Entramos no carro e conversamos sobre várias coisas aleatórias. Não demorou muito até chegarmos e Noah chegou logo depois. Entramos todos juntos e confesso que amei aquele local. O ambiente era praticamente todo preto com detalhes em dourado. Luzes azuis, vermelhas e amarelas enchiam o local de cor e vida. A música que tocava também era muito boa. Logo quando entramos, já chamamos certa atenção das pessoas, mas ninguém pareceu se importar, eles já estão acostumados, obviamente. Eu me senti um pouco nervosa com tantos olhares em mim, mas tentei não me importar muito.
A boate era de um amigo dos meninos, então havia muita gente ali que já os conhecia. Any me puxou pra pista de dança e algum tempo depois todos se uniram a nós duas. Eu estava me sentindo incrivelmente extasiada e não parava de sorrir. A jaqueta que usava já se encontrava amarrada em minha cintura por conta do calor e eu já me sentia um pouco ofegante. Decidi ir até o bar pegar alguma bebida.
Não havia trocado uma palavra sequer com Noah desde que aqui chegamos.
-E aí gata? Vai querer o que?
-Um refrigerante, por favor.
-Por que não pede um drink gata? Vai te deixar soltinha. - o bartender respondeu com uma cara de cafajeste que não me agradou nem um pouco.
-Só um refri, por favor.
-Tem certeza, lindinha? Não acho refri divertido.
- E eu acho que ela não pediu a porra da sua opinião.
Noah apareceu ao meu lado e olhou puto da vida para o bartender, que agora se encontrava sem graça.
-Desculpe, senhor Urrea. Não sabia que vocês estão juntos.
-Nós...
-Pois é, mas agora sabe. Pegue o refrigerante que ela quer. - Noah me interrompeu.
O bartender voltou com meu refrigerante e eu apenas o paguei e saí, sem dizer nada a ele.
-Nunca ande sozinha em boates. É perigoso para garotas como você.
-Garotas como eu?
-Sim, você é bonita e tá estampado na sua cara que não é americana.
-Não sei se devo considerar isso como um elogio ou não.
Noah pegou a lata da minha mão e tomou um gole do líquido.
-Fica a seu critério. Quer dançar comigo?
Concordei com a cabeça e ele me guiou pela mão através da multidão.
Começou a tocar um remix de I Want It That Way, dos Backstreet Boys. Noah e eu dançávamos sem nos tocarmos até que Urrea colocou sua mão em minha cintura e me puxou para perto de seu corpo. Nossos corpos se chocaram levemente e ele começou a cantar a letra perto do meu ouvido:
But we are two worlds apart (Mas somos de dois mundos separados)
Can't reach to your heart (Não consigo alcançar seu coração)
When you say (Quando você diz)
That I want it that way (Que eu quero assim)
Olhei em seus olhos e ele estava calmo e concentrado. Naquele momento, senti como se estivéssemos só nós ali. Tudo e todos ao redor desapareceram.
Urrea arrastou uma mão da minha cintura até minhas costas e a outra até meu rosto, passando-a levemente por minha bochecha. Pressionei meu corpo levemente contra o dele e levei minhas mãos até seus braços. Ele começou a aproximar seu rosto contra o meu lentamente. Fechei meus olhos e senti seus lábios rasparem nos meus em um breve selinho. Senti um arrepio percorrer o meu corpo quente e permaneci com os olhos fechados apenas sentindo sua respiração se misturar com a minha. Senti seus lábios tocarem os meus novamente, dessa vez com mais pressão e mais demorado. Após alguns segundos, ele descolou nossos corpos e desceu a mão que estava em meu rosto para minha cintura. Abri meus olhos e ele estava a me analisar, esperando que eu falasse algo. Nenhuma palavra sairia da minha boca naquele momento. Nada me parecia ser certo. Sem pensar muito, depositei minha mão direita em sua nuca e o puxei para mais um beijo, dessa vez, com mais voracidade. Ele pediu passagem com a língua e a cedi. Nossas bocas estavam perfeitamente encaixadas e nossas línguas dançavam lentamente em um ritmo lento e perfeito.
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Show you How To Love
Hayran KurguBia vai à Los Angeles com seu melhor amigo e vive grandes aventuras. A maior delas: Noah Urrea.