Duas Caras

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Quando Lena entrou no escritório da firma de advogados onde trabalhava, os olhares automaticamente se voltaram na sua direção. E ali ficaram. Primeiro, porque já estavam na metade da tarde e ela só então dava as caras no trabalho, e segundo, porque estava de jeans.

-- Chefa! -- Jim tratou logo de cumprimentá-la, para o desgosto visível da advogada.
Lena o ignorou e caminhou em direção às secretárias, que ainda a encaravam com curiosidade. Apenas acenou rapidamente para alguns clientes que esperavam, nos sofás, e foi direto ao ponto:

-- Boa tarde. Livrem-se de todos os seus compromissos e estejam à disposição em quinze minutos.

-- Mas... -- uma delas começou a argumentar.

-- As duas -- completou Lena.

-- Doutora Luthor, não podemos deixar a recepção vazia.

-- Usem esse tempo para treinar um dos estagiários. Não as tomarei por mais que meia hora.

-- Lena, elas têm razão -- Jim se aproximou.

-- Abriremos uma exceção, hoje -- explicou a advogada. -- Você poderia muito bem ficar no lugar delas, Jim, já que é tão solícito.

-- Eu? Mas...

-- Nem comece com as desculpas. Você também está convocado. Esteja na sala de reuniões em -- consultou o relógio de pulso -- quatorze minutos.

Lena entrou em sua própria sala antes que pudesse ouvir mais alguma coisa. Sentou-se na poltrona, respirou profundamente e apanhou o telefone:

-- Vou querer um café antes da reunião. E convoque a Kara também. Seja específica com ela ao anunciar o horário porque eu não tolerarei atrasos.

Desligou sem ouvir resposta. Apoiando os cotovelos sobre a mesa de trabalho, esfregou o rosto em busca de calma. Sabia que do lado de fora estava sendo amaldiçoada repetidas vezes pela corja de funcionários, e com isso quase conseguiu rir.

Cogitou ligar e reclamar sobre a demora no café, mas achou que seria demais. A despeito disso, sabia que George estaria naquele momento dando mais uma série de ordens para as secretárias. E se elas fossem minimamente espertas, concluiriam que aquilo estava longe de ser uma reunião corriqueira.

Faltando um minuto para o horário marcado, Lena se levantou, respirou fundo e deixou sua sala. Encontrou Kara e Jim cochichando no corredor e não lhes dirigiu a palavra, apenas abriu a porta. Ao redor da mesa, já estavam sentados George, as duas secretárias, o assessor direto do dono da firma e o doutor Phillip, outro criminalista da casa.

-- Sentem-se -- disse Lena, à Kara e Jim.

-- Você se importa de começar, Lena? -- pediu George, empurrando o jornal do dia, que deslizou sobre a mesa até a extremidade oposta.

Lena o apanhou e acenou afirmativamente ao chefe. Permaneceu em pé e começou a falar:

-- Está na primeira página desse jornal o nome do psiquiatra que pretendíamos contratar para avaliar a nossa cliente no caso Simmons -- disse Lena, mostrando o periódico.

Todos se encararam, nervosos. George fez um discreto sinal e Lena pausou sua fala para que ele continuasse:

-- Um psiquiatra forense pode depor diante do júri. O seu parecer não vale como prova, mas influencia e muito a decisão final, se ele atestar que a acusada em questão é incapaz de premeditar e levar a cabo um assassinato frio.
 
-- Obrigada, George -- Lena continuou. -- Em nenhum caso desta firma a identidade das pessoas que nos ajudam a construir a defesa deve ser exposta. Por uma questão de ética, uma questão de respeito e especialmente uma questão de estratégia. No tocante ao caso Simmons, também é uma questão de sobrevivência.

-- Como todos vocês estão cansados de saber, assumirmos esse caso no colocou nos holofotes, no centro das atenções de toda a imprensa. Não foi de graça que eu ordenei sigilo máximo quando forem tratar desse processo.

