Epic Return - [SwanQueen]

Capítulo 40

FLASHBACK-OFF

Edwin, de longe, via o sofrimento que Regina sentia com sua partida. Pela janela do seu quarto, ele via, já desaparecendo, uma sombra se debatendo sobre o vidro em demasiado desespero; virou-se a fim de não testemunhar mais aquela cena angustiante. Ele teria de ir embora, disso não havia escapatória, mas em seu âmbito sabia que um dia reencontraria seu grande amor, passasse o tempo que for, aquela história não acabaria assim.

A viagem da família Swan não se prolongou muito, estavam retornando à sua cidade natal, Boston. Via-se em todos os seus rostos uma tristeza tamanha, e Edwin, totalmente culpado. Sentia que era o responsável por toda aquela situação, sim era, mas sua família era, apesar de humilde, evoluída demais para que culpasse seu filho pelo simples ato de amar.

Durante semanas Edwin se mantém preso em seu pequeno e confortável quartinho que ficava no sótão daquele casebre. Ruby, apesar de ainda muito nova, tentava sempre se manter por perto e era com certeza o único motivo para Edwin não se entregar completamente a um estado de depressão profunda. Seu coração doía demais, seu pensamento não saía daquela mansão, de Regina, da injustiça que fora feita com aquele amor, com os dois.

— Ei, não fica assim... — dizia Ruby que acabava de deitar ao lado do seu irmão.

— Assim como? Eu estou bem, Rubs. Vem cá! — Edwin abriu os braços para que ela se aninhasse. — Prepare-se para uma enxurrada de cosquinhas. — declarou e pôs-se a gargalhar juntamente com ela.

— Saudade disso. — confessou Ruby terminando de dar a última gargalhada.

— Do quê? — Edwin ficou confuso, mas ainda ria.

— De alegria nessa casa. Mesmo estando entre as mesmas paredes você não parece estar aqui, Ed.

— Me desculpa por isso. Realmente tenho lhe dado muito pouca atenção. — lamenta-se.

— Não é só isso. Lembro-me de nossas conversas sobre nossas aspirações. Nossos sonhos. Me dia, o seu morreu? — Edwin ouve a menina e fica em silêncio por um momento.

— Se não estiver morto, deve ter adormecido, eu não consigo pensar em futuro sem a Regina perto de mim. Você é criança, ainda não consegue me entender, mas um dia entenderá.

— Não sou criança, tenho quase 13 anos. — disse revirando os olhos. — Sim, realmente ainda não consigo entender, mas de uma coisa eu sei: você deve insistir nos seus sonhos, não perca tempo. Lembra-se? Nossos sonhos, Ed. Eu e você juntos numa cidade grande e bem sucedidos. Uma advogada e um bailarino. — Ruby gesticulava com as mãos a fim de divertir seu irmão e sorria fraco vendo que nada que dizia o animava. Sua mãe e pai já haviam tentado despertar algo nele que o fizesse sair daquele quarto e voltar a viver, mas todos sem obter sucesso na tarefa árdua. — Eu acredito em nós, eu acredito em você. Falta somente você mesmo acreditar em si. Vamos! — continuou e saiu do quarto após ouvir sua mãe chamar.

Edwin não se animara imediatamente, mas se pôs a pensar: de que adiantaria se manter preso, no ócio, apenas vendo sua força se se esvair a cada dia. Sua irmã estava certa, não havia tempo a perder, se pretendia um dia voltar a ver sua Regina teria de ter algo na vida, uma carreira, um emprego, algo que o ajudasse a tirá-la das mãos de Cora. Levantou-se num pulo ao finalizar seu pensamento e correu até a sala onde ficava um computador defasado, mas que ainda servia. Enquanto passa a todo vapor pelo corredor sua família o viu e se surpreenderam, mas preferiram se manter calados e esperar para ver no que daria.

— O que disse a ele, Ruby? — perguntou sua mãe curiosa enquanto passava um dos pratos que lavava para as mãos da menina que estava enxugando.