Era madrugada.
Depois de comerem uma tábua de queijos e beberem um bom vinho, Anahí e Alfonso foram dormir cada um em seu respectivo quarto.
Durante o tempo que passaram juntos nenhum tipo de contato físico de fato aconteceu, mas isso não quer dizer que a tensão sexual não estava lá. Porque ela estava.
A todo momentos esbarrões acidentalmente aconteciam, Anahí bebia seu vinho como se estivesse de fato pronta para dar o bote, Alfonso a olhava pronto para ser picado.
Quando voltaram para os quartos, foi um custo conseguir pegar no sono. Os dois estavam cheios de tesão, a química cerebral que ambos tinham era inacreditável, bastava um olhar para perderem a cabeça, só Deus sabe como conseguiram não se agarrar até agora.
Anahí não havia conseguido pregar o olho até agora, se sentirem quieta, seu corpo todo suava e sentia seu ponto mais sensível pulsar desejando algo a mais do que uma simples troca de olhares.
Ela tinha um plano em mente, e queria executá-lo, mas talvez não fosse tão fácil assim, ela não esperava que o que o principal fator que fosse atrapalhar, seria seu próprio corpo sedento.
Na ponta dos pés saiu de seu quarto e se deparou com a porta semi-aberta do quarto de Alfonso, com um sorrisinho no rosto sussurrou para si mesma "REALMENTE IMPREVISÍVEL ANAHÍ" a loira terminou de abrir a porta do quarto do moreno e voltou para o primeiro andar da casa, manteu todas as luzes apagadas, a única claridade era vinda da lua que estava cheia no céu.
Anahí pegou seu celular e conectar ao Bluetooth do assistente virtual presente na sala. Colocou os primeiros acordes de um certo tango para tocar.
Ela começou a se mover de acordo com o ritmo da música, se tinha uma coisa que Anahí amava era dançar tango, era o estilo de música e dança que a definia perfeitamente.
Não é à toa que Alfonso ficou tão encabulado com ela no dia em que se conheceram, Anahí e tango é uma mistura rede certa darem alguma explosão.
Alfonso estava dormindo levemente quando começou a ouvir sons de violino vindo da parte de baixo da casa, ironicamente não ficou surpreso, sabia que com Stormy Harondale perto, nada era previsível.
O moreno usava uma calça de moletom preta um pouco frouxa no quadril definido, estava sem camisa devido ao calor que seu próprio corpo emanava, lentamente desceu as escadas e se deparou com uma cena que fez seu pau latejar instantaneamente.
A loira usava um baby doll azul claro, da mesma cor que seus olhos enquanto movia seu corpo no ritmo da música que tocava.
-Conhece a história dessa música Alfonso?- Anahí perguntou ainda de costas para ele, apenas movendo seu corpo lenta e sensualmente.
-Sei apenas que é Moulin Rouge- o homem falou dando de ombros fascinado com a popa redondinha e pálida da bunda dela para fora do baby Doll.
-Roxanne- a loira falou com a voz arisca se virando bruscamente para direção de Alfonso e andando compassos perigosos até ele- É um tango comum nos bordeis de Buenos Aires, uma história que acontece corriqueiramente sob os olhos de todos, mas poucos de fato enxergam- ela chegou à centímetros do corpo forte dele- Essa é a história de uma prostituta. E de um homem.
O tom de voz que a loira usava era embriagante, o olhar determinado e sensual era combustível para Alfonso que se encontrava completamente hipnotizado por ela. Ela de veras era uma sereia. E pelo jeito já tinha um pescador em sua rede.
-Um homem apaixonado- ela tocou o peitoral desnudo do moreno que já tinha sua respiração desregulada e os lábios presos nos próprios dentes- Apaixonado pela prostituta- ela falou com um pequeno sorriso de canto, suas mãos ágeis passavam por todo o peito e barriga de Alfonso.

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Perigosa Obsessão
Novela Juvenil"Roxanne Você não tem que colocar essa luz vermelha Caminhar pelas ruas por dinheiro Você não se importa se isso é errado ou se é certo" Eles dançavam compenetrados, a única luz era proveniente da lua no topo das montanhas geladas de Aspen, as respi...