Hemilly on
Maratona: 01/ ??
O funeral foi cheio e longo, o que o LV mostrava pra mim no quarto ele não tava mostrando aqui, ele reprimiu tudo só pra ele, somente me abraçou o funeral todo e ficou olhando o amigo em um caixão enquanto o padre falava.
Engoli em seco a procura do Gui mais não estava vendo, parecia que a metade do morro estava aqui para o enterro do Rato. Saber se o Gui estava ou não aqui era a grande questão.
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Cheguei do enterro e corri para o banheiro com a Sônia e o LV indo logo atrás de mim.
Abri a porta do banheiro, me ajoelhei e joguei todo o meu o meu café da manhã pra fora.
LV: Tá bem?- disse enquanto segurava meu cabelo.
Eu: Tô.
Sônia: Vou preparar alguma coisa pra vocês.
LV: Não precisa Sônia, aliás, pode tira o dia de folga. Deixa que eu cuido de tudo.
Sônia: Ok patrão- sorrio de canto e saiu do banheiro.
Saí de perto da privada e sentei encostando as costas na parede e tampando a boca.
Eu: E você? Como você tá?- disse e ele se levantou e pegou na minha mão me ajudando a levantar.
LV: Tô bem- deu uma piscada e depois sorrio de canto- quer que eu prepare algo? Olha, não quero me exibir mas eu sei fazer o melhor estrogonofe do mundo.
Eu: Hum, só quero ver.
LV: E vai prometo- disse indo até a porta- mas, como eu não quero me exibir muito, eu deixo você fazer o arroz.
Eu: Por que? Você deixa papa né?- disse e ele fingiu indignação.
LV: Dá pra você respeitar minha papa?- ri e ele também- termina tudo aí que o meu estrogonofe vai estar te esperando.
Eu: Ok.
Tomei um banho longo, escovei os dentes, coloquei essa roupa e desci logo que minha barriga começou a gritar:
Eu: Nossa que cheiro bom.
Lv: Óbvio.
Eu: Da um pedaço?
LV: Não, vai fazer o arroz.
Eu: Já já faço.
LV: Arroz.
Eu: Eu tô carregando o seu filho por 6 meses e não ganho um pedacinho?- disse fingindo que ia chora.
Tá que isso era golpe baixo, mas como ele sabia que minhas emoções estavam a flor da pele as vezes eu enganava o LV um pouquinho da consegui o que eu quero. LV não sabe lidar com mulheres chorando então fazia o possível pra não fazer uma chora.
Eu: Quando você paro de me amar?
LV: Ahh, pega logo mulher- disse e eu fiz biquinho.
Eu: Por que você tá gritando comigo?- disse colocando a mão na boca.
LV: Calma, era brincadeira meu amor- disse me abraçando- pode pegar um pouco tá bom?- disse e eu assenti.
Meu deus que pecado.
Marcela on
Não falei com o André desde a invasão, ele sempre vai cedo pra boca e de noite ele vai direto pro quarto ou as vezes nem volta pra casa.
Credo, por que eu tô me importando? Idai, ele é adulto, tem a namorada na qual deve estar ajudando ele a passar pelo luto, então porque me importar? Ele deve estar bem.
Me joguei na cama morta de cansaço, peguei meu whisky e minha pipoca do criado mudo, liguei a tv e fiquei assistindo sei lá o que estava passando.
Luisa: Oi- disse abrindo a porta devagar- você tá bem? Não atendeu nenhuma das minhas ligações nem as da Hemilly.
Eu: Desculpa, acho que só quero fica um pouco sozinha. E como você tá?
Luisa: Estou bem- fala mostrando um sorriso um pouco triste- eu vou estar em casa, se quiser conversa é só me liga.
Eu: Pode deixar- disse e ela saiu sem fechar a porta.
Ahhhh Luisa! Que raiva.
Me levantei e fui em direção a porta, quando fui fecha a mesma um pé aparece impedindo.
Eu: Oi?- disse e ele entrou.
André: Achei que queria fica sozinho mas não quero, perdi uma pessoa muito importante e preciso de alguém comigo agora. Agatha não para de falar da porra da unha dela que quebrou e você disse na sala do LV que se eu precisasse conversa eu tinha você. Tava falando sério?
Eu: Sim, claro.
André: Ótimo- disse dando um sorriso cansado.
Eu: Olha, na verdade eu não sou boa em dar conselhos. A última vez que eu dei um conselho pra uma amiga eu acabei dizendo que era bom o gato dela ter morrido porque se ele foi atropelado era porque ela era péssima dona- disse e ele riu alto.
André: Meu deus Marcela!
Eu: Eu tinha 12 anos, ela não parava de chora e eu tava apavorada pra ajudar ela- disse rindo junto.
André: Tudo bem, só preciso encher a cara e de companhia- disse apontando pro whisky jogado na minha cama.
Eu: Ótimo, nisso eu sou boa.
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Coração De Um Traficante
Teen FictionMeu nome é Hemilly, tenho 20 anos e sou digamos que não tenho a vida mais fácil do mundo. Meu pai é o melhor do mundo pra mim, só que ele é assim só pra mim, eu aprendi muitas coisas com ele, como não confiar em ninguém. Bem, digamos que ele não é u...