Truth or Dare?

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Lembra quando falamos que eles estavam mais atentos?

Isso com certeza não foi um sinal de atenção!

O casal subiu para o andar de cima sendo recebido com um sorriso amedrontador de Ivy:

- Que bom que vieram! Agora nós podemos começar...

A ordem ali eram Finn e Millie que sentaram um do lado do outro, Sadie, Noah, Caleb, Jack, Íris, Sophia, Wyatt, uma menina no qual não sabiam o nome, junto de um garoto também desconhecido e Ivy...

No meio deles haviam uma garrafa de vidro, com o rótulo arrancado, dificultando a identificação.

Assim Sadie tomou a iniciativa e girou a garrafa.

Parando em...

Finn e Jack.

- Verdade ou desafio, bro?

- Verdade. - Jack preferiu pois estava sobre, ainda que pouco, ainda estava sobre efeito do álcool em seu organismo.

- O que realmente aconteceu no dia 4 de julho?

Jack ajeita sua postura e enfim responde:

- Era sábado, férias de verão... E como de costume eu saí, fui em uma festa de um amigo meu... E lá, acabei ficando com várias pessoas... Vocês sabem, bebida e essas coisas; mas teve um garoto, um garoto que fiquei que me fez sentir, mesmo bêbado, cara! Aquele garoto me levou ao céus através de beijos. Eu falo que foi o Finn por zoeira... Por que cai entre nós ele é um gato! Mas não foi você irmão... Foi o Noah!

Era como se o cenário congelasse, as borboletas no estômago de Noah voavam soltas, pois ele sabia que também tinha ido naquela festa; ele sabia que Jack não estava mentindo e também sabia que Jack também o fez sentir coisas aquela noite.

- Okay... Vamos continuar esse jogo - disse Caleb girando a garrafa onde agora o clima não era tão descontraído assim...

Era a hora da verdade. Era a hora que Gaten e Íris planejaram, era a hora certa para atingir Ivy, mas antes...

Ivy... Ela iria fazer a pergunta, e Íris foi a sorteada para respondê-la.

- Verdade ou desafio?

- Desafio... - responde incerta. 

- Beije a pessoa que você acha a mais bonita da roda... - e claro que Íris teve que cumprir o desafio, Sophia foi a garota beijada. Era como se todas as borboletas no estomago de Íris voassem, de uma vez; naquele beijo tinha de tudo, mas principalmente uma ruiva surpresa com a sensação que sentira. 

Íris acabou o beijos com selinhos e a ruiva tinha as órbes azuladas arregaladas, sem dizer nada e pensando em tudo - era - assim que as duas se sentiam. Todos ali estavam com os queixos no chão. Então foi aí que Ivy disse por fim:

- Íris - diz batendo palmas cinicamente - quando você disse que sentia coisas pela ruiva desengonçada... É... Você não estava brincando... - Ivy terminou, provocativa. 

Íris então olhou para Gaten, que assentiu; o que eles não sabiam é que aquilo que falariam não seria suficiente. A garota sempre tem uma carta na manga, tecnicamente era um momento, uma lembrança... Muito bem guardada. 

- Parece que você também não estava brincando quando incendiou Banff para matar a Brown! - Íris rebate.

A acusação, ato, nada simples de delatar que a outra pessoa tinha feito algo ilícito ou impróprio - aquilo que, foi exatamente o que Ivy fez. Para uma frase até então ser interpretada como acusação depende claramente do local em que fora feita. Vendo assim não parece uma acusação, o local era uma grande roda de amigos bêbados no aniversário da acusadora. Mas outro fator que influencia nessa decisão com certeza é o tom de certeza em que fora dita; isso era claro, Íris tinha mais que certezas, porém ela não estava lá, ouvir da boca da louca era bem  diferente.

Ivy estava  pálida, assim como a maioria dos adolescentes ali. Em um gesto rápido Finn envolve Millie num abraço apertado, indicando que tudo ficaria bem - era mentira - tudo que o cacheado queria era se ver livre das ameaças de Ivy e terminar o ensino médio como um adolescente normal. 

- Ah que lindo! O amor... Parece que Wolfhard escolhe bem suas vítimas - Ivy diz venenosa - cuidado Brown, você pode ser a próxima...

Millie se separa rapidamente de Finn  que tinha o semblante indecifrável...

- Do que ela está falando Finnie? 

- Ah que fofinho... Você não contou para sua namoradinha Finnie? - agora havia um certo tom de sarcasmo em sua voz - Não quer que ela se machuque, Wolf?

Finn suava frio, naquele momento agradeceu um segundo por Millie não estar mais em seus braços.

- Finn, do que ela está falando? - Millie pergunta, agora firme.

- N.nada! - ele nega, com a voz falha o fazendo gaguejar.

- Nada Finnie? Aquela noite não significou nada para você? - Ivy disse tentando transparecer um tom de inocência.

- Finn Wolfhard, pela última vez me responda... Do que essa vadia está falando? - Millie diz tentando esconder o tom embargado de sua voz.

- Eu não queria que soubesse assim Mills...- diz Wolfhard se aproximando da garota mas a mesma recua - Sim, eu transei com Ivy...

- Quando?

- Naquela sexta-feira, em que me declarei para você e você fugiu... Eu fiquei desolado! - Finn diz sincero segurando as lágrimas.

- E foi procurar nela, o que eu não te dei? - Millie agora carrega o nojo e a decepção em sua voz.

- Eu não queria! - Finn rebate, com nojo de Ivy, mas também com nojo de si mesmo.

- Eu não quero mais ouvir Wolfhard! Fique aí e não venha atrás de mim! - Millie disse em meio aos soluços. 

E assim mais uma vez ela correu.

[...]

- Na boa gente? - Caleb diz - Essa merda já deu! 

- Cansei, galera... - disse Jack  saindo dali... Ele também precisava pensar.

- Eu vou atrás da minha amiga... - disse Sadie. 

Assim naquela roda apenas sobrou um Finn desolado e um Noah totalmente arrependido de tê-lo ajudado.

- Eu confiei em você...

- Eu sei...

- Você despedaçou a minha rosa Wolfhard... - Noah diz perplexo - talvez eu te perdoe um dia - diz enquanto saia dali deixando o menino lobo completamente desolado, despedaçado e morto por dentro.

- AH PORRA! - disse Finn enquanto chorava e bagunçava seus cachos grudados em seu rosto pelas lágrimas que escorriam soltas.

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esse jogo sempre trás merda.

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eu disse que escrever tragédias era muito melhor

amo vocês, não queiram me matar... Matem a Ivy!



Ride | FillieOnde histórias criam vida. Descubra agora