-- Mas estamos fazendo isso, doutor Martelli -- argumentou Jim.

-- Não -- interrompeu Lena, alternando o olhar entre cada um naquela sala. -- Vocês estão fazendo o mínimo esperado. Não estamos falando aqui de não comentar o caso na mesa de bar ou com as amigas no salão de beleza. As pessoas que cobrem a repercussão do assassinato de Simmons Jr. dariam a sua vida por um furo de reportagem. Elas podem se esconder em qualquer lugar, podem colocar escutas até dentro do banheiro da casa de vocês!

George continuou:

-- Todos nós estamos sendo seguidos, monitorados, vigiados dia e noite. Desde o momento em que eu aceitei o caso, e o transferi para a Lena, toda a firma e todos que trabalham nela se tornaram alvos. E toda a atenção e cuidado que vocês puderem tomar será pouca.

-- Vocês já foram avisados -- disse Lena -- sobre pessoas estranhas tentando se aproximar... Não creiam que elas se apresentarão como jornalistas ou terão consigo um bloco e uma câmera que os denuncie. Não pensem que quando vocês deixam o prédio, podem relaxar. Não achem que a imprensa não chegaria às últimas consequências porque vocês mesmos não fariam isso. É um erro, e pode nos custar o caso, pode custar a liberdade de uma mulher.

Pela visão periférica, Lena notou que Kara tremia. Na certa, de medo. Mas era necessário. Ela tinha preparado todo um circo e a reação de Kara era exatamente o que ela desejava -- de todos.

-- Eu havia procurado o melhor psiquiatra para esse caso. Era uma das bases da defesa da nossa cliente -- confessou Lena, decepcionada. -- E era de suma importância que ninguém soubesse a identidade dele. Nos encontraríamos secretamente, ele faria a sua avaliação secretamente... Deixaríamos para avisar o juiz, por meio de quem a promotoria teria a informação, somente nos últimos segundos do prazo legal.

-- E agora vão vigiar ele também? -- perguntou uma das secretárias, inocentemente.

Lena praticamente a congelou com o olhar.

-- E agora, querida, uma das famílias mais ricas do país tem o nome e endereço do homem que pode virar o caso a nosso favor, e certamente uma vontade imensa de não poupar despesas na hora de ofertar alguma coisa para que o psiquiatra seja tendencioso.

-- Simples, doutora, contrate outro psiquiatra -- disse Jim.
-- Não, não é simples! -- ela jogou o jornal com força sobre a mesa, tirando o risinho plácido da face de Jim. -- Ele era o melhor! Ele era o mais indicado, ele tinha tudo o que precisávamos, ele era talvez o único que aceitaria ajudar a nossa cliente, e agora ele está fora de cogitação para nós! É como se estivesse morto!

A última frase de Lena ficou fazendo eco na sala até que George pigarreasse:

-- É o suficiente, Lena, eu acho que todos entendemos.

Só então ela se sentou, quase como se estivesse jogada na cadeira.

-- Alguém tem alguma coisa para nos contar? -- perguntou George.

Silêncio.

-- Encontraremos outro psiquiatra, Lena -- garantiu George, com a voz firme. -- Kara?

-- S... Sim, Doutor George?

-- Você vai vasculhar todos os jornais mais importantes, de hoje em diante, e vai fazer relatórios diários sobre tudo o que disser respeito ao caso Simmons.

-- Sim, senhor.

-- Sobre isso, você se reporta diretamente a mim. Lena estará ocupada para cuidar desse tema.

Kara balançou a cabeça afirmativamente.

-- Todos vocês -- George os encarou -- estão terminantemente proibidos de dar entrevistas. Seja sobre o assunto que for. Desobedecendo isso, serão demitidos por justa causa.

Sem aguardar mais, George dispensou todos para que voltassem ao trabalho. Lena não se mexeu, e Phillip também demorou a sair.

