Uma multidão se juntou em volta de mim me encarando. Inclusive Noah que me olha preocupado.
— Sabina, você está bem?
— Sim, sim. – tento me levantar – Ai meu pé!
— Deve ter machucado. – me ajuda com cuidado a me levantar. – Vamos ao hospital.
— Não precisa.
— Precisa sim, consegue andar?
— Acho que sim. – tento pisar no chão mas meu pé dói e minhas costas também – Ai!
— Parece que não consegue não.
— De quem é o carrinho? De onde ele veio?
— Não sei, só vi ele indo em sua direção.
— Não é possível que o carrinho não tinha dono. – digo achando aquilo estranho.
— E tem! – uma voz feminina soou e olhamos para dona da voz. Eu não acreditei quando vi.
— Alicia? – Noah pergunta tão surpreso quanto eu.
— Me desculpe, perdi o controle do carrinho. Esses emprestáveis precisam consertar direito essas drogas. Me desculpe mesmo! – não digo nada só a encaro, não tem um pingo de verdade no que ela diz.
— Tudo bem. – digo séria mostrando que não me convenceu em nada.
— Me desculpem por ontem, eu estava um pouco alterada.
— Tudo bem Alicia, agora eu preciso levar ela para o hospital. – Noah diz.
— Ai, me desculpe mesmo! – olho em seus olhos e vejo toda sua diversão neles. Filha da mãe!
— Tchau Alicia!
— Tchau, espero que não tenha sido nada grave. – acenou.
Me apoiei em Noah e fomos até a saída do supermercado.
— Quer que eu te pegue no colo?
— Não, até porque eu já estou melhor. Vamos embora!
— Sabina, não seja teimosa! – bufei e assim ele me pegou no colo. E com uma facilidade que me senti uma pena.
— Noah eu consigo andar! – ele me ignora. Entramos no carro e seguimos para o hospital. Eu sabia que não era nada grave, não entendia para que tabro auê assim.
Ao chegar no hospital, Noah me pegou nos braços novamente e me sentou em uma das cadeiras da sala de espera. Conversou com a recepcionista e logo voltou
— Não precisa me pegar no colo! – quase gritei.
— Tudo bem, vamos. – estendeu sua mão e eu peguei. Entramos em uma das salas.
— Noah! – um médico entrou na sala. E confesso ele é um gato! – Como vai?
— Eduardo. – apertou sua
mão – Bem e você?— Tudo bem, olá! – apertou minha mão em cumprimento.
— Oi. – digo apenas.
— Em que posso ajudar vocês?
— Sabina foi atropelada por um carrinho de supermercado e eu quero ter certeza de que que ela não se machucou. – Eduardo encara Noah e depois a mim. Eu estava envergonhada.
Que tipo de pessoa é atropelada por um carrinho de supermercado nos dias de hoje?
— Sabina sente-se ali! – apontou para a maca e Noah me ajudou. Eduardo se aproximou me examinando. – Vamos fazer alguns exames para ver se não houve alguma fratura. – me ajudou a descer – Nós já voltamos Noah!
— Tá. – saímos em direção a sala de Raio X. Uma enfermeira me ajudou a trocar de roupa. Me deitei em uma espécie de máquina enquanto a enfermeira arrumava o equipamento.
— Noah parece se preocupar bastante com você. – Eduardo diz se aproximando.
— Atoa. Nem foi tão grave o acidente.
— Nunca o vi assim. Agora não se mexa! – saiu da sala. Um estralo foi ouvido e ele retorna – Pronto! – eu me levanto.
— Você o conhece a muito tempo? – perguntei curiosa.
— Fizemos um ano de administração juntos, e você?
— Vamos nos casar. – ele para e me encara surpreso – Estamos noivos.
— Essa é nova, nunca pensei que ele seria laçado! – riu – Pode se trocar. – assenti e me afastei. Troquei de roupa rapidamente e voltei.
— Vou analisar seu exame e já digo o resultado.
— Tá bom. – ele me encara e depois minha mão – O que foi?
— É que eu não vi a aliança, por isso a surpresa. Não me leve a mal.
— Ah sim, faltam poucas semanas para o nosso casamento, então mandamos fazer outras! – menti. Nem eu sabia onde estavam as alianças.
— Entendo. Desculpe me meter. – sai da sala de exames e fui para sala de Eduardo onde Noah aguardava.
— E ai? Está tudo bem?
— Só vamos esperar o resultado. – depois de alguns minutos Eduardo entra na sala com um envelope.
— Não precisam se preocupar porque não tem nenhuma fratura. – suspirei alivíada – As dores são por causa do impacto da batida, só teve uma pequena torcida no tornozelo. Só terá que repousar por vinte e quatro horas. Mas é só tomar esse analgésico – escreveu em um pequeno papel e me entregou.
— Eu disse que não era nada. – digo a Noah.
— Obrigada Eduardo! – se levantou e apertou a mão do médico.
— Sempre aqui, e parabéns pelo noivado. – Noah me encara.
— Obrigado, e eu vou te esperar lá. Te mando o convite assim que chegar.
— Conte comigo, até mais Sabina! – apertei sua mão.
— Até mais! – saímos de sua sala.
— Noah, eu estou com fome. – resmunguei.
— Vamos comprar seu remédio e depois compramos uma pizza, pode ser?
— Tá bom. – ele abriu a porta do carona para mim e me ajudou a entrar com cuidado. Não demorou para que o carro estivesse em movimento. – Eu acho que eu deveria ter um carro. – ele riu. – Tá rindo do que?
— Você acha mesmo que eu vou deixar você ter um carro? – lhe encarei.
— Por que não? Eu sei dirigir e tenho carteira. Eu tenho todo o direito de ter um carro!
— Sabina, você já é agressiva sem um carro. Você com um carro é uma ameaça a humanidade! – lhe olhei indiganada.
— Isso é um absurdo!
— Não, não é um absurdo. Eu estou apenas protegendo minha pele, você passaria com um carro em cima de mim!
— Passaria mesmo, você é irritante! – cruzei os braços e ele ri.
— Ta vendo só? Eu tenho total razão. – soltei um suspiro e forcei uma risada.
— Eu estou brincando, nunca passaria com o carro por cima de você. Você é uma ótima pessoa, tem um coração tão puro, é um noivo tão... tão atencioso. – sorrio.
— Eu estou realmente tocado com essa declaração, mas ainda é não! – meu sorriso se foi e uma carranca tomou meu rosto.
— Você não manda em mim! – desviei minha atenção para o lado de fora do vidro. – Como pode me tratar dessa forma comigo estando doente? Ai! Meu pé dói tanto. Noah, você é um monstro! – ele ri.
— Já disse que sua atuação é horrível? Pois é, sua atuação é horrível!
— Atuação? Como ousa? – ele riu mais ainda fazendo pouco caso da minha atuação.
Eu vou ter um carro com ele querendo ou não!
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pra você Cassia.
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Casamento Por Contrato
FanfictionSabina acaba de descobrir que sua madrasta roubou tudo de seu pai e fugiu. E como se não bastasse, deixou várias dívidas para ele e para ela. Agora ela não sabe o que fazer. Se os dois não pagarem tudo, irão ficar sem absolutamente nada! Sem ter out...