03. Somos perfeitos

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Os olhos do alfa estavam ainda mais arregalados que os da híbrida. Tanto seu coração, quanto o de Nayeong batiam rápido, esmurrando a caixa torácica.

Sentando-se em frente a Choi, Jungkook colocou as mãos em cima da mesa. Encarando os olhos arregalados da jovem, analisando o peito que subia e descia e as mãos trêmulas que seguravam o livro com força.

Jungkook suspirou. Ele não queria causar nenhum dano, ele não queria ferir os sentimentos alheios e muito menos despertar gatilhos. Nunca foi sua intenção e sua ação desesperada causou o que ele menos desejava causar.

— Eu não queria ter fugido, Nayeong. — Os olhos tornaram-se cabisbaixos e Jungkook simplesmente falava manso. Como se estivesse com medo das próprias palavras. — Eu não consigo entender o que está acontecendo.

— Se você não consegue entender, deseja que eu entenda? Alfa, eu não sei o que se passa com você. Mas, nós não somos iguais. — Suas palavras pareciam duras, mas, a voz de Nayeong era terna e paciente. — Por que disse que havia tido um imprinting comigo?

— Porque eu de fato tive um imprinting com você, Nayeong. — Até lá, as formalidades haviam sido jogadas ao vento. Os tratamentos eram como se os dois fossem íntimos, mas, não era bem assim que funcionava.

Contudo, a relação de professor e aluna sempre se persistiria dentro dos muros do colégio. Fora deles, eram apenas pessoas comuns.

Nayeong em sua vez, negou. O sorriso desacreditado e a faceta descrente das palavras do outro. Como alguém como ele, poderia ter um imprinting com alguém como ela? Sua cabecinha, mesmo que ultrapassada o suficiente para sua idade, ainda residiam inseguranças e medos que ela não conseguia se livrar.

— Você não pode ter imprinting por mim, Jungkook. Eu não, isso é.. — Gaguejou. Desacreditada, diante do olhar esperançoso do outro. Nayeong não conseguia entender o porquê, estava achando que era uma piada de mau gosto vinda do outro. — As pessoas não costumam ter nada, quando se trata de mim. Você me entende? Então, entende que não consigo compreender suas palavras e sequer acreditar nelas. Acho apenas que está brincando comigo, eu não tenho tempo para brincadeiras.

— Eu entendo. Mas, apenas me ouça. — Pediu. Os olhos redondos e bonitinhos, brilhavam em uma esperança que Nayeong não conseguia entender.

Por que ele estava tão esperançoso?

— Tudo bem, tudo bem.

— Os lupinos vermelhos são vistos como errados, você lembra? — Jungkook sorriu. Os olhos ainda mais brilhantes e esperançosos. Dentro de toda uma divagação, ele mais do que ninguém sentia o que era exclusão.

Nayeong não estava sozinha nesta. Jungkook falava a verdade. A Choi não conseguia acreditar em sua pessoa, mas, apenas o professor tinha ciência de como era se sentir como ela.

PASSION | JJK&MYGOnde histórias criam vida. Descubra agora