-- Lena? -- o advogado pousou a mão sobre o ombro de Lena. -- Esse psiquiatra... Você não estava pensando em desqualificar a cliente, não é?

Ela demorou a responder, encarando o vazio do fundo da sala.

-- Eu penso já ter cogitado todas as possibilidades, mas estou aberta.

-- O que você fez no caso Robbins foi muito bom. Foi memorável -- disse Phillip.
-- Insuficiente, agora -- disse Lena.

-- Hum. Mas todos confiamos em você... -- e nisso deixou a sala.

Lena sabia que George a encarava, mas não devolveu o seu olhar. Por algum tempo os dois permaneceram em silêncio avaliativo.

-- Seu palpite? -- perguntou o dono do escritório.

-- Eu não acuso ninguém sem provas, George. Acho que foi o suficiente para eles, estarão mais atentos.

-- Essa garota nova... A Kara... Quanto do caso você tem passado a ela?

Lena respirou profundamente e esfregou as mãos, tensa, antes de responder:

-- Muita coisa.

-- Mais do que a mim, pelo visto. Não estou nem um pouco satisfeito com a sua arrogância. Ela pode intimidar os outros -- apontou na direção da porta, subentendendo todo o escritório -- mas não a mim.

Lena devolveu o olhar intenso de George e concordou gestualmente.

-- Você lembra quem disse que confiava em mim, não? A cliente.

George abria a boca para dizer mais alguma coisa, quando Lena encerrou a conversa:

-- Estou voltando pra casa, George. Só me ligue se for uma emergência.

Depois que ela fechou a porta, George quase poderia ter socado a mesa. Sua paciência estava se esgotando rapidamente...


* * *


Kara deixou a reunião e imediatamente começou a adiantar as suas tarefas daquela semana, para que tivesse tempo de fazer os relatórios que George Martelli solicitara. Apesar de detida, ainda pensava no conteúdo daquela estranha explanação de Lena. A garota ficara realmente assustada. Por duas vezes, achou até mesmo que estava sendo acusada, dentro da sala. Ainda que ninguém tivesse lhe dito nada diretamente, não tirara a ideia da cabeça. E com tanta pressão, pusera sua mente para funcionar.
No começo, julgara se tratar de um simples engano, ou de uma desconfiança advinda de seu passado interiorano, mas aquilo bem poderia ter sido uma peça que o destino lhe pregava. Lucy, a misteriosa colega de faculdade que não constava em nenhuma lista oficial da faculdade... Se Lena e o Doutor Martelli estavam certos, e se Lucy fosse mesmo uma jornalista disfarçada, Kara dera a ela diversas chances de descobrir informações. Revelara inclusive que era amiga pessoal da advogada à frente do caso.

Mesmo com o final do expediente, Kara não foi para casa. Ficou no escritório, detida no trabalho, tentando não pensar mais em Lucy. Ainda tinha o telefone dela, mas estava com medo de ligar. Estava com medo de ter certeza que fora enganada, que caíra como uma tola inocente no jogo dela. Ao mesmo tempo, se tudo fosse um engano, teria de comentar o que aconteceu entre elas, e isso era outro assunto que a garota vinha tentando esquecer a todo custo.

Andrea não ligara mais. Respondeu uma das muitas mensagens de Kara dizendo que estava bem, trabalhando na sua pesquisa e conhecendo o Canadá, e que as duas conversariam quando a mais velha estivesse de volta.
Perto de oito da noite, Kara finalmente deixou o prédio da Martelli. Não foi na direção de sua casa e sim na do apartamento de Lena. Depois de tanta reflexão, julgou que a melhor saída seria contar a verdade, já que sua chefe era também sua grande amiga. Lena sempre sabia o que fazer, e Kara esperava que os conselhos dela lhe tirassem da forca mais uma vez.

