Capítulo 18

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Tudo o que aquela mulher tinha me dito ficou na minha mente. A raiva que eu estava sentindo era tão grande que eu poderia jogá-la na frente de um carro.

Finalmente já estávamos a caminho do apartamento de Noah.

Como é que esse tipo de coisa acontece logo comigo? É alguma regra ou coisa do destino?

— Sabina você está assim desde que você ficou sozinha com aquela mulher. O que ela disse?

— Noah agora não, por favor.

— Só me diz! Assim eu não me sinto culpado por ter deixado você lá com ela. – eu suspiro e o olho.

— Ela me ameaçou de novo. Disse para eu deixar ela em paz ou ela vai sujar nossa imagem! Que em pouco tempo eu vou ser esquecida pelo meu pai e que a minha existência não fará diferença para ele. Que assim que eles se casarem eles vão embora daqui! – ele me olha perplexo – Eu só quero saber por que ela escolheu o meu pai? Qual é o problema dela comigo?

— Ela só quer dinheiro!

— Eu só quero que ela vá embora!

— Esquece essa mulher, a hora dela um dia vai chegar. – eu o olho e vejo que ele fala com plena certeza.

— Por que está falando assim?

— Porque alguma hora o seu pai vai descobrir quem ela realmente é.

— Esse dia pode demorar, ele está apaixonado por ela.

— Novamente mostrando que se apaixonar é perda de tempo! – ele resmunga e o encaro.

— É assim que você pensa? – ele me olha.

— Sim, estou errado?

— Posso dizer que sim. Nunca me apaixonei, mas também não acho que seja perda de tempo. Mas, cada um com sua opinião. – dei de ombros.

Ficamos em silêncio e não demoramos a chegar em um condomínio imenso. Entramos na garagem e retiramos minhas malas do carro. Ele com a mais pesada e eu com a mais leve, é claro. Entramos no elevador e seguimos até o andar de seu apartamento que ficava na cobertura. Assim que chegamos fomos até a última porta do imenso corredor. Ele abriu a porta e deu espaço para que eu entrasse. O apartamento era imenso e bastante luxuoso, eu estava me sentindo uma formiguinha.

— Só você mora aqui?

— Sim, por que? – respondeu jogando as chaves em cima da mesa de centro.

— É muito grande para uma pessoa só!

— Eu gosto de espaço. – ele deu de ombros.

— Isso aqui está muito organizado para um cara como você. – digo franzindo o cenho para tal organização.

— Eu estou me controlando para não bagunçar já que eu não tenho mais empregada. – bufou.

— E por que não tem mais? – perguntei analisando cada detalhe do apartamento.

— Digamos que... não tenha dado muito certo. – o encarei e o vi coçar a nuca.

— Você dormiu com ela! – concluí de imediato. 

— Não! – negou. Cruzei os braços ainda o encarando com os olhos cerrados – Vamos deixar claro que culpa não foi cem porcento minha.

— Me poupe! – resmunguei. – Onde fica o meu quarto? Eu tenho um quarto não é? – perguntei em desespero.

— Não, você vai dormir no terraço. – respondeu com sarcasmo – Claro que tem, em que mundo você vive hein? – fiz uma careta e lhe segui para o andar de cima. No fim do corredor espaçoso do segundo andar ele me aponta a porta em minha frente. – É aqui! – abriu a porta e adentramos o quarto. E era tão grande quanto o meu. – Pode decorar se quiser.

— Obrigada! – digo analisando o quarto – Eu tive uma idéia! – digo animada lhe encarando.  – Podemos chamar Maria, ela foi minha empregada por longos anos e é super de confiança.

— Por mim tudo bem, a casa também é sua agora.

— Certo. – soltei um suspiro.

— Já reparou na vista que você tem?

— Não. – ele foi até a cortina revelando uma porta transparente de vidro e eu pude ver a bela vista para a praia. Ele a abriu e me chamou. Sai até a varanda vendo a linda imagem da praia. – Como não percebi isso antes?

— Você estava muito ocupada tendo um ataque de nervos!

— É lindo!

— Eu sei, sou mesmo. – revirei os olhos.

— Eu estava falando do mar.  – saio da varanda entrando no quarto e ele me segue. — Onde é o seu quarto? – ele me olha com uma de suas sobrancelhas arqueada. – Para eu saber, ué.

— Ao lado do seu!

— Ah bom.

— Vou te deixar arrumar suas coisas. Qualquer coisa eu estou na sala!

— Tá! – ele sai e fecha a porta atrás de si. Noan está estranho.

Gentil, não me pertubou como faz sempre, isso é no mínimo anormal. Arrumei minhas coisas e admirei mais um pouco a minha bela vista. Sai do quarto e desci para o primeiro andar, Noah estava sentado no balcão da cozinha enquanto digitava em seu notebook. Me sento ao seu lado e ele me encara.

— O que foi?

— Eu quero saber, o que está rolando com você?

— Por que?

— Você não me encheu o saco hoje, não ficou me pertubando e nem fazendo brincadeiras estúpidas. É o lance da Alicia?

— Não! Claro que não!

—  Então o que é? 

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