Capítulo 45

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Acordei com Noah me chamando.

— Hum. – resmunguei.

— Hora de descer! – me informou.

— Já chegamos? – perguntei perdida.

— Não, nós vamos saltar do avião! – ironizou.

— Idiotinha! – resmunguei antes de me colocar de pé. Não demoramos a pegar nossas coisas e pegar um táxi na frente do aeroporto com destino ao condomínio.

Já marcava nove horas da noite. O trânsito não estava tão caótico quanto eu imaginava, por isso não demoramos a chegar em nosso destino.

— Enfim em casa! – digo assim que atravesso a porta do apartamento.

— Não é você quem estava fazendo de tudo para ficar em Paris?

— Depois de lembrar que o seu amiguinho está lá eu mudei de ideia. – revirei os olhos.

— Oh, já chegaram! – uma voz soou nos pegando de surpresa.

— Maria!! – gritei e corri para abraça-la. — Que saudades!

— Eu também menina! Como tem estado? – perguntou me analisando.

— Tá tudo bem, e você?

— Muito bem. – sorriu segurando minha mãos.

— Maria, esse é o Noah. – digo apontando Noah que já está ao meu lado.

— Muito prazer! – apertou sua mão.

— O prazer é meu! – ele diz sorrindo simpático.

— Tinha esquecido completamente que você viria essa semana! Nós acabamos sendo pegos de surpresa pela viagem e nem ne lembrei, me desculpe. – ela me sorri.

— Não se preocupe. Dona Alexandra me deixou por dentro de tudo. Eu aproveitei que vocês não estavam e arrumei tudo direitinho, aproveitei para conhecer melhor o apartamento.  A dona Alexandra me deu as chaves, se não se importarem.

— Claro que não, que bom que está aqui! – digo animadamente lhe abraçando novamente.

— Sinto por deixar vocês sem a minha humilde presença mas preciso dormir e colocar o meu sono em dia. – Noah diz.

— Você dormiu o vôo todo! – digo indignada.

— Nunca é tarde para se colocar o sono em dia. Tchau para vocês!

— Só tem uma coisa! – Maria diz nos chamando a atenção.

— O que é? – questionei.

— É que...

— Quem foi que tirou minha paz? – uma voz soou interrompendo Maria e assustando eu e Noah.

— Linsey? – Noah questiona encarando a figura loira com o cenho franzido.

— Surpresa! – ela exclama fingindo animação. Parecia que tinha acabado de acordar.

— O que faz aqui? – ele questiona.

— Nossa, quanta animação. – diz se fazendo de ofendida. — Como sabem, eu já tenho dezoito anos. E como sabem também, eu não posso ficar mais no internato. Então eu tinha duas escolhas: Morar com a mamãe ou morar com o papai.

— E...?

— Eu descartei as duas! Eu vou passar um tempinho com meu irmãozinho e com a minha cunhadinha. – sorriu. Eu e Noah nos entreolhamos.

— Com a mamãe eu até entendo, mas por que não com o papai?

— Desde quando papai me daria um tempo? Ficaria me infernizando com assunto de faculdade, sem falar na Alexandra que ficaria pegando no meu pé.

— Lin...

— Relaxem, eu não vou atrapalhar. – ela diz lhe interrompendo. — E nem me importo com "barulhos" – fez aspas. — de noite, pois graças a Deus existe fones de ouvido! – sorriu para nós e me senti corar com tal insinuação.

— Eles ao menos sabem que você está aqui? – Noah volta a questionar.

— Sabem.

— E ainda assim eles deixaram?

— Para começar, eu sou maior de idade. Para prosseguir, eles deixando ou não eu daria um jeito de vir. E para terminar, eu disse que vocês me convidaram. – sorriu.

— O que?

— Foi o melhor que eu consegui! – Noah me encara. — Sabina, nenhum problema né? – me encarou.

— Não, claro que não! Você é muito bem vinda aqui. – digo um tanto incerta.

— Ah ta. – sorriu. — A propósito, por que há dois quartos trancados? Não me diz que é um quarto de jogos igual ao do Christian Grey? – nos encarou maliciosamente fazendo o sangue subir para minhas bochechas. Já vi que vai ser dificil! — Se for o caso, Noah me perdoe mas Sabina tem mais carade sádica do que você. – riu se jogando no sofá.

— Cala essa boca! – Noah diz a fazendo rir mais ainda.

— Eu sou livre para imaginar o que eu quiser.

— E onde dormiu? – mudei de assunto.

— No quarto de vocês.

— Nosso? – franzi o cenho.

— Sim, ou vocês dormem em quarto separados? – nos encarou.

— Não, claro que não. – soltei uma risada nervosa.

— Calma ai! – Noah começa nos chamando a atenção. — Você anda lendo livros eróticos? Linsey Urrea! – diz em um tom repreendedor.

— Noah, posso te dar um conselho? – ela começa.

— Qual?

— Compre um gato!

— Para que?

— Para você cuidar das sete vidas dele e deixar a minha! – segurei o riso.

— Olha aqui...– ele começou mas o interrompi.

— Chega Noah, vamos guardar nossas coisas! Ainda temos que arrumar lugarzinho confortável para a Linsey.

— Isso ainda não acabou! – ele diz a Linsey que lhe mostra a língua em resposta. Pegamos nossas coisas e seguimos para o quarto de Noah.

— O que vamos fazer? – perguntei fechando a porta atrás de mim.

— Com o que?

— Sua irmã, nós dormimos em quartos separados lembra?

— É só não dormirmos em quartos separados, ué! – diz se jogando em sua cama.

— De novo? Não foi esse o acordo!

— No contrato não está escrito que devemos dormir em quartos separados.

— Você nem leu o contrato. – revirei os olhos.

— E lá diz algo do tipo? – me encarou.

— Não, mas...

— Então acabou. E nem precisa se preocupar, isso vai ser apenas por alguns dias. Eu vou falar com meu pai e logo ele convence ela ai ir.

— Tem certeza?

— Tenho, confie em mim.

— Esse é o problema! – ele revira os olhos.

Conviver com mais alguém do sangue Urrea não deve ser tão difícil, né?

_____

talvez eu só apareça aqui na segunda...

essa estória ainda vai dar o que falar, vocês estão prontas crianças?

a paz de cristo a todos!!

- Iza.

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