Capítulo 40

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Nosso dia foi resumido em passeios maravilhosos.

Passamos pelo Rio Sena, visitamos o Palácio de Versailles, caminhamos pelas margens do Rio e visitamos o Museu do Louvre. No fim da tarde fomos jantar no famoso restaurante
L' Ambroisie. Comida Francesa de qualidade. Eu e Noah não tocamos mais no assunto anterior. E o clima estava em paz.

— Aqui é tão lindo! – digo quando entramos no quarto.

— É legal! – ele resmungou se jogando contra a cama.

— Legal? Isso é maravilhoso!

— Pode ser.

— Credo Noah, que baixo astral!

— Eu não estou afim de voltar! –  o encarei. — Lá eu vou ter mais desculpas para inventar. Meu pai vai ficar no meu pé mais ainda como se eu fosse um adolescente de doze anos.  – bufou e se jogou na cama.

— Eu também não, mas temos que voltar. – ele ergueu a cabeça do travesseiro para me olhar.

— E se a gente morasse aqui? – eu ri com a ideia.

— Noah, não viaja! Temos uma vida lá no Brasil.

— Estamos casados, vamos dizer que vamos construir uma vida aqui! Hum? – me olhou esperaçoso.

— Não é má ideia. – confessei. — Mas não! Eu tenho minha faculdade lá, meu pai, Júlia!

— A Júlia tem o Daniel e seu pai... ele já é bem grandinho.

— Não vai rolar Noah, aceita. – ele resmungou e afundou o rosto no travesseiro.

— Vou morrer! – revirei os olhos.

— Para de ser dramático!

— Não é drama!

— É o que então?

— Vontade de ficar aqui! Já pensou? Todos os dias você ver tudo isso?

— Não adianta, você não vai conseguir.

— Ah, que seja! – resmungou contrariado.

— Se eu fosse você já arrumava suas coisas.

— Mas não é!

— Quantos anos você tem hein? Doze? Talvez seu oai tenha razão em te tratar como tal!

— Por que não vai arrumar suas coisas hein? – dei de ombros e peguei minhas roupas entrando logo em seguida no banheiro.

Após um banho, Noah se jogou na cama e não saiu de lá por nada, como dito por ele antes. Eu me destrai com alguns folhetos sobre Paris e seus pontos turísticos.

Aproveitei também para ver algumas fotos que tínhamos tirado durante o passeio. Noah fingindo segurar a Torre Eiffel com uma mão. Não deu muito certo, considerando a cabeça oca de Noah.

Uma selfie me chamou a atenção. Estávamos sorrindo para a câmera com a Torre logo atrás de nós, uma foto digna de album de família ou de casal Tumblr. Quem a visse jamais imaginaria toda a bagunça que há por trás.

— Sabina! – o escuto chamar.

— O que?

— Tá passando sua esponja quadrada que mora no fundo do mar!

— E dai?

— Só estava lhe comunicando caso você tivesse algum interesse em assistir, mas já vi que não tem.

— Calma! – guardo minhas coisas e me aproximo da cama. — Seja mais específico da próxima vez.

— Tanto faz, vai assistir?

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