Capítulo 7

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Não me lembro como a conversa terminou, mas de manhã eu mal conseguia ficar com os olhos abertos de tanto sono.

Levantei e tomei um banho. Estava preparando as coisas pra ir ao mercado quando passei pela sala e encontrei a Carolina dormindo no sofá. Um lado meu ficou feliz por que ela finalmente conseguiu descansar depois da noite terrível de ontem. ⁣⁣⁣⁣
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Na fila do caixa as pessoas não paravam de comentar sobre o "assassino". Era bem desconfortável. Quando voltei do mercado ela já estava acordada. ⁣
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Babi: Comprei macarrão e carne moída... ⁣⁣⁣⁣
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Carolina: Beleza, eu sei fazer isso. —Ri enquanto me sentava no banquinho para observá-la. Eu ia indicando onde ficava cada coisa ao decorrer da preparação do almoço. Carolina fez toda a comida e nem pediu ajuda. Na verdade, ela nem pareceu precisar... Sabia exatamente o que, e como fazer.

Assim que ela acabou, nos serviu e se sentou na minha frente no balcão. Comemos em um silencio confortável. ⁣⁣⁣⁣
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Babi: Meu deus, que talento... Isso estava MUITO BOM!⁣⁣⁣⁣
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Carolina: É... — A mesma não parava de olhar meus lábios enquanto eu chupava meus dedos sujos de molho.
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Babi: Aprendeu sozinha? ⁣⁣
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Carolina: Minha avó me deixava cozinhar com ela quando eu era criança.⁣⁣⁣⁣
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Babi: Ela deve ser uma mulher incrível, né?⁣⁣⁣⁣
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Carolina: Ela era... —Entendi. Era e não é. ⁣⁣
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Babi: Sinto muito... —Tentando fugir do assunto, levantei rapidamente e coloquei nossos pratos na pia. O clima ficou bem estranho depois da conversa, não queria ficar ali e aguentar aquela barra. Fui para o meu quarto e passei o resto do dia lá.

Já se passava das 19:00 horas e eu não conseguia parar de pensar sobre o envolvimento do meu pai em toda aquela história... Ele nunca disse nada sobre a Carolina ou qualquer coisa relacionada ao trabalho que tinha aqui em Chicago. Sabia que era o sonho do meu pai que eu estudasse na mesma faculdade com ele e seguisse seus passos, e era isso que eu estava fazendo. Mas o que ele escondia da gente? Por que estava envolvido nisso? Fui retirada de meus pensamentos com batidas leves na porta. ⁣

Carolina: Babi? —Levantei e abri a porta. - Quer assistir um filme?⁣

Babi: É, pode ser... —Seguimos até a sala. Deitei no sofá enquanto Carolina sentava no chão. Ela começou a trocar os canais. ⁣

Babi: Esse é maravilhoso! Coloca. —Gritei entusiasmada. ⁣

Carolina: Mas é de terror... —Me olhou enquanto eu sorria maliciosamente. ⁣

Babi: Por isso mesmo! Vai dizer que tem medo, Carolina Voltan?⁣

Carolina: Medo? Não... — riu desconfortável enquanto colocava o filme. Na metade do filme Carolina já agarrava a almofada desesperadamente. Estiquei a mão e passei os dedos suavemente pela sua nuca, a menina pulou de susto enquanto gritava. Cai na gargalhada.

Carolina: Porra! Não teve graça. ⁣

Babi: Ah, pode ter certeza que teve sim. —Ri enquanto observava Carolina emburrar a cara e se sentar mais afastada. — Olha a bebezinha emburrado, tadinha... —Sai do sofá e fui em sua direção, impliquei tocando em seu nariz enquanto fazia voz de bebê.⁣

Carolina: Sai daqui. —Bateu na minha mão. Revirei os olhos, ainda achando graça e voltei para o sofá. Carolina cruzou os braços e desviou o olhar pra TV. Revirei os olhos e levantei pra voltar pro sofá quando senti um puxão na minha cintura que me fazendo cócegas. Gritei e me debati, tentando sair de seu aperto.⁣

Carolina: Para de fazer drama, garota. —Repetiu minha fala enquanto eu me contorcia como uma desesperada no chão. E então meu telefone começou a tocar. Carolina e eu nos levantamos rapidamente e eu corri pra atender.⁣

Babi: mãe? —Disse quando seu rosto sorridente apareceu na pequena tela.

