Encontro

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Não eu não tenho desculpa. Eu simplesmente não escrevi, perdi a noção de tempo e quando vi já era julho.

Peço desculpas e espero mesmo que me perdoem.

Capítulo não corrigido, boa leitura e espero que gostem.

~*~*~*~

~*~ 16:32 Horas / Quinta-Feira ~*~

Ele ajeitou-se atrás de si na grande cama coberta com um edredom dourado, como se fosse costurado de fios de ouro, e ele não duvidava de realmente fosse o caso. Arrumou seus dedos delicadamente sobre as cordas do violão.

Ela fez uma careta, reagindo a dor que sentiu em seus dedos após apertar as cordas no braço do violão, mas abriu um sorriso vitorioso quando sua outra mão fez um acorde sair do mesmo.

Dó menor.

Empolgou-se, finalmente havia conseguido tirar algum som decente daquela coisa chamada violão, que parecia ser o amor da vida de seu professor.

Chloé virou-se para Luka, o sorriso vitorioso estampado nos lábios tingidos de vermelho, olhos azuis encontraram-se e ela se viu mais uma vez perdida na profundidade do músico. Aproximou um pouco o rosto do dele, ele parecia perdido em seus olhos também, então, o que haveria de mau?

Sem se dar conta da posição em que estava ela achegou-se mais a ele, praticamente ficando em seu colo, Luka nem se importou, tudo o que ele queria saber era quando os olhos azuis de Chloé haviam se tornado oceano. Levou a mão calejada de tanto tocar, até a nuca dela, emaranhado seus dedos, com as unhas tingidas de preto, nos cabelos louros. Ela estremeceu.

Talvez nenhum dos dois estivesse pronto realmente para as consequências daquilo, mas naquele momento parecia tão certo. Que mal havia em serem e agirem como os jovens que eram?

Lábios tocaram-se, a certeza aumentou, afobaram-se. Mãos havidas descobriram, línguas cálidas dançavam, os corpos chocavam-se.

Perceberam-se muito mais que compatíveis naquele momento, e depois eles pensariam no próximo acorde.

~*~

~*~ 10:15 Horas / Sexta-Feira ~*~

Ela abriu os lábios, mas as palavras haviam fugido. Nem mesmo uma vírgula estava lá. Queria dizer que ele também estava maravilhoso, mas não conseguiu.

— Eu quero passar mais tempo com você. Quero fazer uma coisa legal com você hoje.

No fim acabaram indo a um parque itinerante qualquer. Não era exatamente o que Adrien tinha em mente quando pensou naquilo, mas, no fim, a ideia de um parque qualquer, com roda gigante longe de um castelo tapando a visão, pareceu-lhe muito mais atraente e romântica.

Caminharam de mãos dadas pelo parque, como um casal de namorados. O movimento era grande considerando que estavam em um dia de semana, mas o loiro não estava realmente ligando para o que diriam.

Andaram por um tempo apenas apreciando o parque e a companhia um do outro, conversando coisas banais e decidindo onde iriam primeiro. Pararam em frente à uma daquelas máquinas de pegar ursinhos de pelúcia.

Ele colocou o dinheiro na máquina, finalmente soltando a mão dela, sentiu falta de seu calor.

— Qual você quer? — Adrien perguntou já segurando o joystick. Marinete fez um bico estranho enquanto pensava. Apontou para um gatinho cor-de-rosa..

— Aquele combina com o meu quarto. — Disse animada.

Ele mirou o joystick, o gato não estava exatamente em uma posição fácil de pegar, mas Adrien conseguiu segurá-lo por um momento. Entretanto antes que chegasse ao ponto onde o brinquedo era jogado o gatinho caiu.

— Merda!

Marinette não segurou a risada quase debochada que saiu de seus lábios.

— Sai, deixa eu tentar. — Empurrou o loiro com o ombro, ele colocou o dinheiro na máquina antes de realmente sair da frente.

