Opposite Sides - Season 2

Chapter 20 - Cole

– Dean Lewis - Waves –

Depois de mais um dia cansativo em Riverdale, resolver brigas com outras gangues, pois havíamos parado de ser aviõezinhos dos desconhecidos e agora estava sobrando tudo para as gangues da cidade vizinha, exceto os Lobos. Parece que ninguém mais quer fazer parceria com a escória, um líder medroso que foge assim do nada. Mas tudo estava bem, porque os Serpentes achavam que eu havia o matado, odeio ter que mentir, me sinto um hipócrita sobre tudo que falo e acredito. Na verdade, acima de tudo, mas fiz isso por Lili e faria de novo e de novo, quantas vezes forem nescessárias para tudo entre eu e Lili ficar bem, enquanto ela estiver ao meu lado, sinto que posso suportar qualquer coisa.

A luz da lua ilumina toda a estrada, mesmo cansado e indo pra casa no meio da madrugada, ficar nem que sejam apenas algumas horas na minha casa, com os meus amigos sempre me faz pensar que há uma luz no final do túnel para mim, isso é tudo que eu preciso, mesmo ela se apagando toda vez que passo pela porra da placa da minha fodida cidade Natal. Eu não me lembrava de ser tão sombria e podre como é agora, meus pesadelos se tornando real e toda vez que eu voltava a Nova Iorque, entrava em êxtase, querendo apenas parar no tempo e ficar com as pessoas que eu amo.

Ainda cheio de pensamentos e quando vou estacionar minha moto, o carro de Lili aparece com tudo no meio do estacionamento da fraternidade, mas o que tá acontecendo com essa gente? Logo Camila sai dele a passos duros, nem percebeu minha presença, seu rímel está borrado, olhos inchados e cabelos bagunçados. Ela me vê e parece que viu um fantasma, fica estática a poucos metros de mim, seus olhos marejam e mais lágrimas caem pelo seu rosto.

— Parece que o Zangado não é tão durão quanto aparenta ser, não é mesmo? – brinco tentando sair daquele clima estranho, mas ela continua com a mesmo expressão de tristeza em seu rosto. — Camila? – pergunto confuso me aproximando e ela vem até a mim rapidamente e me abraça forte. Não tenho reação por alguns segundos.

— Eu sinto muito, Cole. – ela chora ainda mais. — Você não merece isso. – sussurra, mas posso ouvi-la perfeitamente.

— Eu não mereço um simples abraço? – pergunto soltando uma risada nazalada. — Era tudo que eu estava precisando nesse momento. – sussurro de volta e ela se afasta bruscamente, voltando a sua postura de durona, limpando as lágrimas, mas seu olhar de tristeza e... Decepção? São perceptíveis.

Ela se vira, fazendo menção a ir embora e eu a seguro pelo pulso a virando pra mim novamente.

— Lili não veio do bar com você? Ela me disse que iria sair pra comemorar o aniversário da Vanessa e viria pra cá, por isso voltei no meio da madrugada. – abro os braços olhando em volta. — Para passarmos um tempo juntos.

— E-eu não sei, Cole. Ela falou que iria pra cara por causa do Milo. – sua feição é diferente da do normal e sem me dar chance de responder, ela de vira entrando na casa.

No outro dia fui um pouco mais cedo pra faculdade terminar um trabalho que o Otto havia passado, a minha vida em Nova Iorque está cada vez mais conturbada, já a em Riverdale estava sendo bem controlada e para um líder de primeira viagem que não foi treinado assim como os outros, eu estava me saindo bem, apesar de ser cansativo. Mal vi Lili a manhã inteira de novo, queria ir atrás dela, queria poder ficar na minha casa por mais de três horas acordado – porque ultimamente eu só vou a aquele lugar pra dormir – mas hoje é sexta e mais um longo final de semana em Riverdale me aguarda.