Camilla: Oi, filha... Tá tão emocionada assim ao me ver? —Minha mãe riu.

Babi: Emocionada? Ahn? Como assim?

Camilla: Tá ofegante, com a bochecha vermelha, toda descabelada... Oh meu Deus! —Gritou e levou às mãos a boca. –

Babi: O que?!

Camilla: Tá com alguém aí, né?

Babi: Como? —Arregalei os olhos e Carolina tapou a boca tentando segurar o riso.

Camilla: Fala a verdade pra sua mãe. Tem alguém com você?

Babi: O que? Claro que não, Mãe! —Aquele olhar... Incrível como só basta um olhar da sua mãe pra fazer você falar tudo. — Tá, tem uma pessoa aqui.

Camilla: Hmmm... Cadê ele? Manda ele falar com a sogra. — Carolina arregalou os olhos e mordeu o lábio pra não rir.

Babi: Ele... Ele tá no banheiro, mãe... —Minha mãe abriu a boca e riu

Camilla: Safadinha... Tá usando camisinha? —Sussurrou. Bati minha mão na testa e fechei os olhos enquanto meu rosto esquentava gradativamente.

Babi: Tchau, mãe! —Desliguei antes que ela me envergonhasse mais. Olhei pra Carolina que jogava a cabeça pra trás rindo. — Para de rir, abusada!

Carolina: Eu amo a sua mãe!

Babi: Acho que ela também gostaria de você se te conhecesse.

Carolina: É, eu tenho esse dom de fazer as pessoas se apaixonarem por mim.

Babi: Duvido.

Carolina: Quer apostar? —Levantou as sobrancelhas.

Babi: Quero!

Babi: Espera, você acha que a gente vai se apaixonar? -Franzi as sobrancelhas, incrédula.⁣⁣
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Carolina: Não sei. Acho que é uma possibilidade, né? A menos que você seja hétero.

Babi: Eu com certeza não sou!⁣⁣
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Carolina: Eu também não. Então, é uma possibilidade... ⁣⁣
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Babi: Não, não é uma possibilidade. Como você é convencida... —Abri a boca pra responder quando ela me interrompeu. ⁣⁣
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Carolina: Digo, não é muito difícil se apaixonar por você. —Ok, meu coração tá batendo muito forte e eu consigo sentir minha bochecha pegando fogo. O que está acontecendo? ⁣⁣
⁣⁣
Babi: Vamos... Vamos voltar pro filme, né? —Voltei a sentar no sofá. Carolina lentamente caminhou para o outro lado da sala e se sentou no chão.⁣⁣
⁣⁣
Babi: Você quer deitar... No sofá? —Observei quando ela negou com a cabeça e voltou sua atenção pra TV.

Acordei com uma movimentação ao meu lado. Carolina não reparou que eu já estava acordada quando ela deitou do meu lado e nos cobriu com o edredom. Tentei me levantar, mas estava cansada demais, meu corpo estava pesado e meus olhos quase não abriam. ⁣⁣
⁣⁣
Carolina: Babi? —Sussurrou.⁣⁣
⁣⁣
Babi: Oi. ⁣

Carolina: Quer que eu saia?⁣⁣

Babi: Não, está confortável... Boa noite. ⁣⁣

Carolina: Boa noite. Inclusive, amei o pôster do One Direction na parede do seu quarto. —Abri a boca, incrédula e tentei o empurrar do sofá, mas ele segurou na minha cintura e me puxou junto. ⁣

Carolina: MERDA!⁣

Babi: Meu Deus me desculpa! —Gritei quando o vi se contorcendo no chão com a mão entre as pernas. ⁣⁣

Carolina: A mini-voltan! ⁣⁣

Babi: Você colocou um nome na sua...??!

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Hoje vão ser 2 capítulos pra comemorar a vitória da laude na talents.

DYNASTY - BabitanOnde histórias criam vida. Descubra agora