Opposite Sides - Season 2

Chapter 38 - Cole

Acordo sentindo todo meu corpo doer, passei o final de semana todo nessa merda. Quando estávamos no torneio, nós não sentimos nada de dor ou muito menos cansaço, apenas a adrenalina em nosso sangue, mas quando chega em casa e conseguem dormir por mais de três horas seguidas, seu corpo quase morre de tanto cansaço e todos os seus músculos querem te ferrar. Aquele jogo contra os Huskies, jogadores da Washington University, foi a cereja do bolo para acabar com todos nós de uma vez só.

Me levanto da cama a contra-gosto, mais lentamente do que de costume, apertando o lado direito do corpo na costela, e quase me jogo novamente na cama ao sentir meus músculos doerem, mas continuo, indo até o banheiro tomar uma ducha rápida. Durante o banho, não posso deixar de pensar o quão bem estou indo ultimamente, durante a viagem e o final de semana, não pensei muito nela, estou livre e sinto que finalmente estou superando isso, se ela conseguiu seguir em frente independente de tudo, eu também consigo. Qual é, sou Cole Sprouse. Quem eu estou querendo enganar, eu estou querendo saber o motivo dessas ligações ridículas desde sexta.

— Sprouse, finalmente, achei que tinha se afogado na privada. – Nick diz, me dando o maior susto assim que saiu do banheiro. Pelo menos dessa vez eu já estava com uma calça.

— Puta merda, quem vai te afogar sou eu, se você continuar com essa palhaçada. – esbravejo e ele se joga na cama de barriga pra baixo.

— Eu só tô aqui, porque não quero quebrar a cara de alguém, já tô todo quebrado. – ele resmunga, soltando um gemido de dor assim que se levanta da cama.

— Tá todo mundo fodido, esse foi com certeza o campeonato mais cansativo que tivemos em todo esse tempo. – digo, terminando de me vestir.

— Eu vi aquele tal de Bryce e a Addison uma semana antes da viagem. – ele diz e me viro bruscamente para ele. Ela não me falou nada sobre isso. — Ainda bem que ele não mora mais aqui, filho da mãe.

— Mas você viu o que exatamente? Eles estavam se beijando ou apenas uma boa e velha conversa entre amigos? – pergunto tentando disfarçar meu desinteresse.

— Conversando, mas o Bryce não apenas conversa, você sabe muito bem disso. – explica. — Eu não acredito que a Addison foi capaz de fazer isso comigo. – se vitimiza exageradamente.

— Olha pelo lado bom, você não viu a sua primeira namorada e a primeira pessoa que você amou de verdade beijando o ex filho da puta dela sem a gente nem ter terminado. – digo rapidamente e termino retomando o fôlego.

— Xeque-mate. – dá de ombros e vai em direção a porta. — Mas por que eu tenho a leve impressão de que você ainda está puto pelos chifres? Sabe, só impressão mesmo. – diz sem pudor e estiro o dedo do meio antes dele fechar a porta.

Chegando na faculdade, paro a moto no estacionamento central e entro junto com os outros jogadores pelo corredor principal e assim que passamos pela porta, todos começam a aplaudir, comemorar e nós fazemos o mesmo. Ganhamos um dos torneios mais difíceis e sem o nosso melhor treinador, realmente merecemos aquilo pelo nosso trabalho, esforço e também pelos ossos quase quebrados de todos os jogadores.

Estão todos a nossa volta pulando e comemorando, vejo Lili de relance, olhando para nós e rindo de toda aquela cena de um monte de marmanjos pulando, comemorando e se batendo por motivo algum. Assim que nossos olhares se encontram ela parece acordar de um transe e começa a andar. Tento ao máximo passar por toda a multidão que está ao redor e quando finalmente consigo, vejo ela no final do corredor e começo a correr o mais rápido possível para alcançá-la. Chego nela e na primeiro oportunidade, puxo Lili para um dos armários de limpeza que tinha no corredor.

— Por quê? – pergunto apressado e ela arregala os olhos, completamente perdida. — Você me ligou duas vezes durante essa semana que eu estava fora, está tudo bem?