Capítulo 34

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Nos despedimos rapidamente de todos e corremos direto para o AP. Tivemos que arrumar nossas coisas bem rápido ou poderíamos o nosso vôo. Trocamos de roupa, pegamos tudo que precisávamos e seguimos diretamente para o aeroporto.

Faltava poucos minutos para o nosso vôo e eu já estava nervosa. Avião não é bem um meio de transporte que eu goste. Foi uma dessas "giringonças" que tirou a vida da minha mãe.

Logo o vôo foi chamado e nos dirigimos ao portão de embarque.

— Você está tremendo. – Noah nota ao se sentar em seu acento ao meu lado.

— Eu não gosto de aviões. – confessei.

— Percebi! Relaxa ok?

— Ok. – fechei os olhos tentando me acalmar. Assim que o avião levantou vôo, por um impulso me agarrei ao braço de Noah. — Vamos morrer!

— Nós não vamos morrer! – diz rindo comigo ainda agarrada ao seu braço. — Só relaxa.

— Tá. – respirei e inspirei. — Não vai acontecer nada. Nadinha! É coisa da minha cabeça, vamos ficar bem. Muito bem inclusive.

— Er...Sabina...

— O que?

— Está machucando meu braço!

— Desculpa! – soltei seu braço de imediato.

— Pode falar a verdade, que tipo de luta você pratica? Caramba! – diz segurando seu braço fazendo uma careta exagerada de dor.

— Desculpe, eu meio que entro em pânico.

— O máximo que pode acontecer é seu cabelo ficar bagunçado. – o encarei.

— Como é?

— Nada. – riu.

— Você está muito engraçadinho hoje, não acha?

— Me dizem isso desde que eu nasci! Sempre fui um garoto muito bonito. – revirei os olhos.

— Na fila da humildade você deve ter passado bem longe né?

— Estou simplesmente te dizendo que eu sempre fui lindo. Contra fatos, não há argumentos.

— Dorme, é disso que você precisa. Dorme pois o seu mal é sono.

— A verdade dói não é?

— Quer ver o que vai doer quando eu te jogar desse avião? 

— Vou te denunciar por agressão, lei João da Penha nelas! – gritou fazendo o avião nos olhar. — Mas ainda assim eu prefiro ficar acordado, você pode me matar!

— Você é ridículo! Não te conheço, nunca te vi. – fechei meus olhos e me encolhi no acento antes de ouvir sua risada.

Fechei os olhos e logo peguei no sono.

***

Acordo com alguém me balançando de um lado para o outro.

— Acorda!!! – Noah gritou.

— O que foi? – perguntei assustada.

— Chegamos. – disse calmamente enquanto ria se levantando assim como os outros passageiros.

— Vai assustar o cão Noah! – digo mal humorada enquanto ele continua rindo. — Mas já chegamos?

— Anna, foram onze horas. Você que dorme de mais!

— Oh meu Deus! Eu acho que desmaiei durante o vôo! Nunca dormi tanto assim. – digo desesperada. Ele me olha.

— Se sente bem? – se aproximou assustado. Soltei uma risada com seu desespero.

— Vai palhaço, me assusta de novo! – voltei a rir de sua cara.

— Palhacinha! – resmungou. — Não brinca com coisa séria.

— Pimenta no olho dos outros é refresco né? – me levantei também.

Desembarcamos e pegamos um táxi direto para o hotel.

Paramos logo em frente ao luxuoso Hotel Plaza Athenee. É imenso por fora, por dentro então nem se fala. Nos dirigimos até a recepção do hotel Para fazer o check-in.

— Boa tarde! – diz a recepcionista forçando seu inglês com resíduos de francês.

— Boa tarde! – Noah soltou em seu perfeito inglês. — Tenho uma reserva.

— Claro...– sorriu novamente. — Em nome de quem?

— Noah Urrea e Sabina Urrea! – ela me olha com cara de quem comeu e não gostou.

— Claro! – A recepcionista era loira. Bonita. Olhos verdes. Mexeu mexeu e mexeu em seu computador. — Aqui está. Suíte quinhentos e doze. – entregou a Noah dois cartões.

— Obrigado! – pegou em minha mão e entramos no elevador.

— Você viu o jeito que ela me olhou? – perguntei indignada.

— Vai se acostumando! Pois você agora é esposa de Noah Urrea. O máximo que você vai receber das mulheres é olhares feios. – revirei os olhos.

— Que nem é tudo isso. – resmunguei.

— Ser lindo te incomoda, isso se chama recalque. – revirei os olhos novamente. Desde que Noah entrou na minha vida fazer isso virou mais que hábito.

— As vezes eu tenho umas dúvidas sobre sua sexualidade. – soltei do nada. No mesmo momento em que digo isso me arrependo pois sou empurrada contra a parede do elevador. Noah me prende com cada braço ao lado do meu corpo me impedindo de sair.

— O que você disse?

— Eu...– engoli a seco. — Não disse nada.

— Acho que não ouvi direito. – me olhou sério.

— Vive num abacaxi e mora no mar. Bob esponja calça quadrada! – comecei a cantar. — É uma esponja amarela e espirra água. Bob esponja calça quadrada!

— Por que diabos você está cantando bob esponja? – diz ainda se mover.

— Você quem começou, ué! – dei de ombros.

— Não faz a sonsa comigo, repete o que disse antes. – se aproximou mais ainda colando seu corpo no meu.

Santo bob esponja calça quadrada, desce aqui e me salva!

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