Capítulo 20

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O grupo conversou por horas e horas, o sol já tinha aparecido quando o pessoal deixou a casa da Babi. Victor e Arthur entraram no carro e sumiram na estrada. Gaby e o Bak também, embora um não falasse com o outro ainda. Natty e Rodrigo estavam o tempo todo se alfinetando, Lia já estava de saco cheio... Victor ajudou a Babi a arrumar a bagunça que ficou no local.

Babi: A Lia e a Gaby me pegaram de surpresa... Tem certeza que foi uma boa contar para elas?

Carolina: Tenho... A Gaby atua super bem, e a Lia é uma ótima distração... Já tenho todo um plano aqui. -Apontou para a própria cabeça.

Babi: Uh, Tudo bem... Espero que dê tudo certo... -Disse. A aflição em seu tom de voz era bem notável. Carolina se jogou no sofá.

Carolina: O que é isso? -Puxou a menina para si e passou os braços pela cintura da Babi.- Coelhinha está preocupada comigo? -Disse enquanto repousava a cabeça na barriga dela. Babi ergueu a sobrancelha, tentando fingir que estava brava quando na verdade estava se segurando para não rir.

Babi: Sai daqui, camaleão. -Sorriu.

Carolina: Hm... Eu gosto desse local. -Olhou para a região íntima da menina. Babi se arrepiou e mordeu os lábios...

Babi: Tá legal... Vou dormir. -A menor se desvencilhou dos braços do garoto e se dirigiu até a porta de seu quarto. Carolina bufou e se ajeitou no sofá.- Pode vim para minha cama se quiser... -Soltou. A maior se colocou de pé em um pulo e praticamente correu até o quarto da garota.- Mas é só pra dormir!

-

Natty e Rodrigo estavam discutindo dentro do carro enquanto Lia se afastava disfarçadamente e tirava o celular do bolso. Finalmente... A loira discou o número enquanto torcia para que ninguém percebesse a sua ausência.

Xxx: Corray? O que foi? Sabe que horas são...

Lia: Cala a boca e me escuta. Eu achei ela. Sei aonde a Carolina está, PH!

[Babi narrando...]

Após vários minutos rolando pra lá e pra cá na cama, eu levantei e sentei. Tinha dias que a saudade que eu sentia do meu pai era sufocante. Eu passava horas e horas chorando e tentando voltar até aquele dia... Talvez se eu não tivesse tão assustada, poderia ter pedido pra ele se acalmar e não estaríamos na estrada... Talvez se eu o tivesse mantido em casa, ele estaria vivo hoje...

Só percebi que estava chorando quando senti meu corpo soluçar.

A cama se remexeu e senti uma mão afagando minhas costas.

Carolina: O que aconteceu? Você está bem? -Sussurrou calmamente ao meu ouvido, seu peito colando com as minhas costas e seus braços contornando minhas costelas.

Babi: Sim, sim está tudo bem... Eu só... Só lembrei do meu pai. -Voltan se encostou na cabeceira da cama e me deitou no seu peito.-

Carolina: Também sinto falta dele...

Babi: Me conta, como era a relação de vocês? -Levantei o rosto e grudei meu olhar no seu.

Carolina: O seu pai era muito amigo do meu avô, eles viviam juntos. O meu avô também era advogado, eles se entendiam bem. Até que o meu pai se enfiou em umas merdas, eu era uma criança ainda e o Travis cuidou do caso do meu pai com muita dedicação, por isso que ele vivia lá em casa com a gente. Eu cresci com o seu pai, ele era a minha figura paterna, já que o meu pai ficava mais preocupado com o trabalho do que comigo. O seu pai me levava pra passear, íamos à praia, ele assistia todos os meus jogos do colégio, me aconselhava com as meninas, foi ele que bancou o meu primeiro encontro com a menina que eu gostava na oitava série. -Riu.

DYNASTY - BabitanOnde histórias criam vida. Descubra agora