PoV. Jimin
Quando abri os olhos, a claridade me fez piscar agressivamente.
Percebi estar sentado na grama, com as costas numa árvore, as pernas esticadas em minha frente, descalço.
Cocei meus olhos, levantando devagar.
Eu não sabia como tinha chegado ali e nem que lugar era aquele.
Eu estava numa colina, atrás de mim, havia floresta, verde e cheia de luz. Em minha frente, uma escadinha na grama levava até a areia branca de uma praia.
O mar se estendia ao infinito, a cor interligando com a cor do céu.
Não havia nuvens e nem pedras, nada além de verde da floresta, azul do mar e o beje da areia entre eles.
Desci a escada muito devagar, ainda tentando me lembrar como cheguei ali. O vento balançava meu cabelo, trazendo uma sensação de calma para meu corpo.
Parei na praia, sentindo a areia em meus pés descalços e girei no lugar, tentando enxergar alguém para me dar informação.
— Alguém pode me ouvir? - gritei para o nada, usando as mãos ao redor da boca para aumentar o som.
O mar continuava com suas ondas calmas e as árvores balançavam lentamente com o vento.
"Eu posso."
A voz pareceu deslizar por mim, rodopiando no ar.
Girei, tentando seguir o som, mas vinha de todo lugar.
Procurei por uma espada, mas eu não carregava nenhuma. Estava totalmente indefeso.
"Não há necessidade armas aqui." - a voz continuou.
Parei, vendo que seria em vão procurar pela origem da voz.
— Quem está falando? - perguntei - Mostre seu rosto.
"Oh, eu não tenho um." - a voz respondeu, sendo carregada pelo vento que acariciou meu rosto - "Sou o ar e também a terra. Sou você e sou o homem que tem seu coração. Sou as histórias da humanidade do passado, da humanidade do presente e da que ainda nascerá."
Meus dedos estavam quase cobertos pela areia, areia essa que mesmo com o sol alto, estava fria. O som do mar e da floresta era baixo, como se conversassem aos sussurros.
— Você é o Destino. - adivinhei.
Minha mãe contava história sobre o Destino. Sobre como ele escrevia nossa história de acordo com nossas decisões. Sobre como algumas coisas estão predestinadas a acontecer, de uma forma ou de outra.
Eu podia sentir sua presença, apesar de não poder vê-lo. Parecia estar em toda parte.
"Sabe por que está aqui?" - a voz continuou, rodopiando ao meu redor.
Baixei o olhar para minhas mãos, sujas como as de um ferreiro. Minhas vestes tinham cortes, como se eu tivesse estado em uma batalha muito recentemente.
Flashs do que realmente aconteceu, começaram a surgir. Eu vi Jungkook correndo em minha direção, senti uma explosão, então outra e mais outra. Eu vi Wild, e então tudo desapareceu.
— Eu estou morto? - perguntei baixinho.
O mar se agitou de repente, as folhas das árvores balançaram com mais força, quase chorosas.
"Morte é um conceito complicado neste lugar." - o Destino explicou - "Olhe ao redor e me diga o que não se encaixa no cenário."
Franzi a testa, girando no lugar e escaneando cada mínimo detalhe. Parecia tudo limpo e livre, as únicas três cores do lugar davam uma harmonia bonita que me acalmava.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Game On | pjm + jjk | Jikook version
FantasiaO antes de Never Enough O Reino do Sul está passando por tempos sombrios. O Rei está doente e com sua possível morte, toda a atenção se volta para o trono. Ele possui sete filhos. Sete herdeiros. Mas será que algum deles será digno de governar? ...