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Gabriel narrando.
Estava deitado na minha cama quando Gabrielly bateu na porta e entrou no quarto.
Gaby: Oi, trouxe cookies... —Nesses dias, Meu relacionamento com a Gaby melhorou muito. Todas as noites, eu invadia o quarto dela e assistíamos algum filme até que ela pegasse no sono em meus braços, o que não demorava mais de uma hora. Gaby fazia de tudo pra me agradar e me deixar confortável. Meu coração não me dava descanso... Depois da morte do Gs, Gaby não saiu do meu lado nem por um minuto, ela estava fazendo de tudo pra que eu não me sentisse mal.
Gabriel: Tá com um cheiro ótimo. —Me sentei esperando ela fazer o mesmo.
Gaby: Acho que me superei nesses... —Sorriu enquanto se sentava ao meu lado e colocava o prato de cookies em cima das coxas. Gaby deitou a cabeça no meu ombro e assistiu a TV enquanto eu a assistia.
Ok, esse sentimento estava me sufocando e eu nunca sei o que esperar dela. Não sei se sou correspondido ou se ela me vê apenas como o irmão arrogante e babaca. Sempre que penso em tomar uma iniciativa, parece que ela sente o que estou prestes a fazer e me afasta...
Gaby: Não vai comer? —Fixou seu olhar no meu enquanto apontava para suas coxas. Minha respiração acelerou rapidamente quando levei minha mão até uma mecha de seu cabelo e o coloquei atrás da sua orelha.
Gabriel: Só se você deixar. —Soltei. Gaby franziu as sobrancelhas não entendendo. Desci meu olhar para seus lábios perfeitamente desenhados indicando o que queria. Gabrielly abriu levemente os mesmos quando finalmente entendeu minha investida e mordeu o lábio inferior. Foda-se era a porra do sinal. Grudei nossos lábios.
Gaby se afastou assustada.
Gaby: Por que fez isso? —Gaby saiu da cama e cruzou os braços timidamente.
Gabriel: Por que eu quis. —Levantei e fui até ela.
Gaby: Não pode sair beijando as pessoas só por que quis! —Franziu as sobrancelhas e deu um passo pra trás quando cheguei na sua frente.
Gabriel: Achei que você estava a fim... —Ok, isso está muito constrangedor. Abaixei a cabeça e me sentei na cama.
Gaby: Achou errado. —Levantei o olhar quando Gaby se virou e saiu do quarto. Que merda! Me joguei na cama enquanto me xingava mentalmente.
A tarde passou e Gabrielly não voltou mais, e eu também não fui atrás por mais era isso que meu subconsciente estava constantemente me mandando fazer. Achei que eu lhe devia um pedido de desculpas, mas pelo o que? Por ter atendido as minhas vontades? Talvez se eu declarasse que colocasse as cartas na mesa? Mas Gabrielly é certinha demais, nunca iria querer embarcar em um relacionamento com seu "irmão"....
Balancei a cabeça e puxei meu celular do bolso. Ainda não sabíamos onde a Carol estava, nem desconfiávamos de um suposto lugar, mas estávamos trabalhando nisso.
Arthur mandou mensagem falando sobre o enterro do Gs que seria no domingo às 16:00. Ele também descobriu que teria algumas emissoras para cobrir o funeral.
Embora não tivessem achado o corpo, Tia Joyce (mãe do Gs), queria enterrar toda aquela história de uma vez. Literalmente...Mordi o lábio quando senti que as lágrimas queriam voltar. Ainda não caiu a ficha, não dá pra acreditar que o Gs realmente se foi e a Carol ainda ficou com a culpa de tudo. Eu não fazia a mínima ideia de onde meu amigo estava, se ele tinha fugido ou não.
Depois de todo o nosso esforço pra acabar com aquele pesadelo... Não conseguimos... Não conseguimos por o ponto final na história e eu tinha a leve impressão de que a morte do Gs não era o fim. Enxuguei as lágrimas, peguei a chave do carro e corri pra casa do Arthur.

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DYNASTY - Babitan
Fiksi PenggemarBárbara Passos é a novata intercambista da faculdade. Não se sabe muito sobre sua história, e ela nunca fez questão que soubessem. Carolina Voltan é a famosa badgirl da cidade: rica, mimada e mesquinha. São os adjetivos usados para identi...