Capítulo 23

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Acordei sendo esmagada pelo braço de Huan. Eu me sentia segura nos braços dele, sabia que ali nada poderia me alcançar. Mas ao mesmo tempo que sabia disso e me sentia confortável, uma outra parte de mim dizia que ele estava disposto a tudo para me manter segura, até mesmo daria sua vida por mim. 

Eu sabia que teria quer ser cautelosa com tudo, ainda mais depois de saber que tem pessoas determinadas a me fazerem mal, eu precisava saber do básico, aprender o mínimo. Então tomei uma decisão. Huan talvez não fosse gostar muito, mas meus irmãos iriam, e eu buscaria apoio na opinião deles para convencer Huan. 

O senti se mexer e me apertar mas contra ele. 

- Estou vendo sair fumaça da sua cabeça daqui. - disse com voz rouca - no que está pensando? 

- Quero te falar algo. - disse me sentando

- Estou ouvindo. - pareceu interessado.

- Você ontem me disse todas aquelas coisas, de que tem pessoas atrás de mim, e eu estava pensando que seria legal eu começar a treinar auto-defesa. - falei de uma vez e o vi franzir o cenho 

- Você quer ser treinada? - perguntou sem expressão. Confirmei - Mas você não precisa se preocupar com isso. 

- Não é questão de me preocupar ou não, eu quero saber me defender, Huan. Isso é algo importante. 

- Ana, você não vai aprender tudo da noite para o dia. Tem pessoas da equipe que levaram anos para aperfeiçoar o que sabem hoje. 

- Eu entendo, não quero que seja do dia para a noite, mas que eu saiba pelo menos afastar alguém quando algo acontecer. 

- Tudo bem. - suspirou - mas com uma condição. 

- Diga! 

- Será 100% e sem regalias. Você vai  treinar igual os homens e mulheres da equipe treinam. 

- Mulheres? - perguntei e ele riu

- Você só ouviu essa parte? 

- Nunca vi nenhuma mulher na equipe. 

- Isso é por que seu segurança sempre fui eu.

- Alguma mulher já fez a segurança dos meus irmãos ou pais? 

- Sua mãe tem duas seguranças. 

- Nunca vi. 

- Mas verá. - sentou-se - eu vou conversar com seus irmãos e depois veremos horários. Vou logo avisando, eu te amo, mas não vou pegar leve com você. 

- Desde que eu receba um carinho em troca. - disse engatinhando até ele e dando-lhe um selinho - eu topo. 

- Por que decidiu treinar? 

- Por que não quero ser um peso morto.

- Você não é! - tocou meu rosto - você é quente demais para ser comparada a um morto. - falou e o tom de malícia estava lá. 

- Como você é malicioso. - mordi meu lábio inferior 

- Eu sou um anjo. - fez cara de inocente e eu ri. - Você quer falar sobre o que houve mais cedo? 

- Foi um pesadelo. - senti o frio na espinha em nervosismo 

- Ana, não vão chegar em você. - garantiu 

- Eu sei que não. - dei um meio sorriso - mas é difícil imaginar que tudo está acontecendo de novo. 

- Mas dessa vez eu não vou me acovardar. - falou sério - só passam por mim se eu estiver morto. 

O segurançaOnde histórias criam vida. Descubra agora