Capítulo 11

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Fiquei sozinha naquela sala sem acreditar em tudo que eu vi, me sentia uma idiota, senti que sofri e fiz sofrer uma pessoa por simplesmente nada. Momentos meu e de Huan vieram a tona nesse momento e ver que tudo acabou por pura maldade e despeito daquela vadia nojenta me faz ter muita raiva. 

Viro-me para a tela do computador e vejo mais uma vez o vídeo, talvez buscando acreditar em tudo aquilo. Passei cinco anos da minha vida achando que fui traída e do nada descobri que tudo foi uma mentira. Ele é tão vítima de tudo isso quanto eu, ele não teve culpa de nada. 

Demorei mais uns minutos naquela sala e logo saí quando um segurança chegou. Tirei o Pen-drive do computador e saí dali. 

Fui para a fonte que costumava sentar quando não me sentia bem, e a sensação é a mesma de cinco anos atrás. Daqui dá para ver o jardim da minha casa, o heliporto e a academia. As luzes estavam acesas então deduzi que tinha alguém lá. Depois de mais ou menos uma hora vi Huan sair de lá e ir em direção do seu carro e logo depois partir. 

Caminhei para a academia e ouvi o barulho do chuveiro, no tatame tinha o celular do meu irmão me indicando que era ele quem estava tomando banho. Sentei-me por ali e esperei ele sair que logo o fez.

- Ei! - falou ele secando o cabelo - o que faz aqui? 

- Estava na fonte e vi que a luz estava acesa então vim dá uma olhada. 

- Veio ver se ele estava aqui, não é? - riu sentando ao meu lado

- Não! Eu o vi saindo. - olhei meu irmão - ele te contou? 

- Não! Eu já sabia e resolvi abrir o jogo com ele sobre isso e também o ajudar a aliviar a agonia a qual ele estava com ela no coração e na mente. - disse pegando o celular.

- Estou me sentindo mal com o que fiz, Gael - disse encostando a cabeça no ombro do meu irmão - eu fui tão ingênua.

- Você não teve culpa assim como ele também não. Vocês apenas não conversaram.

- Eu não o deixei falar. 

- Compreensivo, você achou que ele estava te traindo... - deu de ombros - normal não querer ouvi-lo. -  beijou meu cabelo - vocês precisam conversar e se entender, muitas coisas aconteceram nesses cinco anos e muita mágoa foi guardada. 

- Nós não podemos... - parei - eu não posso - levantei a mão a qual o anel se encontrava.

- Não estou dizendo que vocês devem voltar, apenas conversar e perdoar um ao outro. Dar um ponto final se é isso que ambos querem. - ele leu algo no celular e xingou um ''merda'' fazendo careta. 

- Acho que ele não quer falar comigo. - me virei para ele

- Ele ainda te ama! - disse de uma vez me deixando surpresa - e tenho certeza que você também sente algo por ele ainda. Sabendo disso, eu tenho certeza que ele vai querer falar com você sim. - levantou - mas se você quiser falar com ele terá que ir até a casa dele.

- Por que? - perguntei sem entender

- Ele não vai mais fazer a segurança pessoalmente - estendeu sua mão para que eu levantasse - fará isso de longe para não ter contato com você.

- Ele te disse isso? - perguntei um pouco magoada

- Não, mas levando em conta que ele foi embora depois que treinamos... - colocou as mãos no bolso da bermuda que usava - ele não volta aqui tão cedo. 

- Ele pode fazer isso? 

- Ana, Huan é o chefe da segurança, ele é o dono da empresa que cuida da segurança da nossa casa e nossa também - riu - se ele quisesse ele nem viria para cá. 

O segurançaOnde histórias criam vida. Descubra agora