Capítulo 11

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Continuamos a andar até que eu me deparo com uma lojinha de roupas e acessórios de bebê, e isso é uma coisa que eu amo admirar. Parei na frente da loja.

- Não me diz que agora quer ser mãe também. - ouço Noah dizer.

- Mãe... uma coisa que eu tive por tão pouco tempo. - disse em meio a emoção e logo me lembrei do ser ao meu lado. Não quero me mostrar fraca perto dele - Eu gosto de ver roupas e acessórios de bebês. Acho fofo.

- Já pensou e ter filhos? - perguntou quando voltamos a andar.

- Já, desde do tempo em que eu pensava que os bebês nasciam de um ovo! - ri com a lembrança e ele me acompanha.

- Sério que você pensava que vinha de um ovo?

- Eu não tinha ideia e eu nem procurava saber. Na minha lógica, já que galinha botava ovo, pensei que com os humanos também era assim. - rimos os dois.

- De todas a sua é a melhor!

- Não vai me dizer que você não teve uma imaginação bizarra sobre de onde vinha os bebês! - continuamos a andar pelo shopping de mãos dadas, o que se tornava esquisito.

Eu. Ele. De bem. Mãos dadas.

Muito estranho.

- Tive, mas não tão irada igual a sua! - rimos mais uma vez, ele fita em algo a nossa frente.

- Que foi?

- Paparazzi!

- Onde? - procurei com os olhos.

- Não procura, só me abraça!

- Hum, ok. - lhe abracei um pouco desajeitada. Ficamos abraçados por um tempo. Seu cheiro é tão bom.

Não, calma o que eu estou fazendo?

- Eles já foram? - perguntei.

- Não, eles ainda tão olhando. - levanto minha cabeça e não vejo ninguém.

- Mas não tem ninguém!

- Tinha! Mas ai você resolveu olhar e eles saíram correndo. - o olhei desconfiada.

- Eu estou com fome. - digo começando a andar.

- Tá, vamos almoçar! - entramos em um restaurante do shopping. Pedi um Strogonoff de frango e ele pediu um bife com batata frita - Me diz minha cara futura Senhora Urrea...- revirei os olhos - O que devo fazer para adoçar sua vida?

- Sumir dela! - digo olhando para as pessoas que passavam do lado de fora.

- Oh! Minha noiva é tão fofa! -sorriu.

- Qual é Noah? Não vai me dizer que tem paparazzis com gravadores aqui.

- Não, não tem. - tomou um pouco de sua coca-cola gelada - Eu só quero te provocar mesmo. - fiz uma careta. - Sabe, te provocar virou meu hobby preferido!

— E o que ganha fazendo isso?

— Hum, deixe-me pensar. – fingiu pensar – Diversão, diversão – repetiu contando nos dedos – Diversão e... diversão! - riu.

— Tenho cara de Hopi Hari por algum acaso?

— Não, porém com você a diversão é garantida! – gargalhou.

Ele está me tirando do sério de novo! Quando eu penso que posso ter paz ele enche o saco. Eu mereço!

Finalmente nossa comida chegou, meu estômago já estava roncando! Me concentrei em apenas comer.

De repente sinto algo acertar minha cabeça. Olho para Noan e ele está concentrado em sua comida. Olho para os lados e não vejo ninguém suspeito. Volto a comer e novamente algo me acerta e vejo que é batata palha. Olho para Noah novamente e ele está olhando para o prato segurando o riso. Idiota!

— Noah você tem problemas?

— Eu? Do que está falando? – se fez de desentendido.

— Não sou idiota, sei que é você quem está fazendo isso.

— O que? Isso? – pega um tanto de batata palha e joga na minha cara – Não, não sou eu. – ele volta a atenção para o prato.

Peguei um tanto de batata e lhe taquei na cabeça.

— Opa! Foi sem querer. – ele me encara e pega batata novamente e joga em mim.

— Foi mal! – e assim se inicia uma gerra de batata no meio do restaurante.

Todo mundo estava olhando. Algumas pessoas riam da nossa "Criancice", outras torciam o nariz. Quando ele ia jogar mais em mim, percebeu que o potinho estava vazio e me encara. Começamos a rir sem parar.

— Você é louco! – digo balançando meu cabelo para tirar mais algumas batatas que ficaram.

— Louco não, divertido.

— Deveria fazer curso para palhaço. Teria grandes chances.

— E você viria comigo! – revirei os olhos.

— Olha isso! – aponto para a bagunça que fizemos.

— O que é que tem?

— É sério Noah! Fomos nós quem fizemos essa bagunça então nós temos que limpar.

— Esse é o trabalho deles! – o encarei em indignação.

Era bom de mais para ser verdade, essa é frase da minha vida.

— É claro! Eu já podia esperar isso de você. – me levanto indo até o balcão e ele vai atrás – Moça tem algo que possa me emprestar pra limpar aquela bagunça que fizemos?

— Sabina, para de ser dramática, eles fazem isso. – ele diz logo atrás de mim.

— Pode por favor não me dirigir mais a palavra? – digo já irritada.

— Não precisa se preocupar moça. Nós podemos fazer isso! – diz a moça com um sorriso amigável.

— Eu faço questão! – insisti.

— Eu repito, não precisa se preocupar, afinal faz muito tempo que um casal tão... apaixonado faz coisas desse tipo aqui. – sorriu. – Vocês já estão nos pagando, aquilo não é nada de mais.

— Já ouviu ela! – Noah diz e encaro a moça que ainda sorri.

— Mil desculpas por isso! – pedi envergonhada.

— Não foi nada, foi um prazer servi-los. – sorri – Com licença! – saiu pra atender outras pessoas.

— Viu? Para que tanto drama? Foram só algumas batatinhas! – me lembro desse ser atrás de mim e me viro para ele.

— Pague a conta, eu quero ir embora.

— Ah o que? Hidalgo...– lhe interrompi.

— Noah, vamos embora por favor.  – digo séria e ele bufa contrariado. – Vou ao banheiro, ja volto!

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