André on
Estava tudo pronto, arrumei a casa, tomei um banho longo, coloquei a minha melhor roupa - se bermuda e regata forem uma melhor escolha de roupa-.
Pedi uma comida pelo Ifood e depois de ter esquentado no microondas eu coloquei no prato do lado do vinho.Depois te ter brigado com a Agatha eu resolvi fazer o máximo, mudar por ela, ser o cara que ela quer. Vou dar tudo que ela merecer. Desci correndo quando ouvi a campainha, abri a porta e vi aquele sorriso que eu amava.
Agatha: Oi, achei que não ia mais me ligar.
Eu: Achei que não ia atender- dei passagem e ela entrou.
Agatha: Isso é pra mim?- ri quando vê a mesa.
Eu: Claro- disse indo atrás da cadeira e puxando- madame?
Agatha: André o que você tá fazendo?
Eu: Cala a boca madame e vem se sentar logo.
Agatha: Quanta graça- fala se sentando- e o que temos para hoje senhor?
Eu: Macarrão com salsicha, madame, acompanhados com vinho- pego o mesmo- servida?
Agatha: Sim senhor, muito obrigada.
Eu: Muito de nada- voltei a me sentar.
Hemilly on
Eu: Eu posso explicar.
Lv: Não, você não só pode me explicar como você vai me explicar. Por que caralhos você tá assim?- eu não respondi- foi por causa do jantar? Foi porque eu enfrentei ele?- disse e eu continuei sem dizer nada- porra Hemilly fala comigo!
Sônia: Calma LV.
Lv: Calma?! Calma é o caralho porra, ninguém encosta nela Sônia. Então não me pede pra ficar calmo- pegou a Glock da cintura e ficou contando as balas.
Eu: O que você tá fazendo?
Lv: Agora resolveu falar?- ele me olhou bravo- por que não quer falar comigo?
De novo eu não respondi, não porque eu não queria, mas porque eu não sabia como.
Lv: Tá bom Hemilly
Eu: Onde você vai?
Lv: Resolveu falar?
Eu: LV não- fecho a porta- você não vai conseguir nada com isso.
Lv: Matar ele já é o suficiente.
Eu: Não, não é assim que funciona aqui.
Lv: Aqui? Eu tô pouco me fudendo pra como vocês resolve as coisa Hemilly.
Eu: LV por favor guarda essa arma e vamos conversa- falo e ele fica me olhando por alguns minutos- por favor LV.
Sônia: LV escuta ela- ele resolve guardar a Glock e subir as escadas até o nosso quarto.
Lv: Você tem dez minutos.
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Respirei fundo antes de entrar no quarto. Lv estava de pé com os braços cruzados e com uma cara de pouco amigos, ele tava fazendo tanta cara de bravo que eu temia que uma verruga nascesse na ponta do nariz.
Lv: Começa- falou interrompendo meus pensamentos.
Eu: Eu já resolvi tudo, já tá tudo sob controle.
Lv: Sob controle? Hemilly você tem um corte perto do peito, não tá nada sob controle- sua voz estava tão grave que me assustava um pouco- porra, não sei te explicar o quanto eu não queria que você saísse do morro.
Eu: Mas eu tive, meu pai queria essa vida pra mim.
Lv: Nunca, o homem que atirava em qualquer um que chamava você de puta nunca iria querer isso pra você- fala sentando na cama batendo o pé.
Eu: Eu ia te contar.
Lv: Quando? Quando a gente já estivesse longe o suficiente do filha da puta?
Eu: LV porra para- disse quase gritando até que olha bem para mim e fala o mais calmo possível.
LV: Descupa, é que meu sangue ferve só de te ver machucada desse jeito- passa a mão pelo rosto e continua- Hemilly só fala a verdade pra mim amor, tá bom?
Eu: Eu vou.
Lv: Foi ele? Foi o Augusto que fez isso com você?
Eu: Foi, eu fui uma burra e me descuidei. Ele me chamou para ver algumas entregas de drogas que ele estava estranhando e eu fui.
Lv: E os seus capangas?
Eu: Ele disse que ia ser rápido e então eu deixei eles na sala.
Lv: Hemilly amor você nunca se separa dos seus capangas, nunca cassete.
Eu: Eu sei, agora eu sei, desculpa- me sento irritada comigo mesmo- ele só fez isso pelo o que você falou na festa de ontem, ele queria me mostrar quem mandava.
Lv: Eu vou matar aquele desgraçado.
Eu: Amor não é assim, aqui não é o morro, aqui as coisas não só acontecem no Brasil como que quase no mundo todo. Eu não posso simplesmente mandar um monte de gente armada pra casa dele e meter bala em geral sem ter uma ferida aberta.
Lv: Então você quer que eu faça o que?
Eu: Quero que você espere, e me escuta.
Lv: Vai deixar aquele cara de boa depois do que ele fez?
Eu: Eu não disse isso, eu vou me vingar, mas do meu jeito.
Lv: Que jeito?
Eu: Silencioso, estratégico e o mais doloroso possível- fui até ele e dei um beijo- tá comigo?
Lv: Você tem noção do quanto tá me doendo ver esse roxo no seu braço?
Eu: Tenho meu amor.
Lv: Me promete que isso não vai acontecer de novo?- disse sério passando a mão pelo corte perto do meu peito.
Eu: Amor eu não tenho controle sobre o que acontece...
Lv: Por favor, já me dói saber que eu não vou sempre estar lá pra te proteger, pelo menos promete que vai tomar mais cuidado.
Eu: Prometo.
Lv: Então também prometo, mas eu juro que se eu ver esse cara de novo ele é um homem morto.
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Coração De Um Traficante
Teen FictionMeu nome é Hemilly, tenho 20 anos e sou digamos que não tenho a vida mais fácil do mundo. Meu pai é o melhor do mundo pra mim, só que ele é assim só pra mim, eu aprendi muitas coisas com ele, como não confiar em ninguém. Bem, digamos que ele não é u...