fazer aqui há um tempo atrás.. Não achei certo

Anahí: Está a falar de quando vim pedir desculpa? —ela confirma—eu não quis de forma nenhuma fazer algo mal.. Pensei que fosse o certo—digo um pouco confusa

Ruth: Em primeiro lugar ninguém tem a obrigação de doar os órgãos, obviamente que para pessoas como o meu filho é isso que salva mas ninguém é obrigado a nada. Não é esse o ponto.. O ponto é que só se pede desculpa quando se sente culpada e Anahí você não é culpada. 

Anahí: Eu sei, de verdade. Eu só achei que a família precisava de um pedido de desculpas — dou de ombros. 

Ruth: Foi só isso mesmo? —confirmo —tudo bem entao—ela vai à bolsa e tira um papel —aqui para você. 

Anahí: O que é? 

Ruth: Os horários de visita para o Alfonso, eu ouvi vocês de despedindo então se vai voltar tem que ter horários. 

Anahí: Ahh claro—guardo o papel perguntando a mim mesma se vou ter coragem de voltar—Bom acho que já vou. 

Ruth: Adeus.. E espero de verdade que venha—sorrimos e eu vou embora. 

POV. Alfonso

A minha mãe entra no quarto mas infelizmente sozinha e ninguém vem com ela. 

Ruth: Oii filho— vem até mim e me dá um beijo

Anahí: Oii mãe.. O que queria falar com a Anahí? — não aguento a curiosidade e pergunto 

Ruth: Nada de mais.. Eu estava com medo de que ela se sentisse culpada por você não receber o transplante e por isso tenha vindo pedir desculpa mas graças a deus ela garantiu que sabe que não tem culpa e que a decisão não era dela e sim dos pais. 

Alfonso: Ahh tudo bem—tenho que admitir que não tinha pensado nisso—acha que ela volta? —minha mãe ri

Ruth: Eu dei o horário das visitas para o caso de não estar aqui para autorizar ela entrar em outro e pedi para ela vir mas não sei—assinto e ela me olha sorrindo— porque filho? 

Alfonso: Nada—dou de ombros fingindo indiferença —só gostei de conversar com ela

Ruth: Vamos esperar que ela volte—concordo e Maite entra com Christian 

Christian: Oii gente linda—abre os braços

Maite: Começo a ficar com ciumes.. Você diz mais vezes ao Poncho que é lindo que a mim—faz drama e eu rio. 

Christian: Ohh minha deusa não é preciso ficar assim —a barca por trás e ela faz uma careta

Ruth: Vocês são loucos—ri e eu acompanho

Maite: Mas e aí novidades? 

Ruth: Nada—dá de ombros e quando seu telefone toca sai para atender 

Alfonso: Maite sabe mais alguma coisa sobre a Anahí? 

Maite: A Anahí?— me encara curiosa— Não, não sei nada só o que contei.. Porque isso agora? 

Jogada do destino (Finalizada) Onde histórias criam vida. Descubra agora