Capítulo 31

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POV. Alfonso 

Acordo confuso e olho para o lado onde está a Any a olhar para as nossas mãos. 

Alfonso:Any—sussurro quase sem voz e ela me olha 

Anahí:Oi amor—ela sorri—você tá bem?— confirmo 

Alfonso:Você vai ficar comigo?—pergunto com os olhos quase fechados 

Anahí:Sempre—foi a última coisa que ouvi antes de voltar a dormir

Quando volto a acordar ela está exatamente na mesma posição mas desta vez a mexer no meu peito com a ponta dos dedos. Mexi a cabeça e ela levantou o olhar encontrando o meu. 

Anahí:Você precisa de alguma coisa?— nego sem saber se consigo falar—durma mais um pouco ainda não passou o tempo normal—assinto e procurei a mão dela para agarrar—Poncho calma eu juro que não vou sair daqui nem para ir ao banheiro. Só com você—beijou a minha testa e com esse gesto eu relaxei voltando a dormir. 

POV. Anahí 

Poncho acordou duas vezes na última meia hora o que achei estranho pois o médico tinha dito que ele ia dormir no mínimo meia hora seguida, o que é normal tendo em conta que ele ainda estava sobre o efeito da anestesia então não percebi o porquê dele acordar. Suspirando passo a mão pelo cabelo dele e quando a outra está na dele e a porta abre quando o médico entra. 

Roberto:Ele não deve demorar a acordar.. 

Anahí:Na verdade ele já acordou duas vezes—ele me olha 

Roberto:Duas?—confirmo—que estranho.. Ele pareceu bem? 

Anahí:Sim ele quase não falou comigo foi rápido e voltou a dormir.. 

Roberto:Tudo bem então não há problema ele provavelmente estava ansioso por acordar ou assim—concordo—você vai ficar aqui com ele? São pelo menos duas horas até ele ir para o quarto nao quer sair e vem outra pessoa? 

Anahí:Não.. Quando ele acordou eu disse que ía ficar aqui

Roberto:Então sim é melhor ficar.. Acho que entendi o porquê de acordar antes do normal —diz rindo—qualquer coisa fora do normal me chama.. 

Anahí:Ta bom..—ele sai e eu volto a olhar para o Poncho 

Mais o menos uma hora depois ele volta a acordar e desta vez mais desperto mas mesmo assim a forçar para manter os olhos abertos. 

Alfonso:Oi—sorriu fraco—quanto tempo passou? 

Anahí:Hora e meia mais o menos.. Você sente alguma dor ou está bem? 

Alfonso:Estou bem.. Obrigada por ficar comigo 

Anahí:Você não tem que agradecer.. Fiquei feliz por você me ter escolhido para ficar com você 

Alfonso:Eu queria acordar com você ao lado—sorrimos

Anahí:Eu vou chamar o médico tá?—ele assente e eu chamo o médico que vem atrás de mim comigo 

Roberto:Como você se sente Poncho? 

Alfonso:Bem.. A operação correu bem? 

Roberto:Mais o menos—vejo que Poncho agarra o lençol nervoso e vou até ele— eu vou explicar, calma 

Roberto contou tudo o que nos tinha contado na sala de espera mas estranhei quando o Poncho não demonstrou nenhuma emoção, ele só ouvia 

Alfonso:E se não houver transplante? O que acontece? 

Roberto:Nós vamos usar todos os tipos de tratamentos até haver transplante ok? Não vamos perder as esperanças 

Alfonso:Sim você tem razão..—ele diz a olhar de mim para o médico—Eu vou para o quarto agora? 

Roberto:Daqui a pouco a enfermeira já vem buscar você.. Anahí você vai ficar aqui? 

Anahí:Vou sim—ele concorda e sai do quarto—você não tem mesmo dores pois não? 

Alfonso:Não, tá tudo bem—ele sorri e eu beijo os lábios dele—só é chato ter que ficar no hospital agora 

Anahí:São só duas semanas não é?—ele assente—passa rápido 

Passei pouco tempo depois o Poncho foi para o quarto e ficamos todos com ele que mesmo sonolento não dormiu e se recusava a fechar os olhos. 

Passei o dia com ele e no final da tarde, quando já não podia ficar com ele fui para casa e, por incrível que pareça, ansiosa para falar com a minha mãe. Entrei e fui para a cozinha onde ouvi vozes e vi o meu pai e a minha mãe juntos na mesa. 

Anahí:Olá—digo ao entrar—Mãe posso falar com você? 

Marichelo:Claro—Vamos para a sala e sentamos ao lado uma da outra—então como correu? 

Conta à minha mãe o que aconteceu e o que o médico disse. Ela ouviu tudo calada mas com interesse no olhar. Cada vez mais sentia estar ligada a ela. 

Marichelo:Mas ele agora está bem?— confirmo—e você? Como está com isto? 

Anahí:Não sei—dou de ombros desanimada—Eu quero ter esperanças mas às vezes nem sempre resulta— suspiro—eu já não consigo viver sem ele mãe 

Marichelo:Vai correr tudo bem—ela beija o meu cabelo—ele te ama. Fique ao lado dele e já ajuda—assunto e a abraço.

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Jogada do destino (Finalizada) Onde histórias criam vida. Descubra agora