Nunca mais

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LV on

Ok, fiquei a tarde toda planejando junto com a Luísa, RH, Rato, Guilherme, Eloisa e Lívia uma festa "simples" para a Hemilly e o William.

Eloisa e Guilherme ficaram encarregados da comida. RH, Lívia e Luisa ficaram encarregado do lugar e da decoração. E o Rato ficou encarregado da música. Queria que a Sônia ajudasse a Eloísa na comida, até porque o Guilherme é péssimo nisso, porém hoje ela não saiu do quarto de jeito nenhum, o que é muito estranho, porém resolvi não incomodá-la.

Antes de começar tudo eu expliquei tudo que tava acontecendo, tudo mesmo, não quero que o William se sinta ruim e que a Hemilly fique triste. Mesmo querendo muito estar com a Hemilly agora, eu resolvi fazer todo o trabalho durante a tarde pois os meus quatro melhores capangas estavam ocupados. Então estou sendo bem rápido em tudo.

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Depois de um bom tempo entupido de papelada eu finalmente acabei tudo, arrumei toda a minha mesa o mais rápido possível e fui pegando meu celular até que o William entrou.

William: Tá com pressa?- vai até a minha mesa- senta aqui Lucas, a gente precisa conversar.

Ele estava sério, então resolvi apenas sentar.

Eu: Eu sinto muito...- me interrompi.

William: Nem começa com um discurso besta- ele sorri- a morte é um dia que vale a pena viver- sorri fraco- LV você se lembra de mim quando você era pequeno?

Eu: Sim você visitava eu e a Luisa sempre. Só que depois de um tempo você parou. Por que?

William: O amor pode nos cegar as vezes Lv, e por isso nos fazemos alguma merda por impulso.

Eu: Não estou entendendo. Do que você tá falando.

William: Lv- engasga para falar mais depois de um tempo respira fundo e continua- eu fiz uma merda muito grande no passado, e eu prometi que ia tentar consertar esse erro de alguma forma...

Eu: Que erro William?

William: Quando você ainda era pequeno, eu e seu pai éramos grandes amigos, não tinha nada que nos separava, menos uma mulher, uma linda mulher. Ela era doce, inteligente, guerreira... Eu me apaixonei perdidamente por ela, só que eu não fui o único. Seu pai também.

O que ele quer dizer com isso? É mentira, eu podia ser muito pequeno mais eu me lembro muito bem do amor imenso que meu pai sentia pela minha mãe, não era possível ele gostar de outra...ah não ser que.

Eu: Filho da puta, você amava minha mãe?!

William: Sim, eu era um idiota por ela, porém quando ela escolheu seu pai eu resolvi seguir minha vida e acabei conhecendo a minha esposa. Só que, seu pai era cruel com sua mãe LV, ele bebia muito e sempre quando chegava em casa ela era o alvo dele.

Eu: Mentira, eu via o jeito que ele a tratava.

William: Você via o que seu pai queria que você visse, você sempre foi um grande garoto pra ele, já a Luisa não era, teve um dia que ele quase bateu nela só por ter bebido, ele não ligava pra ela e nem pra sua mãe.

Eu: Tá mais por que você tá me contando essa porra logo agora?

William: Porque a porra da história só fica pior. Depois que minha mulher acabou morrendo quando teve a Hemilly, sua mãe chegou chorando dessesperada na minha casa, ela conversou comigo e...eu fiquei puto, não aguentei saber que ele machucou ela LV e então eu resolvi conversa com ele. Disse pra ele parar, pra ele pensar nos filhos deles e....- passa a mão no queixo frustrado.

Eu: O que ele fez?

William: Seu pai só se descontrolou mais ainda, disse que eu estava traindo ele e descontou de novo nela- fala segurando a tristeza- você tinha que ver, ela tinha hematomas pelo corpo todo muleque- ele balança cabeça imaginando a cena- então eu fiz o que tinha que ser feito, eu parei ele.

Eu: Continua... O que você fez?

William: Mandei matarem ele, forçar um acidente de carro, daí sua mãe poderia ser finalmente livre dele, eu iria cuidar dela e de vocês, iria dar todo o amor do mundo, mesmo que não seja o amor que eu queria realmente dar. E então aconteceu, o carro deslizou na estrada e capotou várias vezes, todo mundo que estava dentro do carro estavam mortos, principalmente a sua mãe muleque.

Coração De Um TraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora