is it love? Ryan a maloqueira e o mauricinho

Tentando fazer as pazes!

POV-Alessa

Enxuguei as lágrimas com as mangas da blusa e entrei no quartinho do Otto. Fui até o berço conferir se estava tudo certo, Otto estava acordado com os olhinhos arregalados encarando os brinquedos suspensos por cordinhas no teto do berço.Eu o peguei nos braços e fui sentar no sofá. Acariciei seu rostinho e dei um beijinho na sua testa. 

— Você não dorme não em bebê?

Ele mostrou o sorrisinho banguela, eu deduzi que talvez ele estaria com fome. Levantei um pouco a blusa e dei o peito pra ele, sua boquinha o sugou se alimentando do meu leite. Acariciava seus poucos fios de cabelos castanho claro serenamente. Apesar de tudo eu estava feliz por ter meu bebê nos braços. Otto acabou que me fazendo reconsiderar alguns pontos irregulares da minha vida, se antes eu abolia a possibilidade de ter filhos, hoje Otto me mostrou que não existe coisa melhor.

Enfiei o dedo dentro de sua mãozinha fechada; ele prendeu, rir ao ver sua pequena mãozinha envolver meu dedo com tanta precisão. Depois de alguns minutos ele parou de sugar meu seio, coloquei para arrotar e fiquei andando com ele pelo quarto, até ele voltar a dormir novamente. O devolvi para o berço já morrendo de saudade de ter aquele embrulhinho nos meus braços. Não estava com mínimo saco de ver Ryan acordado, para tentar evitar outra discussão fiquei por ali mais um pouco. Deitei no sofá e peguei meu celular, resolvi enviar algumas fotos do Otto para meus pais, estavam  ansiosos para ver o neto pessoalmente mas por enquanto eles se contentam em ver apenas por foto. Fui até minha agenda e procurei o contato da Marjorie, precisa esclarecer algumas coisas a respeito da contratação dessa babá. 

Demorou um pouco para que atendesse o celular, mas na terceira tentativa entrou na linha.

Alô Marjorie, aqui é a  Alessa, eu sei que está um pouco tarde mas eu preciso saber sobre a contratação da babá para eu poder dormir tranquila.

Escultei uma risada masculina, e logo o vibrado daquela risada me era familiar. Era do Daryl! 

Alessa, sou eu o Daryl. A Marjorie tá no banho.

Oii Daryl, desculpa eu ter ligado essa hora. Depois eu ligo.

Uer que pressa é essa? Não pode mais conversar com os velhos amigos enquanto isso? Ah...já sei seu maridinho controlador não gosta de ver você conversando com ninguém do sexo masculino.Acertei?

Bufei!

Deixa de ser idiota Daryl. O Ryan não manda em mim. Eu falo com quem eu quiser.

 Falei brava.

Tem certeza? Então tá bom, eu estou com muita vontade de ver o moleque, a Marjorie também gostaria de te visitar. Então amanhã passamos aí okay?

Arregalei os olhos.

Tá maluco? Você sabe muito bem que o Ryan nunca ia aceitar você aqui, você ta querendo arrumar briga?

Ele deu risada.

Tá vendo, é como eu te disse. Esse cara te controla. Você nem pode receber suas visitas, cadê seu livre arbítrio,Alessa? Eu nem tou te reconhecendo mais cara.

 Mordi o lábio pensativa, será que o Daryl tem razão? O Ryan tá me controlando de um jeito que nem eu mais tou percebendo? Será que virei uma submissão?!

Alô, Alessa você ainda está aí?

Balancei a cabeça tentando abominar essas ideias da cabeça, quando a voz da Marjorei soava na linha.

O Daryl falou que você queria falar comigo é algo sério?

Ah...oi Marjorie, queria sim. Foi você que se encarregou da contratação das babás ou foi o próprio Ryan que fez a seletiva?