Capítulo 35

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Eu estava  prensada na parede do eleveador com Noah colado em mim.

— Repete o que você disse!

— E-eu não disse nada!

— Sinto que ouvi algo! – roçou seu nariz no meu. Minha respirações já estava falha, mais um pouco e eu acho que desmaio.

— Vo-vo-você – gaguejei. Droga de efeito. — você ouviu errado, está precisando limpar esse seu ouvido. – as portas do elevador  se abrem e eu o empurro saíndo do elevador.

— Vai abrir ou ficar me olhando com essa cara? – perguntei parada em frente a porta da suíte. Ele bufou e passou o cartão na fechadura eletrônica a abrindo. Entramos no quarto e era imenso. Quando digo imenso é imenso mesmo!

— É, Alexandra como sempre mandando bem nas escolhas! – ele diz com carinho.

— Onde estão nossas coisas?

— Eles já devem estar subindo com elas.

— Ah ta. – fui até a porta de vidro da varanda e pude ver a linda vista da Torre Eiffel. — Isso é perfeito!

— Sim! – diz atrás de mim me fazendo arrepiar de imediato. — Digamos que, Paris é um ótimo lugar!

— Já esteve aqui antes?

— Uma vez, mas foi muito rápido!

— Ah. – batem na porta e Noah se afasta de mim indo até a porta e assim o funcionário deixa as bagagens no quarto e saem logo em seguida. Eles agradecem e saem do quarto. — Er... eu vou tomar um banho! – Fui até minha mala e peguei minhas roupas. Ainda é cedo em Paris e eu quero aproveitar.

Entrei no banheiro mega luxuoso e tomei um rápido banho. Assim que sai, vi Noah jogado na cama praticamente desmaiado.

— Noah! – o chamei e ele continuou dormindo. — Noah!!

— Hum. – resmungou sem se mexer.

— Levanta! – o balancei de um lado para o outro. — Eu quero andar!

— Ué, eu não estou com suas pernas!

— Vamos, por favor. Temos só três dias aqui e eu quero aproveitar. – ele levanta a cabeça e me encara.

— Eu sou obrigado? – bufei.

— Não, não é. Não se preocupe, eu vou procurar alguém para ir comigo!

— Vá em frente! – voltou a deitar. Bufei frustrada.

— Vou mesmo, ridículo! – peguei minha bolsa e sai  batendo a porta com força.

Eu iria andar sim com ou sem Noah, não nasci grudada com ele mesmo.

Assim que cheguei ao térreo, fui até um quadro onde havia muitos dos pontos turísticos. Certo, não faço a mínima ideia de onde começar, são tantos lugares. Eu nem mesmo sei falar francês, mas nada que meu inglês quase nativo não saiba lidar.

Sai do hotel e resolvi caminhar. O clima estava nublado, havia pessoas agasalhadas na rua e outras totalmente ao contrário. Eu estava meio a meio, e o clima era a última coisa que eu estava me importando.

Andei o bastante até chegar em uma praça. Havia um pequeno grupo de pessoas cantando, apenas me sentei em um banco próximo para assistir. Pessoas indo, pessoas vindo, algumas tirando fotos, outras também paradas assistindo.

Eu deveria tirar alguma foto?

Busquei meu celular na bolsa e abri a câmera frontal. Minha cara não está uma das melhores, é capaz de trincar o celular no meio. Desliguei o celular frustrada e o guardei de volta na bolsa.

Cansada de assistir o mini showzinho voltei a caminhar pela praça. Parei em um ponto da praça para encarar uma estátua.

Esse com certeza é o melhor divertimento dos tempos, ficar assistindo uma estátua.

— Sabina? – uma voz me chama a atenção. Encaro o dono da voz e sorrio.

— Pepe? Ei, como vai? – ele sorri e me abraça. — Quanto tempo, o que faz aqui?

— Estou morando aqui, e você? Quase não te reconheci.

— Estou em lua de mel. – digo antes de soltar um suspiro.

— Você se casou? Não acredito! – diz em surpresa.

— Pois é.

— Vamos tomar um café? Claro, se seu marido não se preocupar com isso. – segurei uma risada debochada.

— Fique tranquilo, ele não vai se preocupar. Vamos! – ele sorriu e caminhou junto a mim.

— Ainda está fazendo medicina?

— Estou e você? – chegamos até a cafeteria e nos sentamos nas mesas ao ar livre.

— Também estou, acho que seria impossível fazer outra coisa. – sorrio concordando. — Mas me diz, o que você faz sozinha nas ruas de Paris em plena lua de mel?

— Meu marido cansa com qualquer coisa, preferiu ficar no hotel. Como eu dormi o vôo inteiro, a última coisa que quero é dormir.

— Você não mudou quase nada. – sorrio. — Não me diz que está casada como Rafa. – o encarei.

— Nós terminamos naquela época. Nunca mais ouvi nada dele. Mas também não é como se eu estivesse interessada. – dei de ombros.

— Por que terminaram?

— Rafael não era exatamente quem eu achei que era. Você sempre teve razão sobre ele, não vália um dente falso.

— Ponto para mim! – sorriu.

— Eu acabei me machucando muito por causa dele, talvez Júlia tenha razão sobre eu ser insegura por causa dele. – penso alto.

— Espero que esteja casada com alguém melhor.

— Noah nem se compara. Comparar ele a Rafael chega a ser ofensa.

— Compreensível. – concordei. — E Júlia?

— Não mudou nada, acredite. – ele riu.

— Já esperava. – continuamos a conversar animadamente e esquecendo tudo ao meu redor. Até meu estresse com Noah.

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Casamento por contrato está em 1 lugar na #urridalgo, e eu só tenho que agradecer a todos vocês por isso, eu vou ser eternamente grata por estar vivendo essa magia! Muito muito muitooooo obrigada a todos vocês por estarem sempre ao meu lado me apoiando <3

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