X [NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES DESSA OBRA] X
[CONCLUÍDA] No auge dos seus dezessete anos, Choi Nayeong precisou fazer muitas escolhas em sua vida. Muitas delas, nada fáceis. Contudo, todas as suas escolhas lhe levaram para uma consequência. Sendo elas, bo...
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DOIS DIAS DEPOIS
— Você tem uma tatuagem bem bonita, Jungoo. — Talvez, apenas talvez, eu tenha sentido as minhas bochechas corarem o suficiente para que eu olhasse para o lado.
Ouvi Nayeong rir, enquanto se ajeitava em cima das minhas pernas. Já que ela estava sentada sobre elas, e eu tampouco notei seu peso. Devido ao sono pesado e o cansaço dos dois dias passados. Ela estava com os cabelos soltos e a cara amassada por ter acabado de acordar e ainda estar vegetando sobre o que faria da vida.
Eu não poderia fazer muitas coisas, nem mesmo os exercícios que eu costumava fazer sempre que tinha tempo. Já que a anemia pela qual eu estava me tratando, era forte o bastante, para tirar toda a minha disposição e acabar com absolutamente tudo de determinação que restava em mim.
Mesmo ameaçando sair ou pegar meu notebook, Yoongi o confiscou. E não só meu celular, como absolutamente tudo que possa envolver minhas redes sociais ou relatórios de trabalho. Ou seja, tudo, incluindo meu celular. Durante 15 dias. E ainda estávamos no terceiro dia.
Não podia evitar me sentir decepcionado em não poder trabalhar. Mas, de toda maneira, me afastar um pouco daquele local era bom. Me ajudaria a esquecer o que aconteceu no hospital e me colocaria ainda mais perto deles. Das duas pessoas pelas quais eu escolhi para passar o resto de minha vida.
Meu lobo estava feliz com aquilo, eu podia sentir. Mas, a minha mente, estava distante por motivos óbvios. A cabeça cheia de coisas que eu não poderia lutar contra, assim como as recentes lembranças da minha quase morte.
Mas, Nayeong fazia questão de manter um sorriso lindo em seus lábios. Analisando as possibilidades e as recentes lembranças, vê-la sorrir é revigorante.
— ... então, foi assim que aconteceu. — Pisquei algumas vezes, encarando Nayeong que tinha os braços cruzados, percebendo que eu não estava prestando a atenção no que ela dizia.
Eu ri.
— Me desculpe, desculpe. — Sorri, tentando aliviar minha culpa com um sorriso. Ela negou, dando um tapa fraco na minha testa.
— Yoongi disse para eu forçar você a comer o que ele deixou preparado. — Apontou para a bandeja, que estava em cima da mesinha.
— Não quero.
Nayeong riu.
— Deus guarde sua alma, porque se Yoongi descobrir que você disse isso, ele vai te matar. — Nayeong sorriu, se levantando de cima das minhas pernas, para alcançar a bandeja e colocá-las sobre onde estava sentada a segundos atrás.
E de novo, eu neguei. Não estava sentindo o mínimo de fome. Talvez, devido a minha indisposição e as ainda recentes lembranças me prendessem naquele limbo. Ao qual, eu desejava ficar, até que tudo melhorasse e eu pudesse voltar a ser o mesmo Jungkook empresário.
