Epic Return - [SwanQueen]

Capítulo 37

– Você tem certeza que quer fazer isso, Emma? — perguntava Ruby aflita vendo Emma arrumar uma pequena mala com pressa.

– Tenho, Rubs, já disse. Eu adiei isso por bastante tempo e agora sinto que é o momento.  — responde Emma sem ao menos parar de jogar as roupas na mala sem dobrá-las. Ruby acenava negativamente, como Emma partira de um sofá a ver friends a arrumar mala para viajar? Perguntava-se em pensamento.

– Isso me parece uma fuga, Emms, me desculpe dizer, mas é sim, o que parece. — Emma para por uns segundos ao ouvir a acusação de sua irmã, não responde e vai ao armário pegar um par de sapatos pretos. Ruby insiste: – Você tem pelo menos onde ficar? — pergunta preocupada.

– Sim, foi a minha antiga professora que me fez essa proposta, ficarei na casa dela. — Emma encara Ruby pela primeira vez naquele dia e caminha lentamente até ela. – Ei, eu vou ficar bem, ok? Não tem mais nada pra mim aqui e você sabe o quanto está me fazendo sofrer toda essa situação com a, você sabe quem. Eu... estou indo atrás de um sonho que desisti há tanto tempo, por favor, não me faça sentir mal por isso. — Emma desabafa e se encolhe no abraço que Ruby agora oferecia.

– Você sabe que sempre te apoiei em tudo e agora não seria diferente, Emms. Eu apenas me preocupo com você, com o seu histórico naquele país, entende o que estou querendo dizer, não é? — Ruby empurra Emma para longe de seu corpo gentilmente, segura sua face com as duas mãos e sorri fraco esperando sua resposta. Emma respira fundo lembrando-se de tudo e acena positivamente com a cabeça.

– Sim, eu entendo tudo, mas não se preocupe, eu saberei me cuidar dessa vez, você me ensinou a ser forte, minha irmãzinha. — Emma retribui o sorriso e lhe beija à testa. – Essa está me parecendo a única chance que tenho de, sei lá, recomeçar por algum ponto que seja fixo, que seja certo, sabe? E eu vou, nem adianta argumentar, eu irei partir hoje mesmo. — Emma morde os lábios lembrando-se da discussão com Regina. "é o melhor a fazer, me afastar, para sempre, esse é o lugar dela e não meu", pensava, torturando-se. Volta a olhar Ruby que agora deixava a emoção e saudade antecipada se expor. – Não chore, sabe que isso me fará chorar também e minhas lágrimas secaram, não tem uma gota sequer. — as duas riem.

– Certo, então deixa eu te ajudar, pode ser?

– Mas é claro, você é bem melhor em dobrar roupas do que eu. — riem e Ruby desmancha a mala antes toda bagunçada e dobra as roupas com carinho ponda-as de volta desta vez em ordem.

A mala logo fica pronta e as duas também, o fusca ficaria para Ruby e nesse mesmo momento já dirigiria a caminho do aeroporto. E lá estavam elas, no check-in, Ruby não parava de chorar mesmo Emma já tendo-a repreendido diversas vezes. Vão a lanchonete para passar o tempo pois Emma não conseguia comer por demasiado nervosismo, ainda faltavam alguns muitos minutos para o embarque. Ruby aproveitando-se disso, prepara-se para tentar mais uma vez conversar sobre essa ida repentina àquele lugar.

– Então é isso, você vai mesmo? — pergunta fraco quebrando o silêncio.

– Ruby Lucas... já falamos sobre isso. —Emma repreende, mas Ruby insiste, ô garota arretada.

– Eu só penso que está indo cedo demais, está desistindo dela. — Ruby fala tremulamente.

– Eu não estou desistindo de nada, não existe nada, e eu não quero mais falar sobre isso. Isso aqui é um recomeço — Emma ergue o passaporte e mostra para Ruby —, essa é a minha vida, ela não pode girar em torno daquela mulher que — Emma engoliu um seco ao lembrar de tudo que fora dito por Regina, da forma como olhara com nojo e desdém naquela manhã – olha, Ruby, é passado, já era passado e devia ter ficado no passado, tê-la encontrado de repente foi a pior coisa que me aconteceu, eu deveria saber que nada com ela daria certo, afinal, toda aquela desgraça de dez anos atrás aconteceu por causa da família dela, deve estar no sangue toda o preconceito e frieza. — Ruby nota a fúria no tom de voz de Emma e querendo ou não, Emma estava tentando, mesmo que da forma errada, superar aquilo. Era seu sonho, ela tinha o direito de correr atrás dele mesmo que o usasse como fuga da sua realidade miserável atual.