Acordei sendo esmagada pelo braço de Huan. Eu me sentia segura nos braços dele, sabia que ali nada poderia me alcançar. Mas ao mesmo tempo que sabia disso e me sentia confortável, uma outra parte de mim dizia que ele estava disposto a tudo para me manter segura, até mesmo daria sua vida por mim.
Eu sabia que teria quer ser cautelosa com tudo, ainda mais depois de saber que tem pessoas determinadas a me fazerem mal, eu precisava saber do básico, aprender o mínimo. Então tomei uma decisão. Huan talvez não fosse gostar muito, mas meus irmãos iriam, e eu buscaria apoio na opinião deles para convencer Huan.
O senti se mexer e me apertar mas contra ele.
- Estou vendo sair fumaça da sua cabeça daqui. - disse com voz rouca - no que está pensando?
- Quero te falar algo. - disse me sentando
- Estou ouvindo. - pareceu interessado.
- Você ontem me disse todas aquelas coisas, de que tem pessoas atrás de mim, e eu estava pensando que seria legal eu começar a treinar auto-defesa. - falei de uma vez e o vi franzir o cenho
- Você quer ser treinada? - perguntou sem expressão. Confirmei - Mas você não precisa se preocupar com isso.
- Não é questão de me preocupar ou não, eu quero saber me defender, Huan. Isso é algo importante.
- Ana, você não vai aprender tudo da noite para o dia. Tem pessoas da equipe que levaram anos para aperfeiçoar o que sabem hoje.
- Eu entendo, não quero que seja do dia para a noite, mas que eu saiba pelo menos afastar alguém quando algo acontecer.
- Tudo bem. - suspirou - mas com uma condição.
- Diga!
- Será 100% e sem regalias. Você vai treinar igual os homens e mulheres da equipe treinam.
- Mulheres? - perguntei e ele riu
- Você só ouviu essa parte?
- Nunca vi nenhuma mulher na equipe.
- Isso é por que seu segurança sempre fui eu.
- Alguma mulher já fez a segurança dos meus irmãos ou pais?
- Sua mãe tem duas seguranças.
- Nunca vi.
- Mas verá. - sentou-se - eu vou conversar com seus irmãos e depois veremos horários. Vou logo avisando, eu te amo, mas não vou pegar leve com você.
- Desde que eu receba um carinho em troca. - disse engatinhando até ele e dando-lhe um selinho - eu topo.
- Por que decidiu treinar?
- Por que não quero ser um peso morto.
- Você não é! - tocou meu rosto - você é quente demais para ser comparada a um morto. - falou e o tom de malícia estava lá.
- Como você é malicioso. - mordi meu lábio inferior
- Eu sou um anjo. - fez cara de inocente e eu ri. - Você quer falar sobre o que houve mais cedo?
- Foi um pesadelo. - senti o frio na espinha em nervosismo
- Ana, não vão chegar em você. - garantiu
- Eu sei que não. - dei um meio sorriso - mas é difícil imaginar que tudo está acontecendo de novo.
- Mas dessa vez eu não vou me acovardar. - falou sério - só passam por mim se eu estiver morto.
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O segurança
Literatura FemininaAna teve seu coração partido, por alguém que jurava à ela não ser igual aos outros. Depois de cinco anos ela volta com a convicção que o esqueceu, e noiva de seu chefe, será que o coração de Ana realmente superou o moreno que cuida da segurança de s...