Como o porteiro já lhe conhecia, Kara subiu direto, tomando o elevador. Notou as mãos suadas devido ao nervosismo, e antes de tocar a campainha, não pôde deixar de ouvir que uma séria discussão se desenrolava no interior do apartamento.
Por um segundo, pensou em dar meia volta, e então a sua curiosidade falou mais alto. Como se fosse morrer se não soubesse quem deixara Lena tão nervosa.
Tocou a campainha e aguardou. A discussão, do lado de dentro, cessou imediatamente.

-- Kara? -- assustou-se Lena.

Aflita, sem aguardar pelo convite, Kara entrou.

-- O... Oi. Desculpa vir sem avisar, é que... -- vasculhando a sala com os olhos, reconheceu imediatamente a garota que fazia companhia à Lena. -- Lucy?

-- Que bom que aceitou meu convite para entrar, Kara -- disse Lena, séria.

-- O que essa garota está fazendo aqui? -- apontou para Lucy.

-- "Essa garota"? Então vocês se conhecem?

Lucy teve de sufocar a vontade de rir. Se não a conhecesse bem, quase teria acreditado na expressão de surpresa de Lena.
Indecisa, Kara chegou a abrir a boca duas vezes, mas nada disse.

-- Oi, Ka. Bom te ver de novo -- comentou Lucy, ante o silêncio da sala.

Kara se voltou para Lena:

-- Podemos conversar lá fora?

-- Primeiro você entra na minha casa intempestivamente. E agora quer conversar lá fora?

-- Lena, é sério. É sobre o caso.

-- Sobre o trabalho, conversamos amanhã, na firma. O que acha?

-- É urgente! -- afirmou Kara, angustiada.

-- Kara, como você pode ver, eu estou um pouco ocupada, agora.

-- Mas é sobre ela! -- apontou na direção de Lucy.

-- Seja o que for você não vai dizer nesse tom. Nunca lhe dei liberdade para invadir a minha casa e falar dessa forma, Kara. A Lucy é minha convidada e eu gostaria que você a tratasse com mais respeito.

Kara desistiu da frase seguinte, chocada. Definitivamente, não estava reconhecendo Lena naquele dia.

-- Deixa a garota falar, Le... -- pediu Lucy, metendo-se na discussão. -- Então, Kara, o que houve?

-- Nada que seja da sua conta -- devolveu Kara.

-- Pirralha, você não acha que passou da conta?

-- Lena, de onde você a conhece? -- insistiu Kara.

-- Que importa isso agora?

-- Por favor, você precisa me ouvir... -- suplicou a garota.

Depois de um longo suspiro, Lena tomou o braço de Kara e foi com ela até a porta. Já no hall, longe dos ouvidos de Lucy, continuaram a conversa:

-- Ela se aproximou de mim, e ficava fazendo perguntas... Ela... Ela não tinha matrícula e dizia que tinha vindo de outra universidade, mas ela... Depois teve a festa da turma e ela...

-- Kara! -- interrompeu Lena. -- Respira e fala com calma.

-- Essa garota... Essa... Essa...

-- Lucy.

-- Cuidado com ela, posso não ter provas, mas sei que foi ela que publicou aquilo sobre o psiquiatra. Ela estava me seguindo, e eu, como uma idiota, não fiquei alerta. Ela é a espiã e eu fui o elo fraco da Martelli -- admitiu.

Kara prestou atenção na mudança do olhar de Lena, que fora do alcance de Lucy voltara a ser tranquilo. Por um segundo, ela quase sorriu.

-- Muita coragem sua vir assumir a culpa, Ka.

A garota estreitou os olhos:

-- Estou falando sério! Ela é perigosa, Le.

Estendendo a mão, Lena tocou o ombro de Kara.

-- Eu sei -- sorriu brandamente. -- O que acha que ela está fazendo na minha casa?

-- Eu sei lá, eu... Putz! Então...

-- Não se preocupe mais com ela, está bem? Já passei por isso, sei o que fazer. Ela não será mais problema para a Martelli. Nem pra você.

-- Como você descobriu?

-- Eu tenho os meus meios, Kara. Não cheguei até aqui por pouca coisa, não é mesmo?

