Hemilly on
Horas depois...
Duas horas depois e eu estou presa nessa salinha sem nenhuma notícia do LV ou dos outros. Depois que o RH enfaixou o braço ele saiu daqui mesmo a Luisa insistindo muito pra ele fica. Mais um capanga do LV ficou na frente do cofre, não preciso ser Sherlock pra saber quem foi que mandou eles.
Luísa: O que você tá pensando agora?- disse e eu saí dos meus pensamentos e olhei pra ela- não sei o que fazer além de pensar que o pai da minha filha tá na mira de várias armas, preciso quebrar esse silêncio antes que eu dou um surto.
Eu: Tava pensando no Gui, ele deve estar arrasado. Droga ele não devia estar por aí nessa situação.
Luisa: Relaxa ele tá com o LV, não conheço ninguém melhor pra proteger ele.
Eu: E quem protege o LV?
Luisa: RH, André, Marcela e o resto dos vários capangas dele.
Ela encostou a cabeça na parede e continuo.
Luisa: Eles vão fica bem, eu tô torcendo pra isso- disse respirando fundo- mas, você tá certa, o Gui devia ter ficado aqui- disse olhando pra mim- meu deus foi tudo tão rápido, o Rato saindo dos braços do Gui e o RH dos meus- respirou fundo e voltou a falar- quando eu vi ele no chão eu travei total, minha vida passou pelos meus olhos- soltou uma risada- ele que tinha levado uma bala de raspão no braço e eu que estava enlouquecendo.
Eu: Eu não consigo imaginar minha vida sem o LV. Já fico com saudade dele quando ele vai trabalhar imagina se...
Luisa: Credo Hemilly, vira essa boca pra lá garota.
Voltei a encosta minha cabeça na parede ainda pensando nele, meu deus que fique tudo bem. Tomei um susto com o barulho do cofre se abrindo, fui até a Luisa com o meu travesseiro na mão pronta pra qualquer coisa.
Lv: O que é isso?- fala olhando pra nós.
Eu: Droga LV, a gente achou que era algum dos caras do Eduardo- disse e ele soltou uma risada cansada.
Olhei nos olhos do LV e só vi cansaço e tristeza, tava na cara que nenhum dos dois estavam bem.
RH: E vocês iam se defender como?
Lv: Guerra de travesseiro- disse e os dois riu.
Olhei pra Luisa que percebeu o que eles não estavam nada bem mas não queria demonstrar isso, então resolvi entrar na brincadeira.
Eu: A gente aqui toda preocupada com eles e eles zoando da nossa cara.
Luisa: Ridículo.
RH: Desculpa amor- disse abraçando ela.
LV: Ah, vem aqui vem- disse me puxando pela cintura e me enchendo de beijo- senti saudade- disse bem baixinho no meu ouvido.
Eu: Vocês estão bem? Já acabou?
LV: Sim, todo mundo bem. Mas não acabou ainda, não pegamos o Eduardo, ele viu que tava dando merda pro lado dele então recuo antes da gente achar ele.
Eu: Meu deus e o Gui?
Rh: Ele fico puto, pego o carro e saiu do morro. Vocês tinham que ver o Gui, ele tava dessesperado, não falava com ninguém, ficava no canto dele falando consigo mesmo, matava o primeiro que via, dava do da sombra que aparecesse no caminho dele.
Luisa: Por que vocês deixaram ele ir? Ele não pode fica sozinho agora.
Eu: É melhor ele fica sozinho, Gui acabou e perder o amor da vida dele na sua frente, ele precisa analisar tudo direto na cabeça, alguém por perto agora ele vai reprimir tudo. Melhor deixar ele um pouco.
LV: Ei, vamo pro quarto?
Eu: Vamos.
Peguei meu travesseiro que tinha jogado no chão e fui atrás dele. Entramos no quarto e ele pegou no meu braço e foi me puxando devagar até a cama de cabeça abaixada.
Eu: Ei...- ele balançou a cabeça devagar e eu resolvi não fala nada.
Ele me sentou na cama e me abraçou me fazendo deitar, ainda não olhando pra mim ele me apertou e começou a chorar em meio aos soluços
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Coração De Um Traficante
Teen FictionMeu nome é Hemilly, tenho 20 anos e sou digamos que não tenho a vida mais fácil do mundo. Meu pai é o melhor do mundo pra mim, só que ele é assim só pra mim, eu aprendi muitas coisas com ele, como não confiar em ninguém. Bem, digamos que ele não é u...