Provocações

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Hey panquecas :3
Tudo bem?
Muito obrigada mesmo a quem comentou e votou *-*
Espero que gostem e Boa leitura :3

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~*~ 20:00 Horas / Segunda-Feira ~*~

Os olhos esmeralda checaram a hora na tela de LED pela quinta vez. Muito cedo para poder encarnar seu verdadeiro eu por completo e dominar a noite parisiense.

Sentou-se à mesa do computador e pegou os cadernos para adiantar as lições que seriam ainda para a sexta-feira, um jeito de garantir que manteria as ótimas notas mesmo se os akumas resolvessem atrapalhar a vida. Estava concentrado no dever de física até que uma pequena anotação no canto da página feita numa letra graciosa chamou mais sua atenção.

Ele lembrou-se de quando começou a reparar em Marinette. Eram amigos a tempos e um dia estudando juntos, melhor dizendo, enquanto tentava — tentava — ensinar a ela a matéria de física. Ele reparou no azul profundo dos olhos dela, no formato delicado e tentador dos lábios rosados, nas maçãs constantemente coradas de seu rosto e em como seu cabelo escorregava delicadamente de trás de sua orelha e caia sobre os olhos.

Ela era linda e inexplicavelmente idêntica a heroína vermelha. Começou a reparar em tudo que ela fazia, em como falava e agia, chegando a duas conclusões: Marinette era fascinante e ela devia mesmo ser Ladybug.

Passaram algumas semanas e ele começou a observá-la a noite, apenas para ficar mais encantado com o jeito dela. Mas uma hora isso já não parecia mais ser o suficiente, ele não só estava corroído de curiosidade para saber se a azulada realmente escondia aquele segredo como também sentia vontade de se aproximar dela, de provocá-la e poder conversar com ela sem restrições de "identidade". Não demorou muito e ele começou a visitá-la.


~*~

~*~ 23:00 Horas / Naquela mesma noite ~*~

A azulada desceu até a padaria na esperança de achar algo bem calórico para poder se recuperar da maratona de estudos que fez nesta noite. Pegou os croissants de chocolate e uma caneca de macchiato, isso seria suficiente para aplacar sua fome e ansiedade pós dever de química.

Assim que colocou os pés no penúltimo degrau da escada de seu quarto estreitou os olhos. Ela tinha certeza de que havia deixado a luz acesa. Passou rapidamente a mão pelos cabelos soltos desgrenhados e arrumou a blusa de seu habitual pijama púrpura imaginando já o motivo da falta de luz, mas rezando para que estivesse errada. Deu alguns passos tímidos para dentro do quarto e colocou a bandeja no que pensou ser uma penteadeira, se dirigiu ao interruptor, tateou a parede a procura do mesmo. Finalmente o sentiu sob seus dedos, mas foi impedida de acender a luz por uma mão coberta por couro e enfim sentiu o hálito quente e cheirando a hortelã batendo contra seu pescoço.

— Não faça isso, fazer as coisas no escuro é mais divertido. — Sentiu cada mínimo pelo de seu corpo se arrepiar pelo que a voz rouca sussurrou em seu pescoço e sua cintura esquentar quando uma mão a segurou forte, ainda na posição em que estavam ele levou os lábios ao pescoço dela e os roçou levemente ali. A girou pela cintura e a pressionou contra a parede, queria apenas provocá-la, talvez até deixá-la irritada. Ficou mais uma vez satisfeito ao ver como tinha efeito sobre ela. Marinette estava completamente indefesa naquele momento e teria continuado assim se não fosse uma risada convencida que escapou dos lábios do gato.

— Divertido para você que consegue enxergar! — Acendeu a luz e o empurrou, — se me der licença, meu café está esfriando.

Pegou a caneca e bebericou um pouco da bebida que ainda estava quente. Ele sentou na cama como se fosse o dono da casa e a olhou com falsa tristeza.

Minha Dona | marichatOnde histórias criam vida. Descubra agora