Capítulo 28

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Não demoramos a chegar na boate. Noah estacionou o carro e descemos. Na entrada o segurança nos deu duas pulseiras VIPs. Lá dentro estava lotado, várias pessoas na pista de dança, outras enchendo a cara no bar.

Noah pegou na minha mão e subimos uma escada, subindo na área VIP. Não demorou para que encontrássemos Daniel.

— E ai marido! – ele zombou assim que se aproximou de nós recebendo um tapa na cabeça de Noah. — Sabina. – me deu um beijo. — O casal não se separa mais?

— É que a Sabina não vive sem mim.

— Eu? Foi você quem me chamou para vir.

— Porque você implorou com aqueles olhinhos – lhe dou um tapa no ombro. — Olha a agressão!

— Já disseram que vocês fazem um casal bonitinho? Eu até tiraria uma foto para guardar de recordação mas não tenho espaço de armazenamento o suficiente no celular. – Daniel diz sorrindo.

— Por que não vai pertubar outro hein? – Noah reclama.

— Caramba, finalmente achei vocês! – Julia diz ao se aproximar. 

— Júlia? Você por aqui? – Daniel pergunta sorrindo.

— Não contavam com minha astúcia? – ela diz divertida.

— Não, mas já estou gostando! – ela sorriu em resposta.

— Posso vomitar? – Noah me susurra.

— Pode, eu também quero. – respondi rindo.

— E ai meus queridos, senhor e senhora Urrea? – Júlia provoca.

— Como vai futura senhora Marques? – Noah retruca me fazendo rir da cara que os dois fizeram.

— Engraçadinhos! – Júlia diz sem graça.

— Vou buscar alguma coisa para beber. – Daniel anuncia.

— Vou com você! – Noah se oferece e os dois saem.

— Já disse que esse Daniel é um gato? – Júlia questiona me abraçando.

— Mil vezes! – não deixava de ser mentira, sempre que o encontrávamos ela deixava claro o quanto achava ele maravilhoso.

— Será que é hoje? – se abanou.

— Não sei, pergunta para a Ludmilla. – digo soltando uma risada logo em seguida.

— Você está muito engraçadinha hoje dona Sabina Urrea, está fazendo cursinho para palhaça e eu não estou sabendo?

— Idiotinha. – resmunguei.

— Olha isso. – colocou minha mão sobre seu peito sentindo seu coração bater acelerado.

— Júlia está apaixonada! – provoquei e ela me empurrou.

— A única apaixonada aqui é você! Mas se eu estivesse não iria negar, amo uma paixãozinha inesperada.

— Quando eu crescer quero ser igual a você. – ela ri.

— Todos querem ser igual a mim, normal. – sorriu. Dani e Noah voltam com nossas bebidas.

— Rodada de tequila! – Daniel exclamou animado.

— Obaa!! – Júlia diz animada.

— Vocês estão dirigindo! – digo e Noah e Daniel se encaram.

— Vamos resolver isso de forma madura. – Noah sugere e Daniel afirma. — Pedra, papel, tesoura! – os dois gritaram e eu e Júlia reviramos os olhos.

— Vamos fazer o seguinte, todo mundo aqui pede uber e amanhã alguém vem buscar os carros. – Júlia sugere e os dois "maduros" sorriem animados.

— Boa ideia. – Daniel diz lhe dando um beijo no rosto a fazendo corar.

— Eu não vou beber! – anunciei.

— Pode beber Sabina. – Júlia insiste.

— Não, você sabe o estrago que eu fico quando eu bebo.

— Vai Sabina, só uma tequila! – ela insiste novamente.

— Não, dispenso dessa vez.

— Vai Sabininha, uma tequilazinha. Você merece, sabe disso! – Júlia insiste novamente.

— Vai Sabina, eu cuido de você. – Noah diz me fazendo o encarar.

— Você cuidar de mim? – soltei uma risada. — É mais fácil me jogar em um bueiro.

— Que imagem horrivel é essa que você tem de mim? Nunca faria isso com você! – bufei.

— Tanto faz. – respondi.

— Vamos dançar! – Júlia fiz puxando Daniel para a pista de dança.

— Eles se merecem! – Noah diz rindo.

— Com certeza!

— A nós! – ergueu seu copo.

— A nós! – brindamos e assim cada um bebeu o seu. Eu já fiquei foi tonta. Ficamos um tempo olhando o pessoal lá em baixo.

— Vou busca outra bebida, quer? – ele grita em meu ouvido.

— Sim, eu vou com você! – ele enlaça nossas mãos me puxando até o bar. Bebi no máximo quatro copos de vodka e já estava bastante alterada e Noah também. Estavamos rindo animadamente. E nem sei de que.

— Vem vamos dançar! – me puxou para pista de dança e começamos dançar juntinhos, porém a música era agitada. — Você é linda sabia?

— Você também, até de mais!

— Agora somos casados!

— Ca. Sa. Dos! – digo pausadamente. Encarei minha mão, olhando em meu dedo — Sem aliança!

— Para que? Eu tenho coisa melhor que aliança.

— Como o que? – me puxou pela nuca encostando nossos lábios. Assim iniciando um beijo. Coloquei os braços em volta de seu pescoço e seus braços na minha cintura. Parecia que só existia nós dois ali. Eu já estava meio grog por causa da bebida, nãoo estava entendendo nada e isso só tende a piorar. Separamos nossos lábios e nos encaramos.

— Vamos para casa? – pergunta em meu ouvido.

— Fazer o que? – o encaro.

— O que você quiser! – deu seu sorriso perfeito. Sem esperar ele me puxou pelas mãos, saíndo da boate.

— E o Daniel e a Júlia?

— Eles sabem se cuidar, eu acho. – sorriu e me beijou — Vamos!

— Chama o uber ou táxi.

— Tá bom, princesa.

— Princesa não, rainha. – digo depois de rir.

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