Fiquei sozinha naquela sala sem acreditar em tudo que eu vi, me sentia uma idiota, senti que sofri e fiz sofrer uma pessoa por simplesmente nada. Momentos meu e de Huan vieram a tona nesse momento e ver que tudo acabou por pura maldade e despeito daquela vadia nojenta me faz ter muita raiva.
Viro-me para a tela do computador e vejo mais uma vez o vídeo, talvez buscando acreditar em tudo aquilo. Passei cinco anos da minha vida achando que fui traída e do nada descobri que tudo foi uma mentira. Ele é tão vítima de tudo isso quanto eu, ele não teve culpa de nada.
Demorei mais uns minutos naquela sala e logo saí quando um segurança chegou. Tirei o Pen-drive do computador e saí dali.
Fui para a fonte que costumava sentar quando não me sentia bem, e a sensação é a mesma de cinco anos atrás. Daqui dá para ver o jardim da minha casa, o heliporto e a academia. As luzes estavam acesas então deduzi que tinha alguém lá. Depois de mais ou menos uma hora vi Huan sair de lá e ir em direção do seu carro e logo depois partir.
Caminhei para a academia e ouvi o barulho do chuveiro, no tatame tinha o celular do meu irmão me indicando que era ele quem estava tomando banho. Sentei-me por ali e esperei ele sair que logo o fez.
- Ei! - falou ele secando o cabelo - o que faz aqui?
- Estava na fonte e vi que a luz estava acesa então vim dá uma olhada.
- Veio ver se ele estava aqui, não é? - riu sentando ao meu lado
- Não! Eu o vi saindo. - olhei meu irmão - ele te contou?
- Não! Eu já sabia e resolvi abrir o jogo com ele sobre isso e também o ajudar a aliviar a agonia a qual ele estava com ela no coração e na mente. - disse pegando o celular.
- Estou me sentindo mal com o que fiz, Gael - disse encostando a cabeça no ombro do meu irmão - eu fui tão ingênua.
- Você não teve culpa assim como ele também não. Vocês apenas não conversaram.
- Eu não o deixei falar.
- Compreensivo, você achou que ele estava te traindo... - deu de ombros - normal não querer ouvi-lo. - beijou meu cabelo - vocês precisam conversar e se entender, muitas coisas aconteceram nesses cinco anos e muita mágoa foi guardada.
- Nós não podemos... - parei - eu não posso - levantei a mão a qual o anel se encontrava.
- Não estou dizendo que vocês devem voltar, apenas conversar e perdoar um ao outro. Dar um ponto final se é isso que ambos querem. - ele leu algo no celular e xingou um ''merda'' fazendo careta.
- Acho que ele não quer falar comigo. - me virei para ele
- Ele ainda te ama! - disse de uma vez me deixando surpresa - e tenho certeza que você também sente algo por ele ainda. Sabendo disso, eu tenho certeza que ele vai querer falar com você sim. - levantou - mas se você quiser falar com ele terá que ir até a casa dele.
- Por que? - perguntei sem entender
- Ele não vai mais fazer a segurança pessoalmente - estendeu sua mão para que eu levantasse - fará isso de longe para não ter contato com você.
- Ele te disse isso? - perguntei um pouco magoada
- Não, mas levando em conta que ele foi embora depois que treinamos... - colocou as mãos no bolso da bermuda que usava - ele não volta aqui tão cedo.
- Ele pode fazer isso?
- Ana, Huan é o chefe da segurança, ele é o dono da empresa que cuida da segurança da nossa casa e nossa também - riu - se ele quisesse ele nem viria para cá.
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O segurança
ChickLitAna teve seu coração partido, por alguém que jurava à ela não ser igual aos outros. Depois de cinco anos ela volta com a convicção que o esqueceu, e noiva de seu chefe, será que o coração de Ana realmente superou o moreno que cuida da segurança de s...