Capítulo 33

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[Narradora on]

Ike estacionou o carro e logo os três seguiram para a areia. Lia vestia um biquíni branco que traçava pelas suas costelas, enquanto Natty optara por um top e uma hotpants preta. Após estender a canga na areia, Lia levou o óculos de sol até o alto da cabeça e deitou de barriga para baixo.

Natty: É feio encarar... -Disse depois de desferir um tapa leve no ombro do parceiro que olhava descaradamente para a bunda empinada de Lia.

Ike: Ai, Natalia... -Acariciou o local.- Vocês tiraram o dia para me bater. -Natalia revirou os olhos e depois deixou que os mesmos analisassem a vista que consistia também na bunda da Lia.- Sua mestiça safada, você também está encarando!

Natty: Eu sou mulher!

Ike: E daí?! Isso não tem nada a ver, gracinha. Assédio continua sendo assédio, não importa se você é homem ou mulher.

Natty: Nossa, de onde veio esse discurso militante? -Sorriu abobada- Meu namorado é militante, adorei! -Passou seus braços pelo pescoço do homem e deixou um beijo castro em su bochecha.

Ike: Acho que estou passando muito tempo com a Milena...

Natty: A Lia é incrível..

Ike: Vocês duas são... -O homem sussurrou a frase no ouvido da morena que se encolheu sentindo cócegas.- Vocês são a melhor parte de mim. Sou o homem mais feliz do mundo, e nem sei por que mereço isso...

Natty: A gente se merece o pronto. Eu te amo muito...

Ike: Também amo você. -Os dois embarcaram em um beijo lento e suave, enquanto Lia ouvia tudo. O coração da menina estava descompassado e a vontade de chorar invadiu o seu corpo. Ela não podia continuar com aquilo, estava sendo tão egoista com os dois. E logo, logo ela sabia que a máscara ia cair e não suportava a hipótese de que os dois resolvessem tirá-la daquela equação. Sabia que ficariam decepcionados com ela e provavelmente teria coração partido no meio. Ela não ligaria se fosse o dela, mas só de pensar que aquelas duas pessoas que mais importavam no momento tivessem o coração partido por causa dela, Lia sentia a enorme vontade de largar tudo e contar toda a verdade de uma vez. Mas ela não podia...

Enquanto os dois estavam em um grande amasso, Lia levantou e se afastou.

A menina se dirigiu até um quiosque e sentou-se no banquinho do bar.

Xxx: Ei, gatinha... Precisa de alguma coisa? -Um homem barbudo chegou por trás e soprou em seu ouvido, o cheio forte de álcool impregnou-se no nariz da menina que só fez um careta e empurrou o homem para longe.

Lia: Não preciso de nada que venha de você! -A menina virou para o atendente e pediu uma água de coco. O homem se aproximou novamente e passou os dedos enrugados pelos fios loiros da menina.- EU JÁ MANDEI VOCÊ SAIR! -Grunhiu enquanto desferia um belo tapa na mão do homem. O atendente saiu de trás do balcão e conduziu o velho até a saída do local. Quando voltou, sorriu envergonhado para a menina.

Atendente: Desculpe por isso...

Lia: Está tudo bem. Já me acostumei com esse tipo de homem, o que é bem errado, né?

Atendente: Sim, as mulheres não tem que se forçar a acostumar com esse tipo de coisa... -Lia ergueu as sobrancelhas e sorriu. O homem tinha a pele bem bronzeada, provavelmente era um surfista. O cabelo caramelo e enrolado batia na altura das orelhas e seus olhos tinham um tom escuro profundo.- Sou o Jason, prazer.

Lia: Sou a Lia. -Jason colocou entregou o coco nas mãos da menina que agradeceu e prontamente pagou o valor.

Jason: Você é daqui mesmo...? -Antes que a menina respondesse, uma voz grossa e bem familiar atravessou o ambiente, fazendo a menina saltar do banquinho e olhar na direção.

DYNASTY - BabitanOnde histórias criam vida. Descubra agora