Capítulo 58

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MARATONA (0/3)

Acordei com alguém cantando. Abri um pouco os olhos e pude ver Noah no banheiro, em frente ao espelho arrumando o cabelo e cantando.

Lalalalalalala. – cantou repetidamente.

— Noah! – ele não escutou e continuou cantando. — Noah! – chamei novamente e nada. — Noah!! – gritei e foi ai que ele saiu do banheiro e veio até mim.

— Que foi?

— Qual é a da cantoria logo de manhã?

— Só estou cantando, não posso mais?

— Esqueceu a letra ou não sabe mesmo?

— Quer que eu cante o que agora? Onde direction?

— É One Direction! – o corrigi. — E sim, eu preferia.

— Tanto faz! – revirei os olhos. — Afinal... – voltou para o banheiro — vai comigo para Los Angeles né?

— Você sabe, eu tenho que estudar!

— Você estuda o tempo todo.

— Eu estou basicamente na última fase do meu curso, eu tenho que me dedicar ao máximo se eu realmente quiser me tornar uma médica de respeito.

— Sinceramente, não vejo resultados. – lhe encarei.

— O que? Como não?

— Sabina...– escorou-se no batente da porta. — até eu que não sei nada de medicina, com tudo que tenho visto te reprovaria!

— Como é? – digo me fazendo de ofendida. — Não foi o que disse quando me viu salvando meu pai! – cruzei os braços. — Sem falar que eu fiquei bastante tempo longe de tudo, me perdi em várias coisas, meu foco mudou de rumo.

— E esse outro rumo sou eu! – sorriu.

— Talvez. – dei de ombros.

— Confessa vai, eu sou o dono dos seus pensamentos! – sorriu.

— Pode ser que antigamente sim mas hoje... – digo me levantando da cama. — Tenho coisas muito mais importantes para pensar.

— Tipo?

— Nosso filho!

— Nem chegou e já está querendo sentar na janelinha? – cruzou os braços fingindo indignação e eu ri. Fui até ele e o abracei por trás.

— Não se preocupe, tem eu o suficiente para os dois.

— Os dois? – ele se vira de frente para mim.

— Sim, os dois. – lhe beijei em confirmação. — Agora vai arrumar nosso café, pois eu preciso de comida!! – o empurrei do banheiro sem cerimônias.

— Eu não sei cozinhar!

— Em algum momento você tem que aprender!

— Desde que você me ensine eu não vejo problema algum.

— Talvez!

— Okay, me convenceu. – diz indo até a porta mas parou e me olhou. — E o meu beijo de bom dia?

— Vai ficar querendo, eu nem escovei os dentes. – fiz careta.

— Eu não me importo. – diz se aproximando.

— O problema é seu, eu não vou te beijar. – digo me afastando.

— Sabina, entenda que nada me incomoda vindo de você. Nem um bafo de búfalo de quem acabou de acordar. – sorriu e novamente fiz minha cara de nojo.

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