Funeral

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Marcela on

Vx: Todas as ruas estão limpas, os que ficaram estão na salinha da tortura.

Eu: Ok, amanhã eu falo com o LV e ele vê o que faz com eles- ele assentiu e saiu.

Entrei na sala do LV e peguei um whisky que estava em cima do criado mudo, me joguei no sofazinho e fiquei bebendo pra tentar me acalmar. Meu vestido que chegava até os pé estava rasgado até o joelho e sujo de sangue igual uma parte do meu rosto.

Participar dessa invasão me fez perceber que eu não sentia nenhuma falta disso.

André: Você tá aqui- fala entrando- como você tá?

Eu: Tô bem, só tô cansada. Não foi fácil- ele pegou o whisky da minha mão e se sentou do meu

André: Isso nunca é fácil- disse e virou a garrafa de whisky.

Peguei a garrafa e virei meu corpo de frente pra ele.

Eu: Você era muito amigo do Rato?

André: Era difícil não ser. No meu primeiro dia aqui ele foi quem mais teve paciência pra me ajudar.

Eu: Como ele era?- disse e ele virou pra mim e torceu o nariz- eu não conheci muito ele,já falei algumas vezes quando eu passei um tempo aqui, mais não durava mais de dez minutos. E agora que eu voltei, com a invasão do Eduardo eu fiquei muito ocupada pra fazer muitos amigos por aqui.

André: É uma pena, ele era incrível.

Disse sorrindo provavelmente tento uma lembrança engraçada.

André: No meu primeiro dia o LV me mandou vender algumas drogas e...- disse jogando a cabeça pra traz rindo- eu tinha passado a maior parte do dia vendendo, só tinha sobrado um pouquinho. Quando eu cheguei na boca só tava eu e o Rato lá, então a gente pegou um pouco da droga e nos dois ficamos chapadão. No dia seguinte, eu e ele tava jogados na cadeira e na mesa do Lv com três putas peladas no sofazinho.

Eu: Credo!- me levantei do sofazinho e ele soltou uma risada alta- nojento.

André: Você se impressionaria se soubesse a quantidade de trepada que já teve nesse sofá.

Eu: Tanto faz- disse pegando a garrafa da mão dele e indo até a porta.

André: Onde você vai?

Eu: Pra casa, vou tomar um banho, comer alguma coisa e encher a cara até dormi.

André: Ok, vou acabar tudo aqui e depois te faço companhia-semicerrei os olhos e ele sorrio preguiçoso.

Eu: Tchau, qualquer coisa se quiser conversa sobre o Rato...

André: Eu falo com você, pode deixar- deu uma piscada então sai.

Lv on

Dois dias depois...

Dois dias se passaram e todos no morro estavam em luto, Rato não era qualquer pessoa a aqui, ele era incrível, falava com todo mundo, sempre humilde e sempre tentava ajudar alguém. Hoje é o funeral dele, RH e eu que organizamos tudo, Gui não apareceu desde que saiu com o carro, ligamos pra ele, mas ele não atende nenhuma das ligações. Hemilly tá muito preocupada com o Gui, ela mandou uma mensagem pra ele sobre o velório mas ele não respondeu.

Não queria nem fodendo, mas depois da invasão eu precisava trabalhar, mesmo só querendo fica na cama e nos braços da Hemilly. No dia da morte do Rato ela fico comigo e não saiu pra nada, me ajudou no banho, fez comida pra mim e ficou fazendo carinho enquando eu chorava.

Me levanto e vou até o banheiro, tomo banho, faço minhas higienes, passo perfume e coloco essa roupa:

Me levanto e vou até o banheiro, tomo banho, faço minhas higienes, passo perfume e coloco essa roupa:

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Hemilly: Bom dia- disse se levantando enquanto eu saia do banheiro.

Eu: Bom dia amor- beijei ela- tô te esperando lá embaixo tá bom?

Hemilly: Tá bom- disse indo até o banheiro.

Desci e fui direto pra cozinha, fiz um café da manhã pra mim e pra Hemilly já que a Sônia não estava aqui agora.

Luisa: Oi, já estão prontos?- disse entrando com o RH logo atrás.

Eu: Estamos, só estou esperando a Hemilly.

Hemilly: Oi, tô aqui.

Hemilly:

Hemilly: A Alice vai?

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Hemilly: A Alice vai?

Luisa: Não, deixei ela em casa com a Ester.

RH: Vamos?

Eu: Vamos.

Coração De Um TraficanteOnde histórias criam vida. Descubra agora