Capítulo 36

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- Como assim ela sumiu? - perguntei exaltado - Como caralho ela sumiu?

Senti todo meu corpo adormecer quando Léo me ligou dizendo que Ana Lara tinha sumido, que não estava em lugar nenhum e que não constava em nenhum registro de câmera de segurança.

- Huan, ela estava no prédio. - ele disse - Os pais dela estavam com ela até ontem a noite e hoje de manhã ela não estava mais.

- Lyon sabe de alguma coisa?

- Sabe tanto quanto nós! - ele parecia frustrado - ninguém viu ela sair, nenhuma câmera de segurança pegou o momento em que ela saiu.

- Ela não pode ter desaparecido, ela não sabe fazer mágica. - gritei - achem ela ou eu coloco esse país aí de cabeça para baixo.

Não podiam ter levado ela de novo, minha Ana não. A ameaça não era lá, nos certificamos disso, mapeamos tudo, estava esquematizado, não tinha como ela sumir.

Ela pode ter saído com os amigos, e esquecido de avisar, ou precisado de um tempo para respirar... Mas isso não explica as câmeras não terem registro dela saindo do prédio.

Os irmãos dela estavam tão loucos quanto eu, tinham seguranças voando para a Flórida nesse exato momento para dar apoio aos seguranças de Matew que estavam lá e a de Caio e Ryan que estavam indo para os Estados Unidos para fazer um plano de busca. Se chegaram nela não passariam muito tempo com ela, eu mataria todos.

Eu esperaria por confirmação de Roach e de Noah para sequestro, então eu iria para a Flórida. Eu seria mais útil aqui no momento, eu sirvo mais de longe onde meu emocional não vai influenciar tanto e eu posso rastrear e hackear todas as câmeras de seguranças que existiam naquele país.

Ana não podia ter sido levada, eu me negava a acreditar que com tanta cautela ainda assim tinham levado ela. Estávamos no auge de uma ameaça, tem dois dias que tínhamos sido alvejados, ou melhor, tivemos nossos carros alvejados. Estávamos em alerta, os meninos estavam recolhidos até que fôssemos executar o plano de busca.

Se passaram horas, várias reuniões, e nada de Ana em nenhum registro ou em qualquer lugar que fosse. Já estávamos entrando na madrugada, ela passou o dia todo sumida e a esse ponto eu já estava considerando a possibilidade de começar a trabalhar ao meu modo, eu a encontraria mas para isso precisava do aval do pai dela.

Saí da sala de monitoramento por um minuto para poder tomar um banho com meus pensamentos todos em uma certa atrevida e me peguei querendo recair, mas em nome a promessa que fiz a ela joguei para longe esses pensamentos e saí do banho voltando para a sala de monitoramento.

Notei que a porta estava aberta e eu a tinha deixado fechada, não tinha ninguém aqui a não ser eu, os demais estavam na mansão Nawarro fazendo a segurança dos meninos.

Peguei minha arma e me encaminhei para a sala encontrando uma silhueta feminina, baixa e loira. Era ela.

Entrei na sala atordoado sem saber se aquilo era real ou fruto da minha imaginação que estava sofrida.

- Ana? - chamei e ela se virou. Realmente era ela. - O que está fazendo aqui? - perguntei sentindo um alívio e uma raiva inexplicável.

- Você vai me contar tudo que está acontecendo, e se você mentir para mim saiba que eu sofro como o inferno longe de você, mas eu vou embora e nem virando o mundo você me encontra, assim como não me encontrou o dia todo.

- Do que está falando? - perguntei

- Isso aqui! - levantou uns papéis - estou falando disso aqui, Huan! - seu tom era totalmente acusatório. O que eram esses papéis?

O segurançaOnde histórias criam vida. Descubra agora