Capítulo 15

2K 75 27
                                    

Saí da casa dos Nawarro rumo ao galpão aonde o verme está. Noite passada foi um pouco tenso a abordagem, nenhum dos meus homens se feriram mas muitos do lado inimigo foram levados ao hospital. Nós não matamos as pessoas que querem nos fazer mal, não se tivermos a opção de deixá-los vivos. 

Segui meu rumo até chegar ao terreno a qual fazemos nossos treinamentos e mais ao longe há um galpão, o nosso playground. Sorri com esse pensamento. Desci do carro e Léo vem com uns papéis. 

- Nós começamos sem você, ele disse que falaria mais quando chegasse, mas por hora esses foram os nomes que ele nos deu. - falou me entregando os benditos papéis.

- Vamos fazer esse canarinho cantar, Léo. - disse e entrei no local. 

Ele estava sentado em uma cadeira de cabeça baixa e amarrado. Parecia cansado, com fome e com sede.

- Bom, você queria falar comigo, estou aqui. - falei arrastando uma cadeira e sentando-me próximo a ele. - mas antes... você está com fome? - perguntei e ele assentiu de cabeça baixa. 

- Léo! - chamei meu segurança - eu preciso que você vá para a casa dos Nawarro cuidar da segurança da senhorita Ana, ela vai se encontrar com o irmão e eu não poderei fazer a segurança dela. Mas antes eu quero que traga algo para esse homem comer e água. - pedi e ele concordou se retirando. 

- Eu esperarei que coma e, depois, conversaremos. - disse e me levantei e fui para o escritório do galpão.

Sentei-me no sofá e fiquei pensando no motivo de quererem tanto atingir os Nawarro. Isso vai além dos meninos, é algo de antes e eu só vou encontrar respostas com um único homem e assim que eu sair daqui irei conversar com ele. 

Vi quando Léo trouxe a comida para o homem e desamarra-lo, mas como não confia nele ficou lá em pé observando tudo. O homem comia como um animal preso a dias sem comida e sem água. Geralmente esses homens são pais de família que não encontram emprego e procuram o caminho mais fácil. Um grande erro. Esperei até que ele comesse e voltei sentando-me no mesmo lugar de antes. 

- Então, já que está devidamente alimentado, nós temos muito a conversar, se não se importa... - disse cruzando os braços. 

- Ravi - disse um nome - esse cara está querendo vingança e nos contratou para matar sua namorada.

- Por que? - eu já tinha ouvido esse nome, anos atrás, só não entendia a ligação dele com os Nawarro. 

- Ele não nos disse muito, apenas que a anos trás alguém tirou a felicidade dele e os Nawarro ajudaram a esse crime ficar impune. - respirei fundo

- Por que ele quer matar a senhorita Ana? - eu não estava entendendo essa merda

- Eu não sei, ele só disse isso que eu acabei de te falar, cara. - disse em desespero - eu ouvi que a pouco mais de um mês atrás ele estava em contato com pessoas em Londres, o plano era matar um cara. - isso chamou minha atenção

- Londres? - perguntei -  Você ouviu o nome do cara que ele queria matar lá?

- Não! Nosso assunto era com os Nawarro. - disse me olhando sério - ele tinha um plano de sequestro para a sua namorada, se eu fosse você ficaria mais esperto com a segurança dela.

- Ele disse quando iria executar esse plano? - perguntei me levantando

- Não, mas o ataque de ontem era para reconhecer terreno, para saber como vocês agem nas abordagens e se matam as pessoas. - respirou fundo - aqueles caras que você mandou para o hospital ontem tem informações sobre vocês, tem alguém passando informações de vocês para ele, é a única razão para ele saber tanto sobre vocês. Nós fomos ontem sabendo que a Nawarro mais nova estaria com você. - apertou as mãos uma na outra.

O segurançaOnde histórias criam vida. Descubra agora