-- Uau. Eu nem sei o que dizer.

-- Vá pra casa, descanse, esqueça o assunto. É o melhor que pode fazer.

-- Precisa de ajuda?
-- Não -- respondeu Lena. -- Ah, claro, só uma coisa.

-- Fale.

-- Ninguém na Martelli pode saber disso. Principalmente o George.

-- Mas-

-- Sei que você vai se reportar a ele agora, mas esqueça esse assunto. Você sabe como George é quadrado, vai querer ir até as últimas consequências... Você não quer que ele descubra de quem a jornalista se aproximou, não é mesmo?

-- É, não. Mas não me parece correto -- disse.

Lena tomou fôlego, encarou profundamente os olhos de Kara e pediu:

-- Consegue acreditar em mim? Se eu disser que é o melhor a fazer, mesmo que sua consciência e seu caráter discordem, você consegue confiar?

Kara mordeu os lábios, pensativa. Aquilo era mais do que jamais lhe tinham pedido. E envolvia a liberdade de uma pessoa, ou a condenação de uma suposta assassina.

Parecia um fardo pesado demais para ser carregado por uma única pessoa. Por fim, devolveu o olhar de Lena na mesma medida.

-- Estou com você.

-- Ótimo. Agora vá pra casa, e me deixe cuidar disso -- piscou o olho.

Lena ainda ficou olhando enquanto Kara chamava o elevador e descia por ele. Entrando em casa, de volta, viu que Lucy se servira uma dose de uísque e bebia calmamente.

-- Que belo problema você colocou nas minhas mãos -- disse a advogada, séria.

-- Nisso preciso concordar... Belo e delicioso -- riu.

-- O nosso acordo era que você vigiasse a Pirralha, e não que saísse com ela.

-- Ah, então é isso? Está fazendo hora extra com a estagiária e ficou com ciuminho, Lena?

-- Ela já sabe que tem algo errado com você, suma da vida dela.

-- Você se enganou sobre ela. Kara não deixou nada relevante escapar.

-- Ter colocado você no calcanhar dela não significa que eu estivesse desconfiada.

Quis apenas me certificar. E não sei do que você está reclamando, as minhas informações não foram suficientes?

-- Impressão minha ou você ficou de mau humor de repente?

-- Por muito pouco você não estragou tudo. Nunca mais apareça no meu apartamento sem avisar.

-- Hmm, ficou toda séria agora... -- Lucy se aproximou. -- Deixa eu relaxar você, vai?

-- Estou sem cabeça pra isso.

A outra não desistiu e Lena conteve com firmeza a mão de Lucy, que seguia em direção ao seu rosto para uma carícia.

-- Hei, dá pra esquecer o caso um pouco?

Lena continuou tensa:

-- Simmons já ligou pra você?

-- Ao meio-dia -- respondeu Lucy. -- Parecia bastante satisfeito em saber a identidade do psiquiatra.

-- Ótimo. Agora pode ir...

-- Ahn?

-- Você conhece o caminho da porta, Lucy. Eu tenho mais o que fazer -- Lena lhe deu as costas.

-- Não acredito que você está me dispensando desse jeito.

-- Eu posso repetir, se for preciso.

Lucy balançou a cabeça, derrotada. Apanhou sua bolsa e foi até a porta.

-- Por que eu tenho a impressão de que você usa todo mundo?

-- Porque você é uma garota esperta -- fez uma pausa. -- Se manda.
Ela bateu a porta com tanta força que Lena até se assustou, mas meio segundo depois, esqueceu da existência de Lucy. Foi até a cozinha, preparou uma caneca de cappuccino e sentou diante do computador, detendo-se num dos casos que assumira no escritório.
Uma hora mais tarde, ouviu o interfone. Sorriu ao ser informada de quem subia. Nem Kara, nem Lucy, nem mais problemas. Diana, a garota, na verdade era a solução. Pelo menos por uma noite...

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