Capítulo 1

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Galera,

a Redd não revisou ainda, mas a vontade de postar logo foi maior. Depois eu corrijo, rsrsrs.

Boa leitura,

Naty

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TIA CRIS

- Vai sair, dona Cristina? – Viktor me perguntou assim que entrou pela porta principal.

- Nada. Só estou limpando e colocando algumas coisas em ordem – menti, mesmo sabendo que já era tarde demais. A chave do carro estava na minha mão. – Como foi sua palestra no Congresso? Muito calor na Bahia?

Tentei despistá-lo com outro assunto, mas não adiantou. Ele estreitou os olhos e deu alguns passos na minha direção.

- A senhora tira poeira com uma bolsa de grife pendurada nos ombros? – um sorriso debochado surgiu no seu rosto. Sem saber o que responder, desviei o olhar e fingi organizar o porta-chaves. Entretanto, Viktor insistiu: - Mãe, não me diga que estava prestes a sair de carro mesmo com a carta de motorista suspensa.

- Claro que não. – Retruquei com ostensiva dissimulação.

- Mentir é pecado. A senhora nos ensinou isso muito bem. Admita que te peguei no pulo.

- Pegou nada. – Altiva e sem querer dar o braço a torcer, eu mudava a disposição dos chaveiros. Coisa difícil para uma mãe é admitir quando ela está errada e os filhos estão certos.

- Não pode chamar um taxi? Ou um Uber?

- Você sabe que não pego carona com desconhecidos.

- Então deveria ter prestado mais atenção nas placas de sinalização, nos radares, no rodízio...

- Deixa de ser atrevido, moleque! – dei um tapa de leve em seu braço.

Ele soltou uma gargalhada espontânea e me abraçou.

- Saudade que eu estava dessa sua braveza, mãe! Para onde a senhora quer ir? Posso te levar.

- Só vou dar uma voltinha. Não se preocupe. O lugar é tão perto que posso ir dirigindo.

- Não, mãe. A senhora não pode dirigir. – Ele me apertou em seus braços, ainda rindo. – Pra onde quer ir? Serei seu motorista.

- Você deve estar cansado...

- Não estou – me interrompeu. - Responde a minha pergunta. Para onde vai?

Encarei meu filho, respirei fundo e resolvi sondá-lo antes de dizer a verdade:

- Se eu te contar, terá a obrigação de ser meu cúmplice.

- Dona Cristina Nielsen, o que a senhora está aprontando? – desconfiado, ele me soltou de seus braços.

- Só conto se for o nosso aliado.

- Nosso? Tem mais gente nessa coisa que você está fazendo? – ele estreitou os olhos.

- Vai nos ajudar ou não? Estou com pressa!

- Só se me disser qual lugar pretendia ir agora há pouco. A senhora costuma ter umas ideias bem malucas.

- Malucas, mas com resultados! Isso é o que importa! – me defendi e prossegui: - Eu preciso saber como estão as coisas no apartamento do seu irmão.

- Pra quê? Hans mal pisa naquele lugar. Ele praticamente mora aqui.

- Heloísa e Helena estão passando alguns dias lá! – falei de uma só vez.

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