Capítulo 53

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Acordei bem cedo com o Noah agarrado a mim. Demorou um pouco para que eu criase coragem de me separar dele, mas com muito custo eu o fiz. 

Me levantei com muito cuidado para não acorda-lo. Peguei minhas roupas e entrei no banho que foi bem rápido. Peguei minha bolsa e por um impulso maior fui até Noah e lhe dei um beijo no rosto.

Fiz um café antes de sair do apartamento e segui a caminho do hospital onde estou estagiando. Mais de um ano fazendo isso e ainda assim a ansiedade bate sempre que me aproximo.

Eu ainda não era uma médica, mas já atuava em algumas áreas. O dia foi extremamente corrido e cansativo. Tive que atuar em três áreas diferentes já que duas pessoas faltaram.

Assim que completei a minha carga horária me dirigi para o hospital onde meu pai estava. Assim que entrei em seu quarto ele estava acordado e assistindo TV.

— Pai! – ele me olha surpreso e sorri.

— Filha! – fui até ele e lhe dou um beijo. — Tudo bem?

— Sim, estou bem e você?

— Tudo bem. – suspirou e segurou minhas mãos. — Minha filha... quero te pedir perdão por tudo!

— Tudo o que pai?

— Por te obrigar a se casar com alguém que não ama, por gastar todo nosso dinheiro com apostas. Não acreditar em você novamente quando me avisou o que estava explícito bem na minha cara!

— Está tudo bem pai, já passou.

— Não está não! Tudo isso é culpa minha! Olha filha se não quiser mais continuar com esse casamento está tudo bem, eu lido com as minhas consequências.

— Não pai! Está tudo bem, eu já disse.

— Por que não? Até pouco tempo você não queria! – me olhou com o cenho franzido.

— Mas as coisas mudaram pai. Noah é uma boa pessoa, eu o julguei sem o conhecer direito. Veja só, ele fez tudo isso por nós!

— Eu já sabia que Noah era realmente é um bom garoto, nunca lhe entregaria para alguém que eu não confiasse.

— Não se preocupe pai! Mas me diz, o médico disse algo?

— Amanhã eu já estou liberado.

— Que ótimo! – sorrio animada. — Eu adoraria ficar com você, mas eu tenho que ir ao estágio. Eu fiquei muito tempo afastada e já é o último ciclo. Quem vai cuidar de você?

— Já sou bem grandinho Sabina, não preciso de babá. – fechou a cara ofendido.

— Pai, você precisa descansar. Você pode estar bem mas ainda assim não quero que fique sozinho. – lhe expliquei. Um nome se acende em minha cabeça. — A Helena!

— Quem?

— Helena, a enfermeira.

— Ah, claro! – sorri. — Por mim tudo bem! – o encaro com o cenho franzido.

— Mudou de ideia muito rápido, não acha? – cruzei os braços lhe encarando.

— Impressão a sua! – se fez de desentendido.

— Nem pense nisso! – digo e ele me olha sem entender. — Deixa esse seu fogo apagar um pouco, descansa esse coração. Para um pouco de pensar em mulher!

— Eu nem disse nada.

— Mas eu sei bem no que está pensando. Não tenho nada contra a Helena mas, não pai.

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