Capítulo 49

2K 192 90
                                    

A manhã fora bem tranquila. Apenas ajudei com algumas consultas e assisti alguns procedimento de diferentes áreas. Entrei na sala de descanso e me sentei um pouco, minhas costas estão doloridas.

Eduarda entra na sala e me sorri.

- Estava te procurando. - ela diz. - Seu pai está te esperando. - franzi o cenho.

- Meu pai? - ela afirma.

- Está lá fora e disse que precisava falar com você. - deu de ombros.

- Certo, obrigada. - agradeço antes de sair da sala.

Eu realmente não sabia exatamente como eu me sentia indo me encontrar com meu pai, não depois de descobrir aquelas coisas horríveis sobre ele. De algum modo eu me sentia com raiva e decepcionada.

Assim que atravessei as portas automáticas do hospital, o vi um pouco afastado com seu típico terno e gravata e Vanessa ao seu lado. Era tudo o que eu realmente precisava!

- Pai? - lhe chamo a atenção. - O que faz aqui?

- Como tem passado? - me questiona, mas não existe nenhum calor em sua voz. Sinto que só perguntou por perguntar.

- Estou bem, mas o que faz aqui? - nem me dei ao trabalho de me dirigir a Vanessa, ela também não se preocupou.

- Eu tenho assuntos para falar com você. Fui olhar minha conta bancária e não entendi. - soltei uma risada debochada. Claro que seria por isso.

- Quer realmente falar sobre isso perto dela? - apontei para Vanessa.

- Te incomodo tanto assim? - Vanessa questiona se fazendo de ofendida.

- Não imagina o quanto! - ela ri.

- Querida, me espere no carro. - papai diz. Ela lhe olha indignada mas depois se afasta. - Precisa tratá-la dessa forma? Não entendo essa sua atitude com ela!

- Ela não vale nada, está enganando você e só pensa no seu dinheiro!

- Como pode me dizer esses absurdos? Vanessa nunca fez nada a você! Isso é o que, ciumes?

- Não papai, não há ciúme algum por aqui. Estou dizendo apenas a realidade, todos ao seu redor sabem disso menos você. Pois está cego!

- Sabina...

- O senhor não me procurou aqui para falar sobre Vanessa, o que tem a sua conta bancária? - lhe cortei indo direto ao assunto.

- Como pode pedir para Noah mudar o contrato? Esse não foi o combinado!

- Eu não pedi nada a Noah, ele fez porque quis.

- E por que você deixou?

- Por que? O combinado era eu me casar com alguém que nem conheço direito por dinheiro e todo o dinheiro ficar com você? - lhe encarei. - Noah fez porque quis e eu aceitei. Por que eu aceitaria deixar na sua mão? Para você gastar inteiro com aquela mulher? Ou melhor, para o senhor continuar com suas apostas ridículas? - ele me olha em surpresa.

- O que...

- Eu sei de tudo pai! - digo lhe cortando. - Sei daquela aposta imunda e não tem noção do quanto eu me arrependo de ter feito tudo isso quando você também foi um dos maiores culpados! - ele não diz nada. - Você ainda tem uma boa quantia na sua conta, por que não usa ela para reerguer a empresa? Pelo que eu sei você não tem feito nada por lá, se não quiser morar na rua ou andar a pé eu recomendo que o senhor trabalhe naquela empresa. - ele me olha em choque.

- Por que está falando assim comigo?

- Porque eu cansei! Cansei te ficar igual uma idiota pagando pelos seus erros! - suspiro já trêmula. - Se era só isso, eu tenho mais o que fazer. Com licença! - lhe dei as costas e adentrei o hospital.

Casamento Por Contrato Onde histórias criam vida. Descubra agora