A garota mirou a garra numa raposinha de pelos laranjas e pretos. Chegou mais perto que o outro, mas falhou do mesmo jeito.

— Droga. — Fez outro bico. O loiro riu da sua cara de decepção, pensando em quanto queria desfazer aquele bico mimado com seus próprios lábios.

— Esquece isso, vem... — Adrien voltou a puxá-la pela mão, já mirando seu próximo destino, a Roda Gigante.

Pararam na fila, que não estava exatamente grande, e Adrien viu os olhos de Marinette brilhando como se fossem lagos banhados pelo brilho do nascer do sol.

E não, não era para a Roda Gigante ou para si, ou suas mão unidas que ela olhava. Era para a banca de algodão doce.

— Ei Mari? — Chamou-a. — Aguenta aqui na fila que eu já volto.

— Vai fazer o que?

— Só espera, tá? — disse, entregando-lhe o dinheiro das entradas da roda gigante. Ela olhou-o desconfiada por um momento, levantando a sobrancelha enquanto ele revirava os olhos, mas acabaram sorrindo um para o outro.

Ele comprou o doce e foi recebido por ela com um sorriso satisfeito. Conheciam-se bem, eram melhores amigos afinal.

Finalmente subiram no brinquedo, e Adrien não esperou mais. Colocou a mão em seu queixo e puxou-a para um beijo apaixonado. Marinette enlaçou seu pescoço com o braço livre e naquele momento esqueceram-se até mesmo de prestar atenção na bela cidade a sua volta. Do doce nas mãos dela ou em alguém flagrar Adrien Agreste num novo romance. Tudo o que importava era o brilho de seus olhares encarando-se docemente enquanto terminavam o beijo sorrindo um para o outro.

Passaram por vários outros brinquedos. Divertiram-se na companhia um do outro como sempre faziam. Comeram algumas besteiras, foram em brinquedos idiotas e em brinquedos que fariam qualquer um ter um quase ataque cardíaco.

Adrien encarava Marinette pelo canto dos olhos, segurando sua mão enquanto davam mais uma volta pelo lugar. E ele perguntou-se o porquê de ter demorado tanto para fazer aquilo. Apertou seus dedos nos dela.

Já estava entardecendo, mas eles não queriam partir.

— Já são cinco da tarde, — disse a azulada, verificando o celular.

— Ainda tem um lugar que precisamos passar antes de ir. — Comentou Adrien, terminando terminando seu espetinho e jogando o palito.

— Que seria? — Perguntou e ele apenas puxou-a, passando seu braço pelos ombros dela.

Foram seguindo pelas barracas, por entre a multidão, chegaram a uma barraca cheia de ursos de pelúcia pendurados. TIRO AO ALVO estava escrito em branco na placa vermelha.

Ela encarou-o e ele deu de ombros.

— Cinco tiros por cinco euros. — Informou o senhor rechonchudo com a cara vermelha. — Derrube três, — apontou para os patinhos no fundo da barraca, — e o prêmio é seu.

Adrien entregou o dinheiro e pegou a espingarda de madeira. Marinette observou enquanto ele atirava. Ele era bom, ela sabia. Acertou quase todos os tiros.

— Eu quero o preto de olhos verdes. — Pediu triunfante enquanto devolvia a arma e recebia seu prêmio. — Toma, peguei pra você.

Disse entregando a pelúcia em forma de gato preto.

— Você estava mesmo disposto a me dar um urso de pelúcia hoje, não é?

— Não seria um encontro de verdade, num parque de diversões, se você não ganhasse um ursinho hoje. — Respondeu antes de entregar o gatinho.

Marinette pegou-o sorrindo e puxou Adrien para si com a mão livre, tocaram seus lábios num selo suave. Ouviram gritos, viram pessoas saírem correndo. Adrien fechou a cara e Marinette soltou um suspiro cansado.

Eles precisavam urgentemente dar um jeito em Hawk Moth.

Minha Dona | marichatOnde histórias criam vida. Descubra agora